O #Day 5 da nossa viagem pela Alemanha teve Carnaval, doces, museu dos sonhos e muita, muita história. Vem com a gente


A convite do governo alemão, embarcamos por uma viagem de oito dias para descobrir o que se esconde por trás do arco-íris de tolerância do país mais rico da Europa

Agora que o Carnaval passou, é hora de retomar nosso diário sobre as aventuras do site HT pela Alemanha, a convite do DZT e o Germany Travel, dois dos principais órgãos de turismo do país, que nos levou por um giro deluxe, de design e de ferveção LGBT por três cidades: Munique, Colônia e Berlim. E já que começamos o texto falando de Carnaval, nada mais providencial do que falar sobre nosso último dia em Colônia (o quinto da saga), quando nos deparamos com a abertura oficial do Carnaval dessa cidade alemã que reúne milhares e milhares de pessoas em suas ruas para celebrar a festa pagã, no melhor estilo brasileiro de ser (só que sem samba e muita música eletrônica, fanfarras e hits alemães).

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Como o nosso hotel – o ótimo Marriott – ficava do outro lado da estação central de trens, a gente precisava atravessar o prédio e as plataformas para chegar aos arredores da Catedral e desbravar a cidade. Por isso, por mais que esperássemos um afluente de pessoas na estação chegando para o grito de Carnaval, que acontece todo dia 11 de novembro as 11:11 da manhã, nunca imaginaríamos que eles levassem tão a sério o festejo.

A cada porta de trem que se abria, vindo das cidades da região – e até de mais longe – centenas e centenas de pessoas fantasiadas desciam de seus vagões – quase todos com bebidas nas mãos – e caminhavam cantando e dançando até o centro de Colônia para começar a brincar o Carnaval pelo resto do dia, como uma prévia que viria alguns meses depois. A gente observou de longe, embasbacado com tudo, e imaginando como seria, de fato, a festa efetivamente, em fevereiro, quando uma quantidade ainda maior de gente se reúne pelas ruas da cidade para ver as agremiações desfilarem seus uniformes  – inclusive algumas gays, que desfilam de rosa – e beber, beber, até cair.

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Mas o dia ainda estava só começando e a programação era intensa. Depois de ficarmos um tempo parados ali, era hora de caminhar até o escritório de turismo para encontrar a doce Judith Blumcke, relações públicas da cidade que ia nos levar à fábrica de delícias de uma das principais e mais modernas confeitarias de Colônia, a Törtchen Törtchen. O tour pela fábrica foi realizado com o dono da coisa toda, Matthias Ludwigs, chef premiado por toda a Europa e um dos mais importantes da Alemanha que, além de nos mostrar como são feitas todas as etapas de construção de uma sobremesa gourmet nos ofereceu uma supermesa recheada com todas as suas principais criações para que pudéssemos experimentar. Foi uma manhã dos sonhos. Para quem ficou curioso, a confeitaria tem alguns endereços na Alemanha e é só clicar aqui para achar o mais próximo de onde você estiver passando.

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Invertendo a ordem das coisas, depois de tantas sobremesas, era hora de voltar para o centro da cidade e… almoçar! O ponto de encontro era o lindinho restaurante Hof18, um bistrô alemão, uma espécie de versão mais arrumada do tradicional Fruh Am Dom, um restaurante-cervejaria bem típico que serve sua própria cerveja e pratos imensos típicos da Bavária. No Hof18, a culinária é mais cosmopolita, sem perder a influência germânica. Foi lá que descobri porque a a cerveja local da cidade de Colônia, Kölsch, é servida em copos tão pequenos – hábito pouco comum na Alemanha.

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É que ela precisa ser consumida em determinada temperatura – mais baixa que a tradicional – e perde seu frescor se ficar muito tempo exposta ao ambiente. Tal qual o Champagne, para uma cerveja ser enquadrada na categoria Kölsch ela precisa se adequar a dezenas de requisito e, atualmente, a Kölsch Convention só autoriza cerca de vinte cervejarias locais que produzem, cada uma, a sua cerveja, resultando em inúmeras variações.

Bem alimentados – e devidamente alcoolizados – não tínhamos tempo a perder e a cidade de Colônia nos chamava. Dali caminhamos até a porta do Museu Ludwig, um prédio de traços retos, modernos e que se destaca nos fundos da catedral imponente e de inspiração gótica que deu fama à cidade de Colônia. O Museu, aliás, que é ainda mais lindo por dentro, com grandes vãos, pés direitos altíssimos e um impressionante acervo de peças modernistas e contemporâneas está completando 40 anos de sua fundação em 2016 e 30 anos da inauguração do prédio onde hoje ele está localizado. Exposições temporárias também chamam a atenção e fazem valer a visita. Quando estivemos por lá, a mostra de Joan Mitchell estava prestes a abrir e, inclusive, segue em cartaz até o fim deste mês. Portanto, se tem passagem marcada por Colônia, corre lá.

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Achou que o dia estava acabando? Nada disso. Ainda teve tempo para conhecermos a flagship store da Rimowa, a incrível marca de malas indestrutível que nasceu em Colônia e um jantar no restaurante RheinZeit, às margens do Rio Reno. Ufa! E ainda tínhamos que fazer as malas, pois no dia seguinte, bem cedinho, seguiríamos em direção a Berlim!

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