Com quase 500 anos de história, a Cidade do Panamá é uma mistura do antigo – como as ruínas da fundação da cidade, chamada Panama Viejo, e o centro histórico colorido e cheio de bares, restaurantes e construções bonitas e bem conservadas, batizado Casco Antiguo – com o novo, onde se encontra shoppings imensos, com as mais diferentes lojas com preços bem convidativos – e um centro comercial pulsante. Ah, e sem falar no Canal do Panamá, um canal artificial de navios que liga o oceano Atlântico (através do mar do Caribe) ao oceano Pacífico e tem mais de 309,6 milhões de toneladas de produtos movimentados em mais de 14 mil navios anualmente.
Por ter se transformado em um grande hub aéreo, já que a Copa Airlines, empresa de aviação nacional, oferece passagens a preços baixos para os mais diversos cantos do mundo, muita gente opta por aproveitar a conexão por lá para conhecer a cidade. Eu, inclusive. A caminho de Bogotá, optei por uma parada de 24 horas no Panamá para desbravar o que habita nosso imaginário por conta de suas historias de piratas – em 28 de janeiro de 1671, por exemplo, a cidade foi destruída por um incêndio, provocado pelo pirata Henry Morgan, que saqueou e ateou fogo na localidade – e de engenharia. Por isso, resolvi fazer um roteiro de 24 horas na cidade. Quem sabe você não anima?
09:00 – Pegue um taxi oficial na saída do aeroporto, o que não quer dizer que será um evento comum. Não estranhe se enfiarem mais pessoas indo na mesma direção que você no seu carro – e cobre preços diferentes de cada um. No meu caso, pr exemplo, paguei 25 dólares e o senhor que “pegou carona” comigo pagou 15 dólares. Por que a diferença? Não tenho a menor ideia e fiquei com preguiça de argumentar.
10:00 – Check in no hotel. Você tem duas opções para aproveitar melhor sua estadia de 24 horas: as proximidades da Avenida Balboa, na parte mais moderna e comercial da cidade, ou no Casco Antiguo, onde estão alguns dos restaurantes cool, as baladas e os bares mais disputados pelos locais. No Casco Antiguo, como já contamos, é a parte antiga da cidade, com construções que lembram Cartagena, onde se caminha bastante e onde estão os hotéis menores, butique e charmosos.
10:00 – Depois de deixar as malas, é hora de partir para o Canal, onde você vai ver a movimentação dos navios e conhecer o museu para entender a historia da construção – que começou em 1881 pelos franceses, que abandonaram a obra e foi retomada pelos americanos em 1904, inaugurando, oficialmente, em 1914.
12:00 – Siga para a Amador Causeway , um calçadão construído com a terra e pedras retiradas para a construção do canal de cerca de 7km que liga as Ilhas Naos, Culebra, Perico e Flamenco. Alugue uma bike ou peça para o taxi te deixar no Biomuseo, uma construção colorida e bem bonita, assinada por ninguém menos que Frank Gehry, onde funciona o museu da biodiversidade, ou, se o seu negócio é ir às compras, no Duty Free que tem ali, onde os preços – principalmente de cosméticos e eletrônicos – são imbatíveis. Não se esqueça do passaporte.
14:00 – Se você tem dinheiro e gosta de alta gastronomia, a boa para almoçar é o Maito, do chef estrela, Mario Castrellon, único restaurante panamenho na lista dos 50 melhores da América Latina. A ideia ali é reinventar a culinária típica e a experiência vale o investimento.
Uma outra boa sugestão é o Cabana, restaurante de comida mediterrânea-italiana e fica no sexto andar de um edifício projetado por Philippe Starck. A vista é bonita, o atendimento supercorreto e o menu atende a todos os gostos.
16:00 – Hora de ir conhecer um dos muitos shoppings da cidade. Aí a escolha é sua: ou vai ao Albrook, com mais de 700 lojas e mais popular, ou vai ao Multiplaza, com grifes de luxo misturada a outras locais e onde a classe média alta da cidade vai para bater perna e ver vitrines.
19:00 – Depois de tomar um banho, trocar de roupa e descansar as pernas um pouco, é hora de seguir para desbravar o Casco Antiguo. A boa por lá é entrar em toda porta aberta que vir para dar uma olhada que seja nos ambientes escondidos por trás das fachadas históricas.
Comece pela Casa Casco, um predinho de 5 andares repleto de restaurantes cheios de bossa. Do primeiro andar, onde funciona o restaurante Mano de Tigre, passando ao segundo, onde você pode se deliciar comida japonesa – aliás, a comida asiática é bem forte no Panamá -, chegando ao terceiro, onde funciona o Marula, uma cozinha de autor, passe direto pelo quarto andar, onde quando a noite cai de fato rola uma boate animada, e, enfim, o quinto, no terraço do prédio, um ótimo lugar para um drink.
Por falar em rooftop, outro disputado é o da Casa Panamá, onde funciona o restaurante Lazotea. Se não conseguir reservar, tente o do primeiro andar, Santa Rita. Se quiser mais agito, a boa é o terraço do Tantalo, um dos lugares preferidos dos locais para um bom drink aproveitando as noites quentes da cidade.
23:00 – Se ainda tiver fôlego, depois de caminhar bastante pelas ruas, se deixando perder e encontrando novos endereços e boas oportunidades de foto. Um drink em alguns dos muitos bares e boates calle Urugay, no centro moderno da cidade, pode ser uma opção para encerrar suas 24 horas no Panamá, antes de dormir e voltar para o aeroporto.Algumas opcoes famosas por lá são os Altabar, S6is e Unplog.
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