Um dos homenageados do “Men of the Year 2015”, o chef Henrique Fogaça fala sobre o sucesso do Masterchef, assédio e a fama de bad boy


A frente do restaurante Sal há dez anos, Fogaça contou que o público cresceu depois que ele apareceu na televisão e credita sua fama de durão ao jeito exigente: “Na minha cozinha, as coisas têm que andar no padrão de qualidade”

As tatuagens, a banda de rock, o gosto por motos e o jeito sério fazem pensar que Henrique Fogaça é um homem durão, mas é tudo ponto de vista. Extremamente sensível e apaixonado pelo que faz, o chef vive, atualmente, um dos melhores momentos de sua vida. No ar no “Masterchef Kids”, Fogaça ganhou, nessa quinta-feira, o prêmio “Men of the Year 2015” da revista GQ na área de gastronomia. Para ele, isso se deve à grande exposição que estar na televisão deu ao seu trabalho. “Já cozinho há 15 anos, mas a televisão fez isso ter uma dimensão grande. Hoje as pessoas não conhecem apenas o Fogaça chef, mas sabem quem eu sou”, defendeu ele, emendando que não se considera um “bad boy”. “Eu sou justo e exigente. Na minha cozinha, as coisas têm que andar no padrão de qualidade que eu considero excelente. No programa acaba que eu exijo o mesmo dos candidatos”, explicou.

Henrique Fogaça levou o troféu pelo destaque na gastronomia (Foto: Cesar França)

Henrique Fogaça levou o troféu pelo destaque na gastronomia (Foto: Cesar França)

Além dele, o francês Erick Jacquin e a argentina Paola Carosella estão à frente da franquia brasileira de “Masterchef” há três edições. Queridos pelo público, o trio mostra muita sintonia e carisma. Para Fogaça, essas características são essenciais no sucesso do programa. “É bem legal porque há uma diferença de personalidades, mas, ao mesmo tempo, nós três somos chefs, amamos a cozinha e lutamos pelas mesmas causas, acho que isso é o que traz a química que temos. Cada um conduz a sua história, somos três pessoas totalmente diferentes, mas nos damos muito bem, nos respeitamos e somos amigos”, contou.

Se nas duas primeiras edições do programa os jurados pesavam nas palavras, na atual, o “Masterchef Kids”, eles tomam mais cuidado com o que dizem. “A forma de falar com as crianças é totalmente diferente. Nós não usamos termos tão pesados, quando eles choram a gente ajuda, tomamos muito cuidado”, disse ele, que ainda não se acostumou totalmente com a fama que tem. “Eu não sou um cara tímido, sou aberto, receptivo, mas agora tem situações que eu passo que tem muita gente. O assédio é grande”, contou. O lado positivo também é enorme. Além de gostar muito do carinho do público, Fogaça afirmou que seus restaurantes são mais visitados depois que ele apareceu na televisão. “O Sal existe há dez anos, mas depois do Masterchef ficou muito mais cheio. As pessoas querem conhecer”, explicou.

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No programa, Henrique Fogaça avalia os pratos dos candidatos ao lado de Paola Carosella e Erick Jacquin(Foto: Reprodução/Band)

Feliz com a homenagem da revista, ele atribui o sucesso à paixão pelo que faz: “Esse prêmio é reflexo do que eu amo fazer, veio graças ao meu trabalho e isso me deixa muito honrado e grato”, disse. Ele merece.