A Alemanha vai ferver! O centro de turismo DZT leva o site HT para viajar por três cidades para apresentar as novidades do turismo LGBT por lá


Margaret Granthan, diretora do centro de turismo na América Latina, conversou com o site HT sobre as novidades do turismo na Alemanha, a importância do público LGBT e a relação cada vez mais forte com o Brasil: “O turismo é um grande gerador de empregos e tem sua importância econômica reconhecida no país”

* Com Junior de Paula

A Alemanha é um país de mentes abertas e dos mais inclusivos em relação à comunidade LGBT do mundo. Foi pensando nisso que o grupo Germany Travel organizou uma viagem incrível por três cidades e foco no turismo LGBT que promete bombar ainda mais em 2016 por lá. O site HT embarca no passeio de oito dias, e, aproveitando o clima, batemos um papo com Margaret Grantham, diretora para América do Sul do centro de turismo alemão DZT, que revelou que esse público é um dos segmentos prioritários de divulgação no ano que vem. “O caminho para a igualdade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros no país é longo e começou ainda no final do século 19. Atualmente, casais do mesmo sexo têm direito de adotar crianças e qualquer discriminação contra eles é proibida por lei. A cena gay pode ser experimentada em todas as regiões do país, e as comunidades estão perfeitamente incluídas na sociedade. Aliás, os eventos promovidos também fazem parte das celebrações em toda a Alemanha, e quase toda grande cidade celebra o Christopher Street Day, a versão alemã da Parada do Orgulho Gay”, explicou.

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Munique, Colônia e Berlim receberão o site HT com eventos e festas que celebram a diversidade e darão um aperitivo do que os brasileiros podem esperar por lá nos próximos meses. Enquanto em Munique o grande destaque fica por conta do Deutsche Eiche, um complexo composto de restaurante supercool que já recebeu nomes estrelados como Freddie Mercury e o cineasta Rainer Werner, sauna e um hotel design onde o grupo ficará hospedado.

Já em Berlim, nosso pouso vai ser no tradicional Regent Hotel Berlim, localização privilegiada para conhecer a cena gay e lésbica que está concentrada em três locais diferentes da cidade. O Schöneberg, ao norte, tem a cena clássica LGBT, o Kreuzberg oferece uma mistura alternativa de cultura e vida nortuna e o Prenzlauer Berg é conhecido como a versão berlinense do Soho, de Nova York, ou seja: muita moda.

Em Colônia, na cidade mais liberal do país, o público poderá ver a famosa catedral e também o Alter Markt e o Rudolfplatz, locais vibrantes que atraem diferentes públicos de todas as idades. “A cena LGBT faz parte do dia a dia dos alemães e uma infinidade de eventos, festas, festivais e comunidades nas principais cidades atraem cada dia mais o público LGBT de todo mundo. O Christopher Street Day se espalhou por todo o país e celebra a diversidade. A Alemanha é um país de portas abertas não só para o público LGBT, mas, sim, todos os públicos são bem-vindos e sempre encontrarão algo que agrade”, destacou Margaret.

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Em tempos de crise econômica no Brasil e migratória na Alemanha, o turismo é considerado de extrema importância como uma das indústrias do futuro. De acordo com Margaret, o visitante brasileiro gosta de explorar o país europeu. “Se, antigamente, o mais comum era encontrar casais a partir dos 50 anos, hoje a Alemanha atrai jovens e famílias com crianças. Berlim, Munique, Frankfurt, Colônia e Hamburgo são as preferidas dos brasileiros, que gostam muito de combinar cidades grandes e pequenas e demonstram especial interesse pelas belezas da Rota Romântica, da Baviera, a Rota do Rio Reno e a charmosa Floresta Negra, ao sul”, contou ela, que indica justamente esses passeios para o turista brasileiro de primeira viagem. “A rota do Rio Reno é ótima para quem gosta de vinhos, pois é ali que é produzido o melhor Resling da Alemanha. Além desses passeios é legal passar por Berlim, Munique, Frankfurt, Colônia, Hamburgo e Dresden, as ‘cidades mágicas’”, indicou.

Margaret Grantham, diretora do DZT para a América Latina (Foto: Felipe Mairowski)

Margaret Grantham, diretora do DZT para a América Latina (Foto: Felipe Mairowski)

A relação entre o Brasil e a Alemanha sempre foi forte e se intensificou ainda mais durante a Copa do Mundo de 2006. “Começou com os imigrantes e hoje as relações econômicas também são muito fortes e há vários investimentos nessa área. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha promove várias ações para impulsionar o comércio entre os dois países. O Brasil concentra o maior parque industrial alemão fora da Alemanha. Em relação ao turismo, desde a Copa o número de pernoites de brasileiros mais que quadruplicou. A Copa foi, sem dúvida, uma grande vitrine para o país, que, antes, sofria com clichês – como a seriedade dos alemães, algo que foi totalmente posto abaixo durante a festa realizada na Copa do Mundo de 2006. Hoje, nosso trabalho concentra-se em cada vez mais em mostrar toda a diversidade existente e, também, divulgar as tradições que convivem em perfeita harmonia com a modernidade”, disse.

Aliás, outro evento esportivo promete aumentar ainda mais esse contato. As Olimpíadas no Brasil serão um palco para divulgação e diversas ações já estão planejadas pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha. “Como 2016 é ano de Olimpíada, claro que a Alemanha, que estará presente, já se prepara algumas ações que, certamente, vão agradar em cheio. Durante as Paraolimpíadas será lançado um livro sobre a inclusão pelo esporte. Outro destaque é o segmento ‘viagem sem barreiras’, um nicho de extrema importância para a Alemanha”, adiantou. O país também já tem um trabalho forte nas novas mídias, material online, site e aplicativo para que mais pessoas tenham acesso e possam organizar suas viagens. “O ‘Share the Moment’, por exemplo, traz dicas do que ver, fazer, onde comer, comprar, além de possuir uma função que detecta onde há rede de wifi disponível e de graça onde a pessoa estiver. Já o aplicativo ‘Top 100’ traz as atrações mais procuradas do país, além das informações sobre a atração, cupons de desconto. Grande parte da nossa estratégia é voltada para o online”, disse Margaret.

Além das redes, o trade turístico também é acompanhado com atenção, com treinamento e apoio aos operadores e agentes de turismo. Em 2016, outro segmento será ainda mais explorado: luxo. “Alguns anos atrás foi feita uma pesquisa do que a Alemanha oferece em termos de luxo e o resultado, hoje, está em um microsite dentro do site germany.travel, que reúne dicas do que fazer, aonde ir, onde comer e se hospedar. Tudo para oferecer a melhor experiência na Alemanha”, garantiu ela, que acredita firmemente que o turismo é essencial para qualquer país. “Sem dúvida é um grande gerador de empregos e tem sua importância econômica reconhecida na Alemanha. O Valor Acrescentado Bruto (VAB) da indústria do turismo, de acordo com o estudo ‘Impacto Econômico do Turismo’, corresponde a 97 bilhões de euros, o que equivale a 4,4% do total da economia. Em 2010, turistas em viagens particulares e a negócios deixaram na Alemanha 278,3 milhões de euros. Nesse mesmo ano, o turismo empregou 2,9 milhões de pessoas”, listou. Nós mal podemos esperar para fazer parte desse índice e compartilhar tudo por aqui nos próximos dias.