ID:RIO FESTIVAL – No Moda Summit, a capacitação de pessoas e transformação de realidades


Entre os dias 15 e 17, no Reserva Cultural, em Niterói, o Estado do Rio será epicentro de evento multiplataforma da moda autoral e criativa. E se as suas práticas inspirassem outras pessoas? Pois esse é o propósito do bate-papo que acontecerá no último ciclo de palestras do dia 15 de outubro no ID:Rio Festival, que será mediado por Beatriz Stutzel, da Enel, com Janeth Nazareth Guilherme, do coletivo Mulheres do Salgueiro; a empreendedora e Embaixadora da Autoestima Erika Guarnieri; e a Especialista em Imagem Pessoal Jacke Molonha

Mais do que uma indústria com seu business e cadeia de produção, a moda é também forma de expressão e pertencimento social, história da humanidade, cultura, escolhas e iniciativas que podem ser transformadoras para a sociedade. No cenário em que vivemos, tanto os profissionais da área quanto os consumidores têm se questionado cada vez mais sobre novos modos de produção e de consumo. Sinal dos tempos que acelera a crescente percepção de que a indústria pode aliar-se, de forma sustentável, à consciência do impacto positivo que um negócio pode trazer à comunidade que o circunda, mudando positivamente realidades.

Pensar no socioambiental é mais do que um diferencial determinante de boas práticas, é assumir a responsabilidade pelo coletivo que nos cabe. A mudança  de mindset caminha a passos largos, escrevendo um novo capítulo da história da humanidade e da moda. Contribuindo para essas reflexões, o ID:Rio Festival fará a sinergia entre moda, cultura, capacitação, empreendedorismo e música, tendo o Estado do Rio como epicentro do evento multiplataforma apresentado pela Enel Distribuição Rio e pelo Governo do Estado, com programação 100% gratuita. Realizado entre os dias 15 e 17, no Reserva Cultural, em Niterói, o festival terá como parte integrante o Rio_Moda_Summit, maratona de palestras, talks e mesas redondas com curadoria do SENAC RJ, fechando o ciclo do dia 15 com o importante debate sobre A moda transformando pessoas e realidades.

Janeth Nazareth, do coletivo Mulheres do Salgueiro vai estar na última palestra do dia 15 (Reprodução)

Janeth Nazareth, do coletivo Mulheres do Salgueiro vai estar na última palestra do dia 15 (Reprodução)

E se as suas práticas inspirassem outras pessoas? Pois esse é o propósito do bate-papo mediado por Beatriz Stutzel, da Enel, com Janeth Nazareth Guilherme, do coletivo Mulheres do Salgueiro; a empreendedora e Embaixadora da Autoestima Erika Guarnieri; e a Especialista em Imagem Pessoal Jacke Molonha. “A moda pode transformar a realidade pessoal quando a usamos como ferramenta, entendendo o nosso desejo de imagem, como queremos ser vistos e qual nosso objetivo. Com essa clareza, ela entra para materializar esse desejo através da comunicação não verbal, ou seja, geramos sensações e sentimentos através das escolhas diárias do que vestimos”, detalha Jacke.

Jacke Molonha: "A moda pode transformar a realidade pessoal quando a usamos como ferramenta, entendendo o nosso desejo de imagem, como queremos ser vistos e qual nosso objetivo" (Divulgação)

Jacke Molonha: “A moda pode transformar a realidade pessoal quando a usamos como ferramenta, entendendo o nosso desejo de imagem, como queremos ser vistos e qual nosso objetivo” (Divulgação)

“Vamos conversar sobre a importância de trabalhar nossa imagem pessoal, isso pode alavancar sua carreira, e potencializar suas oportunidades. O vestir é uma das nossas ferramentas de comunicação que possibilita abrir portas para nossa carreira profissional”, completa.

Erika Guarnieri: "Vamos falar de autoestima, no sentido de valorizar antes vestir a alma, do que o corpo. Acredito que o estilo começa na alma de cada um" (Divulgação)

Erika Guarnieri: “Vamos falar de autoestima, no sentido de valorizar antes vestir a alma, do que o corpo. Acredito que o estilo começa na alma de cada um” (Divulgação)

Com 15 anos de trajetória, a coach e palestrante Erika Guarnieri faz coro e acrescenta sobre os pontos abordados na roda de conversa: “Vamos falar de autoestima no sentido de valorizar antes vestir a alma, do que o corpo. Acredito que o estilo começa na alma de cada um. Por isso é importante trabalhar o autoconhecimento para assumir seu estilo pessoal”.

Potência inspiradora

A especialista em sustentabilidade da Enel Brasil, Beatriz Stuzel celebra o ID:Rio Festival: “É muito relevante eventos que tragam discussões sobre as inovações e mudanças nas formas de consumo e produção dos produtos, com foco na economia circular e na sustentabilidade. E também mostrar o papel fundamental que a moda tem na vida das pessoas, podendo ter poder transformador em um contexto social e econômico”.

Para Janeth Nazaré Guilherme isso faz todo sentido. À frente do coletivo Mulheres do Salgueiro, ela festeja sua história: “Sou uma mulher preta, tenho 51 anos, sou ativista dos Direitos Humanos, pedagoga, co-fundadora do coletivo Mulheres do Salgueiro, pesquisadora FAPERJ. E mãe da Aline e da Amanda”.

Janeth Nazaré Guilherme, ativista à frente do coletivo Mulheres do Salgueiro e um grupo de trabalho da ONG (Reprodução)

Janeth Nazaré Guilherme, ativista à frente do coletivo Mulheres do Salgueiro e um grupo de trabalho da ONG (Reprodução)

O Mulheres do Salgueiro é um empreendimento solidário que começou suas atividades em 2002, com a realização de cursos e oficinas de tingimento de roupas e moda em geral para impulsionar a capacidade produtiva das moradoras da comunidade que dá nome ao coletivo . Em 2006, em parceria com uma ONG alemã, elas adquiriram a sede onde ampliaram e realizam suas atividades até hoje, com produção e venda de acessórios femininos, além de outros itens e brindes promocionais.

“A minha história é a história de muitas mulheres deste país. De uma mulher que se separou muito cedo e assumiu uma casa e as filhas de forma solo. Há 19 anos, eu me envolvi em uma proposta de organização comunitária que pensava em empoderar as mulheres para que saíssem daquela condição de trabalhar no lixão, que fica aqui ao lado da nossa comunidade”, conta Janeth. “A partir daí, fizemos muitos trabalhos de pesquisa na comunidade para entender o que era preciso para que acontecesse uma transformação de fato na vida das pessoas, e a luta pela igualdade de gênero e violência contra a mulher foram questões que despontaram, porque a participação era essencialmente feminina”.

“Esse trabalho tem como base a luta pela garantia de direitos e também pelo direito à vida. A gente vem desenvolvendo ações com pilares de sustentabilidade cultural, econômica e ambiental, buscando levar conceitos para a população mais carente" (Reprodução)

“Há 19 anos, eu me envolvi em uma proposta de organização comunitária que pensava em empoderar as mulheres para que saíssem daquela condição de trabalhar no lixão, que fica aqui ao lado da nossa comunidade” (Reprodução)

E conclui: “Esse trabalho tem como base a luta pela garantia de direitos e também pelo direito à vida. A gente vem desenvolvendo ações com pilares de sustentabilidade cultural, econômica e ambiental, buscando levar conceitos para a população mais carente, mas de forma que se entenda a responsabilidade de cada sujeito pela sua existência e pelo coletivo, onde o ambiente precisa ter o seu papel e respeito do ser humano”.