* Com Junior de Paula
Mais do que ser um dos hotéis mais lindos da região do Vale Sagrado, no Peru, o Sol y Luna, comandado pelo casal de europeus Marie-Helene Miribel, mais conhecida como Petit, e Franz Schiller, tem, ainda, uma outra missão: a de ajudar crianças carentes da zona Andina por meio de uma escola beneficente. Os dois, aliás, se conheceram em território peruano e, primeiro, veio a iniciativa de fazer algo pelo bem daquele povo. Só depois é o que o hotel surgiu como uma possibilidade de viabilização econômica do Colégio Sol y Luna.
“A ideia de fazer algo pelas crianças da zona Andina se concretizou no Vale Sagrado Inca, onde também se elegeu a educação como o gatilho capaz de gerar mudanças na vida das crianças e de suas famílias. A principio, o hotel trabalhava com escolas comunitárias que estavam abandonadas pelas autoridades”, contou Petit, antes de lembrar que, paralelo ao ato de educar as crianças, eles precisavam resolver as condições básicas das escolas, como consertar tetos para que a chuva não molhasse os locais, instalar janelas, fornecer-lhes tapetes e cuidar da precariedade física dos locais.
“Só a partir daí podíamos começar a trabalhar no que interessava, como ações para elevar o nível educacional e cuidar da autoestima dos alunos com oficinas, para que eles desenvolvessem seus potenciais”, explicou Franz. Ainda assim, a falta de motivação dos professores nas escolas públicas atrapalhava o processo. Então a gente teve a ideia de desenvolver um projeto próprio e foi assim que, em 2010, nasceu o colégio Sol y Luna. “A falta de motivação dos professores nos colégios públicos nos gerou muita frustração e resolvemos desenvolver um colégio de gestão privada. Nossos ideais são o que nos motiva. O Sol y Luna crescerá sempre pela qualidade dos seus serviços, com propostas genuínas e originais que enriqueçam a experiência de cada visitante e da comunidade”, entregou Petit.
A gente aqui do Site HT conheceu essa história quando esteve no Vale Sagrado a convite da Lares Adventures, há alguns meses, lembra? Contamos tudo dia a dia e foi uma aventura inesquecível. Nossa última noite em território peruano foi exatamente em uma das casas privativas do hotel que mistura excelência de atendimento, com serviços deluxe e exclusividade, que vão ser ainda mais aprimorados. No ano que vem, por exemplo, como nos adiantou Franz, o hotel contará com uma nova piscina com água temperada, uma jacuzzi de livre acesso aos hóspedes e academia de ginástica.
O projeto arquitetônico, é bom que se diga, foi todo desenvolvido por Franz e conta com 43 ‘casitas’ construídas com materiais locais em diferentes níveis de luxo. A nossa era uma das mais exclusivas, com direito a sala de estar, closet, banheira, cama king size e uma jacuzzi na varanda, que era charme puro. Amplo, cheio de jardins e localizado em um terreno com muita luz natural e vista privilegiada das montanhas, o hotel conta ainda com uma proposta gastronômica que utiliza produtos cultivados nas redondezas e que muda a cada estação peruana.
São dois os principais restaurantes do hotel: Killa Wasi, com cardápio mais internacional, criado pelo chef, Pedro Miguel Schiaffino, ou o Wayra, do chef Nacho, que tem uma pegada mais regional. Além disso, à noite é possível ver um show de cavalos peruanos, que é aberto ao público e interessados em geral, em um grande gramado em frente ao restaurante e que vale a visita.
As paisagens do Vale Sagrado tem montanhas, campos e quebradas, que formam um cenário cinematográfico e são um atrativo e tanto para os turistas que querem desfrutar da natureza em um ambiente com vasto legado cultural. “A geografia do Vale Sagrado é, sem dúvidas, um grande atrativo até mesmo para os habitantes. O contraste dramático das montanhas com os campos e montanhas formam um cenário inconfundível para se desfrutar da natureza”.
A proposta do hotel é oferecer aos hóspedes a maior interação possível com o Vale Sagrado e a maioria dos profissionais são locais da região, já que o hotel Sol y Luna sempre que possível dá aos habitantes da cidade oportunidades de emprego. “Eles são treinados através de uma metodologia de procedimentos que conta com instrução em técnicas de serviço e idiomas estrangeiros. O serviço do hotel é uma soma de aptidões do nosso pessoal, que são, por natureza, amáveis e abertos ao treinamento pelo qual passam”, explicou Petit. A gente, aliás, não vê a hora de voltar.
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