SENAI CETIQT lança luz sobre um tema importantíssimo durante seminário: “Corpo Gordo e Moda Plus Size”

Quando lançamos no site uma série de entrevistas com o tema ‘Gordofobia, até quando?’, a atriz Fabiana Karla fez questão de escrever de próprio punho a sua visão sobre o que ainda ocorre no Brasil e no mundo: “Espero que um dia a gordofobia seja criminalizada. Acho que fala-se pouco a respeito, as pessoas precisam aprender mais, há de se educar desde cedo, abrir conversas em casa, nas escolas, em redes sociais, sobre respeito ao próximo, e levá-las a entender melhor que também existe gordofobia estrutural, assim como racismo estrutural e o machismo estrutural, este último, inclusive, que vitima mulheres espancadas por seus companheiros porque ficaram gordas depois da gestação e são chamadas de desleixadas. Mas, acredito que estamos caminhando para mudanças importantes”.

Fabiana afirma ainda que é adepta de uma vida saudável, e também do Movimento Corpo Livre, que surgiu nos Estados Unidos como Body Positive e se fortalece por aqui. A ideia é ajudar mulheres a amarem e aceitarem seus corpos como são. “Acho que o Movimento Corpo Livre beneficia a todos! Reafirma a liberdade de nossos corpos independentemente de suas formas”, frisa. E também chama atenção para quando o preconceito vem disfarçado de preocupação com a saúde. Neste caso, quais são as frases mais ouvidas travestidas de elogios ou preocupação? “ Tem muitas: “Nossa, mas ela tem um rosto lindo!” Ou: “Está mais magra! Está linda! Continue”.

Maior centro latino-americano de geração de conhecimento aplicado à cadeia produtiva têxtil, de confecção e química – setores que juntos geram cerca de 11,9 milhões de empregos no país – e referência em tecnologia, consultoria e formação de profissionais qualificados para a Quarta Revolução Industrial, o SENAI CETIQT está atento ao que acontece na sociedade e promove hoje, dia 29 de março, o Seminário Corpo Gordo e Moda Plus Size, evento que tem como objetivo oferecer palestras e promover discussões sobre o comportamento emocional diante da gordofobia, os biotipos do corpo gordo, entre outros.

“Mesmo que atualmente os discursos de aceitação e diversidade tenham ganhado notoriedade, muitas pessoas ainda se deparam com a dificuldade em construir seu estilo devido à falta de opções e de investimento na moda plus size. Diante de uma sociedade que reforça a padronização do corpo feminino, nasce a iniciativa de retratar uma luta que vem ganhando espaço atualmente. “O seminário pretende trazer à tona discussões e reflexões que norteiam as necessidades vestíveis do corpo gordo feminino”, declara Bárbara Poci, professora do SENAI CETIQT.

O evento contará com palestras que abordarão temas de extrema relevância como: as diferenças do corpo gordo e moda plus size; o comportamento emocional diante da gordofobia; os biotipos do corpo gordo e propostas de estudos de modelagem; e o processo de autoconhecimento através do estilo e sua imagem pessoal. Dentre os palestrantes, estão psicólogos, professores e a presidente da Associação Brasil Plus Size. “Serão contempladas as questões técnicas relacionadas a biótipos corporais e estrutura de modelagem, que são parte do estudo de Iniciação Científica que venho desenvolvendo há dois anos, juntamente com a professora Cristiane Santos”, Barbara acrescenta.

Cristiane Santos, professora do SENAI CETIQT e colaboradora da iniciação científica, afirma que “o estudo fala sobre a relação do corpo gordo com a moda plus size e vem desenvolvendo saberes que poderão colaborar com uma produção do vestuário mais assertiva para o público em questão”. Além disso, a presidente da Associação Brasil Plus Size, Marcela Pereira, realizará o lançamento do edital da Revista Tag. “Será a primeira revista científica voltada para o mercado plus size com diversas temáticas sobre o corpo gordo, moda, ergonomia e diversos outros temas”, declara.

Raquel Gomes, Analista de Empregabilidade Discente do SENAI CETIQT e Gestora do Projeto, afirma: “A expectativa é de discussão e reflexão sobre a temática. O mundo é movido por informação, e a gente espera que gere conscientização, respeito e um convite à empatia”.