Menu artesanal para todos os gostos no Manifesto BCA, da chef Ju Reis: “Uma manifestação contra a gourmetização”


O restô foi aberto recentemente no Leme. HT conta agora tudo sobre o estabelecimento, que tem como proposta “uma mescla de boa comida e bebida, preço justo e boa música”

Já pensou em um barzinho de culinária completamente artesanal, para veganos, junkies e até a galera fit? Pois esse é o Manifesto BCA, da chef Ju Reis, que está pronto para receber públicos diferentes e de todas as idades. Aberto há um mês com um estilinho de pub gringo, no Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, a proposta é oferecer um menu em que tudo é feito na própria cozinha, de massas e pães até o ketchup artesanal e quentinho. Produtos que, em breve, vão estar disponíveis em uma mercearia da casa.

A chef promove a boa gastronomia com qualidade e preço justo, em um ambiente agradável que alia música e diversão. (Foto: Filico)

A chef promove a boa gastronomia com qualidade e preço justo, em um ambiente agradável que alia música e diversão. (Foto: Filico)

A chef não parou desde a inauguração. “Têm estado bem cheio e todo mundo sempre comenta ‘o Leme precisava de um lugar assim'”, conta. No cardápio, montado sazonalmente, opções de bruschettas, sanduíches e pizzas servidas até em versões veganas. O brownie de chocolate branco com coullis de frutas vermelhas e sorvete é a sugestão na ala das sobremesas.

Destaque para a Bruschetta Porquinho, feita com torrada caseira, vinagrete de pernil, requeijão artesanal, mostarda e agrião (Foto: Filico)

Destaque para a Bruschetta Porquinho, feita com torrada caseira, vinagrete de pernil, requeijão artesanal, mostarda e agrião (Foto: Filico)

Para beber, as pedidas variam entre mais de 10 labels de cervejas artesanais, e drinques elaborados por Marcos Roberto, já conhecido pela carta da Fosfobox. Surpreendente, o Bloody Mary leva vodka infusionada com bacon (para os não vegetarianos, claro!) e suco de tomate temperado.

O projeto foi idealizado no início da carreira de Ju Reis, quando abriu seu primeiro restaurante, o já fechado Epifania Café e Bistrô, no Flamengo. À frente do charmoso barzinho no Leme, e do Epifania Oriental Contemporâneo, com uma filial no mesmo bairro e outra em Botafogo, a chef sempre gostou da ideia de trabalhar com produtores locais, alimentos frescos e da época e o mínimo de itens industrializados. “Com o tempo fui vendo que queria abrir um espaço que pudesse reunir tudo isso: uma cozinha artesanal, drinques legais e mate da casa, tudo de produção própria, e que tivesse uma pegada cultural, com música. Mais que isso, um local em que pudesse incentivar e abrir espaço para bandas locais, de amigos e conhecidos, que ainda não tem tanta visibilidade na cena musical”, ressalta.

O capiroto também rouba a cena, elaborado com vodka, frutas vermelhas, limão siciliano e picante açúcar de pimenta. (Foto: Filico)

O Capiroto também rouba a cena, elaborado com vodka, frutas vermelhas, limão siciliano e picante açúcar de pimenta. (Foto: Filico)

E é a parceria da morena com os pequenos produtores que ajuda a manter o preço justo da casa. “Basta preparar uma boa ficha técnica e correr atrás dos melhores fornecedores e produtores para fazer o cálculo do custo. Claro que é possível aumentar a margem de lucro e manter a casa cheia, mas não é essa a essência do projeto”, explica.

Ela conta também que é contra a recente “Gourmetização” da gastronomia.”Virou mais uma modinha e você perde a qualidade de uma cozinha quando você começa a ter em todos os lugares, e cada um fazer de qualquer jeito”, analisa.

O subsolo tem um palco que recebe bandas como os Beatlemaníacos, dupla que canta clássicos do grupo britânico, Cinedisco, que toca sucessos emo, e a Dirty Devil Band, de rock e bluegrass, sempre com um couvert opcional.