Se as crianças são o melhor que o mundo possui, investir em moda, com qualidade e variedade para elas, é tratá-las com o cuidado e o olhar que merecem. A moda para os pequenos é autoexpressão, criatividade e veículo de arte. No entanto, criar peças que valorizem as demandas e tendências infantis é assunto de gente grande. Inovar com autenticidade é movimento deste mercado que, com a pandemia, acelerou as vendas digitais, ampliando a atuação no varejo. Além disso, diante dos novos desafios, repensar toda cadeia produtiva, do design à fabricação, acompanha a tendência do mercado, no cenário atual e na projeção mundo pós-pandemia. O novo comportamento do consumidor, o protagonista, é condição prioritária para se posicionar na indústria pós-Covid, porque a relação com o consumo pede renovação. Fato é, que o mercado de moda infantil está em pleno crescimento e não apenas em números, mas sobretudo em importância. Alinhado com essa perspectiva, o ID:Rio Festival, evento apresentado pela Enel Distribuição Rio e pelo Governo do Estado, a ser realizado entre os dias 15 e 17, no Reserva Cultural, em Niterói, terá como parte integrante o Rio_Moda_Summit, com curadoria do SENAC RJ, incluindo em sua agenda talk sobre Cases de Inovação e Empreendedorismo em moda infantil.
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Alinhadas ao panorama do segmento para debater e dividir novas formas de pensar e produzir, Ana Paula Rodrigues, da Savannah Kids; e Luciana Marques, da LULUin Petit; mediadas por Úrsula Carvalho, especialista em moda do SENAC RJ, vão compartilhar seus case de inovação e empreendedorismo em moda infantil. “Falarei sobre a evolução da marca desde o início até o momento, dando ênfase à história e desafios encontrados na criação de um empreendimento como esse”, diz Luciana, que transformou o hobbie em negócio, e sempre assumiu muitas funções na marca, da gestão à criação – desde a definição do conceito, modelos até as estampas exclusivas que a label leva em todas as coleções.
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“Fazemos uma moda autoral, trabalhando com estampas exclusivas desenvolvidas pela nossa designer, e somos uma marca 100% digital, pois não temos loja física ate o momento. A venda na era digital é uma realidade, então focamos na comunicação com nossos clientes, na agilidade e todos os dias tentamos facilitar ao máximo o processo de compra em poucos passos pelas nossas plataformas digitais, além de atendimentos personalizados como, por exemplo, um link direto do nosso site para o Whatsapp da marca para tirar dúvidas e auxiliar os clientes nesse processo”.
Úrsula Carvalho do SENAC RJ, que vai mediar o encontro, avalia a proposta: “Vamos apresentar esses cases para que o público possa se inspirar por meio da compreensão dos desafios vivenciados pelas marcas e como encontraram uma solução para eles – sempre com o drive da inovação”. E observa as transformações sentidas na indústria da moda nesta pandemia: “As marcas que ainda não tinham atuação mais expressiva no digital, foram forçadas a mergulhar nesse canal da noite para o dia e as que não tiveram fôlego para isso, ‘morreram’ rapidamente. A demanda por isolamento social acarretou no fechamento de atividades consideradas não essenciais e lacrou as portas de todo o varejo de moda. Nesse movimento, foram cancelados os diversos eventos atrelados ao setor, como as semanas de moda. Como uma reação em cadeia, as matérias-primas sumiram do mercado e as marcas tiveram uma queda abrupta no potencial produtivo – muitos cancelamentos de encomendas e o baque do potencial de consumo obrigou muitas marcas a fecharem as portas”.
Diante do ID:Rio Festival, a especialista celebra: “Esse evento coloca um holofote sobre novos designers e promove importantes discussões e reflexões sobre pautas relevantes para a cadeia de moda, como gestão participativa, circularidade e colaborativismo. É um espaço feito para apoiar diversas iniciativas que promovam a recuperação, o desenvolvimento e a sustentabilidade do trade de moda do Rio de Janeiro”.
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Fazendo também uma moda autoral há 15 anos, Ana Paula Rodrigues, fundadora da Savannah Kids, vai compartilhar o conceito que permeia a label. “Criei uma marca com conceito de natureza. Ao longo desses anos, desenvolvi produtos exclusivos com o objetivo de despertar nas crianças o interesse e o respeito pela natureza e, também, por todos os seres que habitam o nosso planeta. Para mim, o mais importante e prazeroso é criar produtos diferenciados produzidos observando-se a ética e a ecologia. Afinal, a natureza e o nosso planeta precisam ser respeitados e compreendidos por todos nós”.
A empreendedora e criadora analisa o caminho até aqui: “Minha marca foi criada em uma época em que a experiência era totalmente sensorial ainda. Criávamos uma experiência para o consumidor na loja, que era toda temática, com cheiros, cenários. Agora mudamos, por conta da pandemia, para uma experiência totalmente virtual”, compartilha Ana Paula. E destaca em sua produção: “Temos uma cadeia ética, de preço, de fornecedor, por conta dessa pegada do discurso da natureza, sustentável, que há 15 anos atrás não era tão evidente. Hoje, mais do que nunca, buscamos reafirmar essa proposta, já que o mundo está colapsando e precisamos esta consciência em relação ao consumo, ao desperdício, à alimentação. Desejamos estimular essa conscientização também”.
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