Sem expulsar Andressa, Record perde último sopro de credibilidade de ‘A Fazenda’


Emissora releva ato de participante em festa e acumula mais um equívoco ao seu rol de tropeços nesta sexta edição do reality show

Por Pedro Willmersdorf

Cercada de polêmicas envolvendo não somente seus participantes, como também a postura da Record diante do andamento do jogo, a sexta edição de ‘A Fazenda’ teve na noite desta quinta (12) mais um capítulo que colocou em xeque a credibilidade da emissora diante do desfecho do reality. Tudo por conta de sua postura passiva diante da agressão cometida por Andressa Urach na festa da noite anterior.

Denise e Andressa

O momento exato da confusão entre Andressa e Denise na festa

Para quem não se lembra, em 2011, em sua quarta temporada, o programa expulsou a boxeadora Duda Yankovich, após a loura ter desferido um tapa na cabeça de Thiago Gagliasso durante uma atividade na piscina. Para muitos, não teria sido configurada uma agressão, pela ‘suavidade’ do tapa. Ontem, na pista de dança, Andressa empurrou de forma violenta seu braço contra o corpo de Denise Rocha (a ‘Furacão da CPI’), derrubando sua bebida e molhando seu cabelo. Como comparar, então, a intensidade dos atos? Ou indo ainda mais a fundo, o teor de agressividade de cada um deles? Difícil analisar qualquer agressão não sendo a pessoa agredida, não é mesmo?

A diferença de postura da Record diante de cada um dos incidentes reforça a perda de confiança do público para com a emissora após esta sexta edição, recheada de ‘mistérios’, como uma prova realizada de madrugada, distante do olhar do telespectador (e dos internautas), envelopes milagrosos em um baú, roças canceladas de última hora e a presença maciça de elementos externos (porém ligados) ao reality em sua programação (como Monique Evans em um quadro no programa do Rodrigo Faro, por exemplo).

Sem contar a abordagem duvidosa sobre a traição de Tony Salles, marido de Scheila Carvalho, nos programas da casa. Um tiro que poderia ter sido dado a favor da participante, mas que acabou jogando contra a mesma. Fosse qualquer uma das direções que o vento soprasse, seria um equívoco.

Em resumo, uma série de tropeços que, por mais que não consolidem uma interferência direta da direção da atração no resultado do jogo, encobrem a disputa com uma névoa desnecessária, levando a idoneidade da emissora a suspeitas constrangedoras. Não tem jeito: a Record tá na roça!