Haja fôlego para a folia. Depois de cantar no Camarote da Boa no segundo dia de desfiles do grupo especial na Marquês de Sapucaí, Preta Gil acordou cedo por um motivo mais do que especial: reunir os amigos. É que sua feijoada fez todos os caminhos cariocas levarem ao Sheraton Rio. Por lá, famosos do nível de Sabrina Sato, o badalado estilista Riccardo Tisci, as atrizes Carolina Dieckmann, Letícia Lima, a promoter Carol Sampaio, David Brazil, os estilistas André Lima e Victor Dzenk e muitos outros. Como não poderia deixar de ser, a irmã Bela Gil, o filho Francisco Gil, acompanhado de sua Laura Fernandez e da pequena Sol de Maria, também prestigiaram o evento. “Sempre foi uma vontade minha reunir os amigos no carnaval, mas de dia, não só de noite, que todo mundo vira vampiro. Agora está todo mundo meio de ressaca, mas aí é bom porque conta as fofocas, fala o que aconteceu no carnaval um do outro. Agora a feijoada da Preta vai entrar no projeto do meu calendário de carnaval. Vai ter todo ano”, adiantou a cantora, que, por enquanto, ainda não pretende levar o evento para Salvador, onde sua família comanda o Camarote Expresso 222. “Eu sou carioca né. Salvador é uma paixão, pode até ser que faça lá um dia, mas o Bloco da Preta está concentrado no Rio”, disse.
Concentrado e tem dado o que falar. Preta, que sintetiza seu carnaval com um “sobrevivi” bem-humorado, contou que ainda tem shows por fazer. “Já fiz 12 e tem mais três durante”, nos contou durante papo exclusivo. Seu Bloco da Preta, que arrasta, anualmente, milhões de foliões nas ruas do centro da cidade, é puro sucesso. Sabendo disso, a filha de Gilberto Gil acredita que o carnaval de rua vem passando um momento de transformação. “O Bloco da Preta já é tradição mas, justamente por anteceder o carnaval, vem buscando inovar, melhorar, trazer infra-estrutura. Acho que agora a gente tem um desafio com o novo prefeito (Eduardo Paes sairá de cena em janeiro próximo) que é reestruturar o carnaval de rua do Rio. Precisamos de mais segurança, estreitar nossa relação com a Polícia Militar. Tem muito a ser feito. É uma conscientização para tentar sempre melhorar”, defendeu.
Mangueirense convicta, Preta, que já foi rainha da bateria da verde e rosa em 2007, contou que não tem mais vontade de voltar para a Avenida. “Minha relação com o carnaval vem de 41 anos atrás, quando nasci. Tenho pai e mãe baianos e nasci carioca e com samba no pé, no coração e nas veias. Desde que me entendo por gente o carnaval está comigo. A homenagem da escola para minha tia, Maria Bethânia, é um momento histórico”, disse, emendando que guarda seus tempos desfilando na Sapucaí com carinho. “Não tenho vontade de voltar, mas de guardar o momento de rainha no meu coração e memória. Acho que quando tiver mais idosa, com 70, 80 anos, eu talvez volte, na ala das baianas. Quem sabe?”, deixou no ar.
Com tanto pique, a vovó de Sol de Maria ainda arranja tempo para corujar a neta, que debutou para a sociedade carioca na feijoada. Laura Fernandez, a mamãe, atraiu todos os olhares quando chegou com a pequena no colo e nos contou: “A Sol é um anjinho, ela dorme a noite toda. É calminha. Eu faço tudo com ela, salão, malho. Ela adora essa bagunça, som alto. Dorme melhor com gente falando e com música”, disse ela, que aproveitou para elogiar a sogra. “A Preta de avó é quase mãe! Ela é a segunda mãe mesmo. Tem a mesma preocupação que a minha mãe comigo. Ela é superboa sogra”, destacou, antes de correr para assistir seu namorado ao lado da mãe em uma roda de samba animada. No palco, aliás, Preta adiantou aos amigos: “Meu pai tem o sonho de gravar um disco de pagode e eu, meu filho e meu irmão também temos esse sonho e pretendemos realizar”, disse. Nós, que curtimos cada momento do samba da Preta, mal podemos esperar para ver…
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