Um cenário encantador na orla da praia carioca mais conhecida internacionalmente. Acrescente o prazer de saborear a rica e premiada gastronomia peruana repleta de influências e memórias afetivas de povos milenares e ainda contar com um bar incrível para chamar de seu. Prazer total! Pois, Copacabana ganhou o QCeviche!, restaurante capitaneado pelo chef Manuel Antonio Rivera Velasquez, peruano expert em harmonizar tradição e modernidade. Os drinques? Uma abordagem repleta de criatividade para o Pisco, destilado de uva sagrado para os incas, feita com a consultoria do mixologista peruano Pablo Lopes. Ele desenvolveu uma seção com seis opções de sabores em sinergia com um marcante resgate à cultura dos macerados, piscos infusionados com especiarias e temperos. Mais? Coquetéis super autorais com a chancela da bartender e mixologista Thamiris de Oliveira, que mergulhou no universo da coquetelaria peruana.
Agora, eu conto sobre uma ação plural para cariocas e turistas: o QCeviche!, ao mesmo tempo que integra o vanguardista Mercure Rio Boutique Hotel Copacabana – com um design que lança luz sobre a alquimia da moda, ao paisagismo natural do Rio e wellness –, possui entrada independente, com acesso direto pelo calçadão de Copa e conta com charmosa varanda. Tem sido a sensação desde que foi inaugurado há quatro meses como parte integrante das inovações propostas pela multinacional hoteleira francesa Accor.
O QCeviche!, em Copacabana, ganhou um toque especial para homenagear a brasilidade e o lifestyle do carioca. O chef Velasquez propôs um match entre alguns ceviches emblemáticos e as deliciosas e refrescantes frutas sinônimos do nosso país. “Um exemplo é o ‘Ceviche Del Verano’ preparado com atum especial, manga e melancia em leite de tigre e suco de caju finalizado com massa de gyoza frita, castanhas e maionese picante. Outra novidade é a versão vegana em bowl: ceviche agridoce de chuchu cozido com temperos da casa, avocado, manga e melancia, suco de caju, e, claro, com a típica acidez peruana; e, para os vegetarianos, o ‘Del Huerto’, com cogumelos Paris, cebola roxa, coentro, caju em mix de pimentas peruanas e suco de limão, ambos servidos com massa de gyoza frita”.
As sobremesas, por sua vez, são de comer rezando. “Temos sobremesas típicas do Peru, como o ‘Suspiro Limeño’, com creme à base de leite condensado com especiarias, sob merengue italiano de vinho do Porto; ‘La Chocoteja’, que se originou na cidade de Ica, ao sul de Lima, combinação de doce de leite com chocolate e massa de nozes com caramelo; além de ‘Los Picarones’, um tipo de rosquinha trazida para as colônias pelos conquistadores espanhóis. Seus principais ingredientes são a abóbora e a batata-doce fermentada frita com mel de rapadura, figo e laranja aromatizados com canela e cravo. E incluímos no menu, no mês passado, o ‘Bolo Três Leches’. É bem fofo e leva leite condensado, creme de leite e leite integral. Fica muito bom gelado com canela e merengue italiano por cima”, sugere o chef.
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Cariocas, turistas e hóspedes do hotel têm super aprovado as experiências no QCeviche!, com projeto de decoração assinado pelo Estúdio de Arquitetura Melina Romano “Todos vêm pelo sabor, pela diferenciação dos nossos ceviches, pelos produtos frescos”. Num mundo cada vez mais atento à alimentação saudável, os ceviches têm a vantagem da diversidade de ingredientes extremamente benéficos. “Sempre compramos peixes frescos e produtos da temporada”, observa Velasquez.
A caminhada até aqui foi bonita. O chef fez um périplo pelo mundo para adquirir conhecimento e experiência. Ele começou estudando Cozinha Internacional no Cenfotur (Centro de Formación en Turismo), uma das escolas de gastronomia mais antigas do Peru, localizada em Lima. “Imediatamente fui trabalhar no restaurante Bohemia. Depois, fiz estágio em cozinha internacional na República Dominicana e de cozimento em baixas temperaturas no El Celler de Can Roca, em Girona, cidade próxima de Barcelona”, conta Velasquez. O Celler de Can Roca é considerado um dos melhores restaurantes do planeta. Durante um tempo, ocupou o primeiro lugar no Guia Michelin, cedendo espaço para o célebre dinamarquês Noma, atualmente em segundo lugar no ranking.
Sinergia Peru-Brasil
Hoje, o menu do QCeviche!, comandado pelo chef Velasquez, tem uma pluralidade admirável, que reflete a riqueza das cozinhas peruana e brasileira. Do que nosso chef mais gosta na culinária brasileira? “Aqui há diversas cozinhas marcantes, como a mineira e a baiana, que, para mim, são as mais representativas do país. Gosto muito dos ingredientes que são bastante usados na Bahia, como a pimenta de cheiro. Um dos pratos mais pedidos no QCeviche!, é feito com frutos do mar em que, na base, uso pimenta malagueta, pimenta de cheiro e pimenta dedo de moça, além de pimentão. Bem baiano”, brinca.
