Mineira com energia de carioca e romântica com toques de eletrônica. As misturas potentes resumem a carreira de Marcella Fogaça. Nesta semana, na quinta-feira, 7, a cantora – que também apresenta, atua e é empresária – lança seu novo clipe: “Me Jogar”. O título da música, que fora lançado no mês passado nas plataformas digitais, já é um convite e uma prévia do que a mineira preparou pelas ruas de Ipanema nas últimas semanas e, como nos contou, é um desejo para a temporada de calor. Com cara de Verão, energia de Carnaval e swing para lá de carioca, “Me Jogar” é a aposta de Marcella e o primeiro single de seu próximo álbum, que será lançado em 2018.
No último mês, desde quando lançou o áudio de “Me Jogar”, Marcella Fogaça vem traduzindo a energia que canta na música em imagem e movimento. Aliás, muita imagem e muito movimento. O que começou como brincadeira, foi ganhando rostos, surpresas e novas experiências em um clipe que é um encontro da alegria carioca. “Toda vez que eu ouvia essa música, eu pensava em pessoas cantando e dançando porque é uma energia que tem essa ideia de multidão. Quando eu fiz, queria que fosse uma trilha sonora para as pessoas se divertirem mesmo. E aí, eu comecei a filmar meus amigos cantando um pedaço, gostei e fui fazendo de forma natural”, lembrou.
Entre um amigo e outro, Marcella Fogaça reuniu celebs como Isabella Santoni, Fernanda Vasconcellos, Cássio Reis e Marcelo Serrado, além de anônimos que deram um toque especial, como um pipoqueiro de Ipanema e pessoas que transitavam pelo bairro. “Eu queria poder representar o Brasil inteiro nesse clipe. Foi então que saí em busca de pessoas interessantes e fui gravando. Eu contava um pouco do que estava fazendo, mostrava a música e gravava um pedaço. E foi uma experiência maravilhosa. Eu me surpreendi com o carinho e a receptividade das pessoas nas ruas”, contou a cantora que entre seus amigos artistas também deixou a espontaneidade guiar o projeto. “Foi tudo muito natural e não tinha nada programado para ser de tal forma. A música envolve as pessoas e já chama para uma reação mais divertida e descontraída. Eu só filmei”, disse.
Isso mesmo. “Me Jogar” é mais do que a nova música de trabalho de Marcella Fogaça, é também um projeto plural comandando e executado pela própria mineira. Como ela disse, a cantora é daquelas que gosta “de colocar a mão na massa” e, apesar da missão nada simples, se orgulha do resultado que conquistou. “O clipe está muito divertido e dinâmico. A música tem três minutos e cada pessoa aparece por uns dois ou três segundos. Então, pensa na quantidade de gente que tem”, brincou a cantora que destacou a alegria ao fim do projeto. “É claro que eu poderia ter terceirizado e só visto o resultado final. Mas eu gosto de fazer, de participar e colocar a mão na massa. No momento da edição, eu ficava lembrando das gravações, das cenas que envolviam aqueles poucos segundos de vídeo. Foi uma delícia. O clipe ficou pronto no domingo e desde então eu não paro de ver e de achar novos detalhes que, mesmo eu tendo feito tudo, nem reparei”, comemorou.
No entanto, embora a ideia e toda a execução de Marcella em seu novo clipe tenha sido um caso à parte, a música lançada no mês passado também merece atenção. Em “Me Jogar”, a cantora agrega novos sons a sua identidade de MPB e traz a programação eletrônica como aposta – e acertada. O resultado é, de fato, um convite para dançar que tem a cara do Verão, como a mineira queria e buscou traduzir. “Para mim, a música desse período precisa ser alegre. O verão é a melhor estação do ano e é uma época em que as pessoas saem mais, estão alegres e se vestem mais à vontade. Então, a música precisa acompanhar essa energia e ser quente, para cima. Fora que “Me Jogar” também tem uma vibe de comemoração das festas de fim de ano”, analisou a cantora que acredita que o clipe seja a cereja do bolo para o título. “Quando eu escolhi o nome lá atrás, queria mostrar essa ideia de ir para a rua em busca de experiências e amor – e não só no sentido romântico. E eu me joguei. Então, a ideia é que isso seja quase um jargão da estação. Vamos nos jogar”, convidou.
E ela tem feito isso em vários sentidos. Como contamos, o novo single de Marcella Fogaça marca uma aposta que a cantora já vinha usando em seus shows: a programação eletrônica. Além da voz e violão, ela também aposta nas ricas possibilidades da tecnologia em sua música em uma sonoridade sem definições. Afinal, para ela, a artista Marcella Fogaça é indefinida. “Eu acho essa história um pouco chata. Para mim, estou em constate evolução. Embora eu tenha muito claro em mim o que eu sou e o que quero passar com a minha verdade, quando falamos de música, estamos em um cenário muito plural. E eu sou uma artista assim. Eu gosto de me expressar de diversas maneiras, desde que eu me sinta bem”, disse Marcella que, sobre a experiência de sair da zona de conforto e trazer novidades para seu violão, definiu como “uma aventura muito gostosa”. “Eu amei mudar assim porque estava há muito tempo em um mesmo lugar sem saber que poderia gostar de outras possibilidades. A programação eletrônica veio de forma natural e eu estou adorando”, contou.
O fato é que toda essa energia de Marcella Fogaça para pôr em prática suas ideias e essas novas possibilidades para inovar em seu som são uma consequência da mulher por trás do microfone. Em relação às influências, a cantora não economizou nomes e listou de Maroon 5 à Marina Lima, passando por Rita Lee e Tom Jobim. “E se bobear estou escutando até Marília Mendonça”, brincou a mineira que, nesta lista, ainda incluiu seu convidado do próximo álbum. “Eu gravei uma música com o Nando Reis que, dos artistas das antigas, é um que eu não abro mão”, adiantou.
Aliás, o novo álbum é um dos principais projetos de Marcella Fogaça para 2018. No ano que se aproxima, a cantora contou que planeja lançar o trabalho no primeiro semestre e trabalhar bastante o disco ainda sem nome. “Estou desesperada que ainda não decidi. Eu tenho algumas opções e vou ter que escolher essa semana. Mas estou pensando em algo bem legal”, revelou Marcella que adiantou outras novidades sobre o próximo trabalho. “Vai ter muita programação eletrônica, mas sem abandonar meu pop e MPB. O resultado é um mix muito legal e interessante e acredito que as pessoas vão gostar”, comentou a cantora que, em relação à expectativa do público, confessou que vive “um conflito” entre os destaques do mercado e a sua essência. “Eu tento ver o que está em alta, mas nunca vou fazer nada que não tenha a minha cara por isso. Eu sei bem a minha verdade e vou sempre priorizar. Porém, estou de olho no que está na moda etc”, completou.
E para quem pensou que o novo álbum de Marcella fosse ter a dedicação única da cantora durante todo o ano se enganou. Ligada no 220V, a mineira revelou que quer voltar a estudar e se dedicar às outras habilidades – que são várias. “Eu sou um pouco polvo e gosto de explorar varias áreas. Embora o meu foco seja a música e o meu novo disco, eu quero voltar a estudar interpretação e investir na carreira de apresentadora que, por sinal, tenho projetos para o final do ano que vem. Eu acho que tudo isso me ajuda no palco como artista, inclusive cantando. Não tem jeito, sempre fui 360º”, contou Marcella Fogaça que, além disso tudo, ainda completa um ano como empresária à frente do Fil Hair & Experience, em Ipanema. Só sucesso!
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