‘É melhor ser alegre que ser triste/ Alegria é a melhor coisa que existe’. Os versos de ‘Samba da Benção’, de Vinicius de Moraes e Baden Powell traduzem a felicidade e a relação dos brasileiros com a música. Sentimento esse que pôde ser sentido e emanado no encerrando a primeira edição do ID:Rio Festival. Apresentado pela Enel Distribuição Rio e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, o evento comandado por Cláudio Silveira evidenciou como as artes estão interligadas e são coirmãs nos alimentando na formação da nossa identidade, afinal nossas letras rompem as ondas e chegam aos quatro cantos do mundo com bastante louvor.
Afirmando essa nossa vocação musical intensa, o residente do evento, DJ Felipe Roale, deu o start na programação mixando os maiores sucesso nacionais e internacional. Toda trabalhada no neon e no tie-dye, Mira Callado subiu ao palco com um repertório forte e dançante. A cantora e compositora, que têm raízes na MPB, mas faz um belo mix em seus shows, apresentou: ‘Simples desejo‘, de Luciana Mello, ‘Meu Talismã‘, de Iza, ‘Naughty Girl‘, de Beyoncé, ‘Boa Sorte‘ e ‘Ai, Ai, Ai…’, de Vanessa da Mata, ‘Olha o que o amor me faz‘, Sandy & Junior, ‘Linda rosa‘, Belo com Ivete Sangalo, ‘A tua voz‘, Gloria Groove, ‘Espelhos d’água‘, Patrícia Marx, ‘Me chama que eu vou‘, Sidney Magal, ‘Chorando se foi‘, Kaoma e ‘Tempos moderno‘, Lulu Santos. “Eu estou muito feliz com esse reencontro. O calor do público não tem igual, é verdadeiro. A energia do público, essa troca é o que me motiva. A escolha do meu repertório depende muito de cada apresentação. Cada show é único”, frisa a artista.
Em seguida foi a vez da banda Hexotria. O trio de Niterói – formado por Marquinhos Gusmão (guitarra e voz), Ciro Mendes (bateria) e Matheus Gomes (baixo) – se uniu com o intuito de criar músicas autorais e covers de seus artistas favoritos. “Poder voltar aos palcos é muito bacana. É muito diferente de uma live em que o alcance é grande, mas você não sente o calor e a energia do público. Além disso, viver de música no Brasil já é complicado, imagina no meio de uma pandemia…”, comenta. Marquinhos Gusmão. O baixista Matheus acrescenta: “O legal é ver todo mundo se vacinando, curtindo, se divertindo, mas tomando todos os cuidado e seguindo os protocolos de saúde”.
A banda escolheu os sucessos de Bruno Mars, Paralamas do Sucesso, The weeknd, Maroon 5, Pearl Jam, Arctic Mokneys, um medley de ‘Beggin’, de Maneskin (que levou a plateia a loucura) + Gotye – ‘Somebody that I Used to know’, Kings of Leon, Rappa e ‘Jorge Maravilha’. E os músicos fecharam o show com a faixa autoral ‘Ficou pra trás!’. “O legal é que vocês nunca irão ver dois shows do Hexotria iguais”, pontua Ciro Mendes.
Completando 30 anos de carreira em 2022, Gabriel O Pensador, foi o escolhido para fechar em grande estilo a primeira edição do ID:Rio Festival. O rapper, compositor e escritor nos contou que negou muitos convites para shows nessa pandemia, porque não se sentir seguro e em respeito às famílias e à saúde, ‘Dias de luta, dias de glória’. “É importante valorizar a cultura e agora com a volta dos encontros com a plateia. Eu fiquei empolgado de voltar a me apresentar. O show no ID: Rio Festival foi o meu primeiro desde o início da pandemia. Estava sem pressa, por isso cheguei a recusar alguns convites, mas vendo a seriedade desse evento, o compromisso e o capricho, eu topei na hora. É uma apresentação que vai ficar marcada na minha história”, comenta.
E, para agitar a grande festa do ID:Rio como multiplataforma de moda, música, capacitação e empreendedorismo, o mestre dos versos e das rimas fez um flashback na carreira e lembra que foi um dos pioneiros quando o assunto é o famoso feat, unindo representantes de diferentes gêneros.
Gabriel marcou sua chancela com ‘Dias de Luta, Dias de Glória‘, ‘Cachimbo da paz‘, ‘Pátria que me pariu‘, ‘Astronauta‘, ‘Zóio de lula‘, ‘Tô feliz‘ (a faixa que deu o start em sua carreira musical, com uma fita demo, sendo logo contratado pela Sony Music), ‘No ritmo, no tempo‘, entre outros sucessos. “Eu fico muito orgulhoso de ser considerado um dos primeiros a trazer essa conversa entre cantores de diversos gêneros musicais. A primeira vez foi em 1997, no disco ‘Quebra-Cabeça’, com Lulu Santos, Evandro Mesquita e o Barão Vermelho“, conta. O álbum se tornou um dos maiores sucessos da carreira de Gabriel, com cerca um milhão e meio de cópias vendidas.
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