Fantástica experiência sensorial com drinques peruanos
A gerente de Alimentos e Bebidas do QCeviche!, Gabriela Fiuza, formada pela Estácio de Sá na época em que a universidade mantinha parceria com a renomada École Hôtelière de Lausanne, na Suíça, trabalhou em várias áreas da hotelaria. E ela conta que o bar do QCeviche! tem a coquetelaria dos sonhos: “Além de fazer questão de ter uma bartender que também fosse mixologista, contratamos uma consultoria especial para para criar nossa carta de drinques feitos com Pisco, a bebida nacional do Peru. O nome do destilado está relacionado ao lugar onde as uvas eram cultivadas originalmente: Pisco, cidade da província de Ica, no sul do Peru. O Pisco, destilado de uvas sagrado para os incas, é reconhecido como Patrimônio Cultural do Peru e os registros de produção são originários do século 16”. No Peru, a bebida possui um museu localizado na cidade de Cusco e podemos aprender com se faz o típico Pisco Sour.
O consultor trouxe a prática de ter não apenas a bebida pura, mas de fazer também os macerados (piscos infusionados na garrafa com frutas ou ervas). “A bebida passa, no mínimo, sete dias para adquirir um sabor incrível. Temos macerados de casca de cítricos, milho roxo (um pouco adocicado, é o que mais se consome no Peru), morango, gengibre com canela, chá de coca e capim-limão. E o Pisco Sour, claro, o drinque peruano mais tradicional. É a mistura do Pisco com limão, açúcar, clara de ovo e gelo. O resultado é refrescante e suave, pois apesar de ser muito alcoólico, o Pisco não é uma bebida agressiva”, pontua Gabriela Fiuza.
Além dos drinques preparados com essa verdadeira joia da coroa ao estilo peruano, a casa conta com a carta da bartender e mixóloga Thamiris de Oliveira, convidada por conta de sua sensibilidade e imensa criatividade para criar misturas alcoólicas e para fazer releituras das bebidas peruanas – em especial o Pisco Sour, drinque nacional do qual o país muito se orgulha. “A coquetelaria é ‘gastronomia líquida’ composta de texturas, aromas, cores e uma grande diversidade de sabores”, frisa Thamiris.
“A consultoria entrou com o que se refere ao Pisco e Thamiris criou drinques com outras bebidas”, comenta a gerente de Alimentos do QCeviche!. “Ela criou drinques com cachaça, gim, uísque e rum. Um exemplo? O ‘Deu Mate’. Leva rum, chá mate infusionado com pimenta da Jamaica, xarope de gengibre, limão siciliano e açúcar. É acompanhado de hortelã e servido com biscoito Globo, para fazer alusão ao mate com Biscoito Globo vendido nas praias cariocas”, conta Gabriela Fiuza.
Outro drinque assinado pela mixóloga é o ‘Elis’, um dos mais populares da casa. É feito com gim, xarope de cereja, sumo de limão e clara de ovos pausterizada, responsável pela aquela espuma branca gostosa e que não chega a influenciar no sabor. A mesma espuma que vemos no Pisco Sour, aliás. “E tem o meu preferido, o ‘Colheita’. Ele é preparado com o uísque irlandês Jameson, café cold brew (método de extração de café em que o grão recém-torrado e moído passa por uma infusão em água fria) que ela faz aqui, abacaxi e xarope de flor de sabugueiro, que dá um aroma sensacional”, conta Gabriela Fiuza.
E quem não bebe ou está com menores de idade? “Para eles, temos a Chicha Murada, que é um suco de milho roxo cozido lentamente com especiarias, cascas de abacaxi e maçã. Cozinha por um longo tempo. Na hora de servir, coloca-se um shot de sumo de limão e bate. É um pouco adocicado, mas, ao mesmo tempo, refrescante, por causa do limão. No final, vem o gosto das especiarias. Delicioso”, assegura Gabriela.
O mix de tradição com modernidade, da gastronomia peruana com a brasilidade e a opção de um restaurante com perfil para todas as idades e acessível a todos os bolsos fez do QCeviche! um sucesso. “A ideia é atender a todos os públicos. O slogan é ‘Comida farta por um preço justo’. A tradição peruana tem isso de mesas fartas a preços os mais justos possível”, observa a gerente de Alimentos e Bebidas do QCeviche!.
Um brinde ao QCeviche!
SERVIÇO:
QCEVICHE! – Av. Atlântica, 2554 – no Mercure Rio Boutique Hotel Copacabana – Rio de Janeiro. Tel.: (21) 3545-5100. Funcionamento: Diariamente, das 12h às 15h e das 19h às 23h. 86 lugares. Aceita todos os cartões. @qcevicherio
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