“É claro que nessa pandemia, sem dúvida alguma, o Oscar vai para as Mulheres”, diz Maria Luisa Friese


Criadora do canal Pulp Lu, a atriz e roteirista, fala sobre a segunda temporada do programa que estreia nesta sexta-feira, e dialoga com o público através de três ícones eternizados pelo cinema. Maria Luisa diz que as novas pílulas que estreiam em meio a pandemia do Coronavírus trazem as personagens colocando a “boca no trombone”: “Desta vez, a Pulp Lu de dentro da sua casa, vai entreter o público com a jornada do cotidiano das mulheres que já naturalmente dão conta de várias coisas ao mesmo tempo. Qual mulher nunca esteve em casa no meio de um trabalho importante e teve que atender o telefonema do ex-marido querendo “devolver” o filho? Ou, no meio de uma boa faxina no banheiro, teve que sair correndo para uma entrevista? Ou até foi acordada, de ressaca, com um telefonema da amiga bem cedinho, pedindo ajuda com questões filosóficas? Além das situações do dia a dia, nessa temporada ela resolve colocar a boca no trombone e arruma um microfone, já que na rua não podemos estar, então fala da janela do seu prédio mesmo. Além disso, elas respondem às perguntas, muitas vezes até impróprias e inoportunas com tanta sinceridade, sagacidade e senso feminista, que até parece que estão em um prêmio do Oscar. E é claro que nessa pandemia, sem dúvida alguma, o Oscar vai para as Mulheres”

*Por Brunna Condini

A atriz e escritora Maria Luisa Friese, criadora do Canal Pulp Lu, no ar no YouTube, lança a segunda temporada com nova leva de histórias empoderadas nesta sexta-feira. Na sequência inédita, que estreia em meio a pandemia do novo Coronavírus, Pulp Lu, na pele de três ícones femininos, sexies e visionários, como a “Bonequinha de Luxo”, eternizada por Audrey Hepburn no cinema, a Mulher Maravilha e Marilyn Monroe, abre sua casa para o público e as cenas acontecem no interior da sua sala, no banheiro, no jardim interno do prédio e até mesmo da sua janela,de onde ela usa um microfone para falar direto para a rua e com os vizinhos. “Continuam os vídeos de até um minuto, em um formato como se fossem tirinhas de jornal. e elas estão cada vez mais gente como a gente, tratando de temas femininos atemporais e de situações deste período difícil que vivemos, mas com humor”, diz Maria Luisa.  “As cenas dessa segunda temporada continuam enfatizando o retrato da mulher atual no dia a dia em conversas com os ex-maridos, vizinhos, sessões com o terapeuta, situações no whatsapp, dicas, entrevistas, conversas com as amizades reais ou insólitas como a boneca Barbie, o Batman, o Super Homem, abordando sempre o ponto de vista feminista”.

“As cenas continuam enfatizando o retrato da mulher atual no dia a dia em conversas com conversas com as amizades reais ou insólitas como a boneca Barbie, o Batman, o Super Homem, abordando sempre o ponto de vista feminista” (Divulgação)

Inspirado em tirinhas de jornal e HQs, o canal Pulp Lu, criado por Maria Luisa, que é a roteirista e atriz nele, tem temática feminista, humorística, satírica, metafísica e até mesmo erótica. O canal estreou em novembro de 2019 e exibe às terças e sextas os vídeos tirinhas dirigidos por Michel Blois, convidado pela artista para essa parceria. Sobre os ícones que se tornam personagens, a atriz diz: “O que interessa de fato, é que elas foram símbolos de mulheres super empoderadas, feministas, inteligentes e corajosas e em Pulp Lu elas ganham voz para falar no séc 21 sobre o que quiserem, sem medo de serem felizes e sinceras, falando tudo o que não falariam em outras épocas”.

Com 20 anos dedicados aos palcos, a atriz de 47, conta que teve a ideia para o canal quando esteve em cartaz com o espetáculo A Maravilhosa História da Mulher Que Foi Tirar Um Retrato”, em que mostrava as mudanças atravessadas pelas mulheres nas últimas décadas. Idealizado por ela e dirigido por Joelson Gusson, a peça trazia Maria Luisa na pele de uma heroína dos quadrinhos, a Mulher Maravilha. “Quis criar um espetáculo que falasse de uma mulher no auge da carreira, que começasse a se questionar. Depois pensei em outros ícones”, lembra.  “Nessa segunda temporada a Pulp Lu, de dentro da sua casa, vai entreter o público com a jornada do cotidiano das mulheres que já naturalmente, dão conta de várias coisas ao mesmo tempo. Qual mulher nunca esteve em casa no meio de um trabalho importante e teve que atender o telefonema do ex-marido querendo “devolver” o filho? Ou, no meio de uma boa faxina no banheiro, teve que sair correndo para uma entrevista? Ou até foi acordada, de ressaca, com um telefonema da amiga bem cedinho, pedindo ajuda com questões filosóficas? Além das situações do dia a dia, nessa temporada ela resolve colocar a boca no trombone e arruma um microfone, já que na rua não podemos estar, então fala da janela do seu prédio mesmo. Além disso, elas respondem às perguntas, muitas vezes até impróprias e inoportunas com tanta sinceridade, sagacidade e senso feminista, que até parece que estão em um prêmio do Oscar. E é claro que nessa pandemia, sem dúvida alguma, o Oscar vai para as Mulheres”, diz Maria Luisa.

“Estou tentando dar conta de tudo, mas quando não rola, eu tomo uns goles, relaxo e tudo bem!  Acho que nessa temporada estou mais espelhada na Bonequinha de Luxo. Ai, ai…”(Divulgação)

A atriz se reconhece na rotina da personagem, que é versões dos ícones. “A minha vida na pandemia está até parecida com a da Pulp Lu. Eu não tenho esse microfone fisicamente, mas o meu trabalho está me dando a oportunidade de falar um pouco para todo mundo ouvir. Tenho trabalhado muito no programa, cuido da casa, tenho um grupo de estudos de roteiro.  Estou tentando dar conta de tudo, mas quando não rola, eu tomo uns goles, relaxo e tudo bem!  Acho que nessa temporada estou mais espelhada na Bonequinha de Luxo. Ai, ai…”, diverte-se.

“A minha vida na pandemia está até parecida com a da Pulp Lu. Eu não tenho esse microfone fisicamente, mas o meu trabalho está me dando a oportunidade de falar um pouco para todo mundo ouvir” (Divulgação)