Paloma Duarte sobre fim antecipado de Malhação e pausa em negociação de série: ‘Um baque, mas acalmei o coração’

*Por Simone Gondim

Assim como a Lígia de “Malhação – Toda forma de amar”, Paloma Duarte se considera uma “leoa maternal”, que não mede esforços para defender a felicidade dos filhos. Mãe de Maria Luíza (24), Ana Clara (21) e Antônio (3), a atriz é coruja assumidíssima. “A maternidade foi a melhor opção que fiz na vida. Sou atriz nas horas vagas”, confessa. “Minhas filhas são minhas parceiras. Tenho muito orgulho delas”, acrescenta.

A experiência de dar à luz outra vez, depois dos 30 anos, traz outra perspectiva. “Por enquanto, acho mais simples ser mãe de menino. Brinco com minhas meninas o tempo todo: ‘Que injusto que vocês não tiveram a mãe que o Toni tem!’. Rimos muito, mas é verdade. Ter filho aos 40 é bem diferente”, conta a atriz, que mais parece irmã das filhas. Qual será o segredo? “Tenho um cuidado insano com a pele e uma rotina rigorosa de manhã e à noite. Já faço preenchimento com ácido hialurônico a cada dois anos, mas sempre com bom senso. Bebo muita água e uso protetor solar, também”, revela.

“A maternidade foi a melhor opção que fiz na vida”, diz Paloma Duarte (Foto: Vinicius Mochizuki)

Em “Malhação”, Lígia tinha uma vida conturbada, enfrentando um processo de adoção extremamente difícil para conseguir manter a guarda de Nina, além de um casamento em crise. “Era uma personagem profundamente dramática, que exigiu um bocado da minha saúde emocional”, explica Paloma. “Ainda existe muito preconceito com esse produto, mas vai entender… Nós pegamos a faixa de horário baixa, tivemos vários temas importantes socialmente e conseguimos emplacar um sucesso! Tenho imensa alegria de ter participado, me desafiou muito como atriz”, garante ela.

Apesar de vir de uma família de artistas – Paloma é neta de Lima Duarte, filha de Débora Duarte e do cantor Antônio Marcos, ela ficou receosa quando a filha do meio, Ana Clara, do casamento com o ator Marcos Winter, anunciou que seguiria os passos dos pais. “Vivemos em uma época onde a cultura é desvalorizada, desrespeitada e os artistas viram uma expiação coletiva. É muito difícil, nos dias de hoje, neste país, saber que sua filha vai seguir essa carreira”, afirma. A jovem também participou de “Malhação – Toda forma de amar”, como Ramila. “Não tivemos cenas cenas juntas, mas contracenamos direto para testes e estudos que fazemos. Temos muita química em cena e ela adora ouvir dicas e tal. A troca é boa”, fala Paloma.

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Em casa, a rotina ao lado do marido, o também ator Bruno Ferrari, o filho do casal e as filhas, frutos de relacionamentos anteriores dela, é a mais tranquila possível. “Somos muito sossegados. O Bruno é um homem seguro, sem frescuras, e isso é apaixonante. É minha tara e o meu melhor amigo. Falamos sobre qualquer coisa e somos muito brincalhões”, diz Paloma. Por causa da pandemia de coronavírus, a família está em isolamento total. “Entramos em quarentena e tomamos todos os cuidados possíveis, como lavar e higienizar as mãos, com álcool gel, constantemente. Também liberamos a pessoa que trabalha conosco, mantendo a remuneração dela, e estocamos itens básicos”, descreve a atriz.

O coronavírus também teve impacto no trabalho de Paloma. Depois de a Rede Globo anunciar que iria interromper gravações, antecipar o fim de algumas tramas e adiar estreias de novelas, “Malhação – Toda forma de amar” foi um dos produtos que viu o término chegar mais cedo. “Isso foi um baque, porque não esperávamos. Mas, com certeza, foi a decisão correta e me agarrei a isso para acalmar o peito. Consciência e empatia são muito mais importantes nesse momento”, pondera. E projetos futuros também entraram em pausa forçada: as negociações para uma nova série estrelada por ela, que será exibida em plataforma de streaming, foram interrompidas.

“Consciência e empatia são muito mais importantes nesse momento de pandemia”, acredita Paloma (Foto: Vinicius Mochizuki)

Até a rotina de cuidados com o caçula, Antônio, mudou. Antes da quarentena, tanto Paloma quanto Bruno estavam com uma rotina intensa de gravações. Ela, em “Malhação”. Ele, em “Salve-se quem puder”. “Estava mais puxado mesmo. Estudávamos os roteiros de gravação um do outro para descobrir como equilibrar melhor a vida do Antônio, ou seja, quem leva na escola, quem busca, quando podemos dormir junto com ele”, descreve a atriz. Com toda a família em casa, o dia a dia fica mais leve.

E por falar em leveza, o trabalho em “Malhação” rendeu muita brincadeira nos bastidores. A semelhança entre Bruno Ferrari e Joaquim Lopes, que faz o marido de Paloma na trama, deixou a internet em polvorosa. Mas será que ela acha os dois tão parecidos assim? “Sim, acho, e amo Joaquim! Meu parceiro de set e de vida. Assim que for possível, vou gravar com ele para o meu canal no YouTube e brincaremos muito com isso”, adianta a atriz.