Transmissão híbrida do Prêmio Multishow irrita quem acompanhava pela internet


Como todo ano, quem não tinha assinatura do canal, fosse na TV a cabo ou no streaming, não conseguia ver a cerimônia de premiação. Nas transmissões pelo YouTube e Facebook, choveram comentários na internet criticando a decisão e reclamando do falatório de Diva Depressão, Blogueirinha, Gabi Fernandes e Thalita Meneghim

*Por Simone Gondim

Em 2020, a promessa do Prêmio Multishow era uma transmissão com formato híbrido, incluindo TV e plataformas digitais. Mas, como constataram as pessoas que recorreram ao canal do Youtube ou entraram no link ao vivo do Facebook, nem a pandemia amoleceu o coração dos organizadores: quem não tinha assinatura do canal, fosse na TV a cabo ou no streaming, não via a festa. As redes sociais postavam trechos, no caso do Twitter, ou exibiam versões comentadas – e bastante criticadas – no YouTube e no Facebook. Uma das queixas mais frequentes era a de que os comentaristas – todos, sem exceção – falavam ao mesmo tempo, criando uma confusão tão grande que não se entendia direito o que diziam. Ouvir as atrações musicais, então, era impossível.

Lulu Santos abriu a noite cantando no Morro da Urca, no Rio (Foto: I Hate Flash)

Escolhidos para ficar em um camping cenográfico montado no hub central, na Arena da Barra, no Rio de Janeiro, Diva Depressão, Blogueirinha e a dupla do canal Depois das Onze, Gabi Fernandes e Thalita Meneghim, estavam irreconhecíveis: em vez das palavras e atitudes que os transformaram em figuras famosas na internet, eles conseguiram tirar a paciência do público, dando a impressão que disputavam o posto de quem usava o tom mais alto para falar bobagens. O grupo gritava tanto que, em certos momentos, nem os convidados para dar entrevistas conseguiam se concentrar em meio à barulheira, porque o som vazava.

Para os privilegiados que podiam acompanhar a cerimônia de entrega dos prêmios, apresentada por IZA, Tatá Werneck e Paulo Gustavo, a grande novidade ficava por conta das atrações musicais, distribuídas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará e Minas Gerais. A abertura da noite ficou a cargo de Lulu Santos, no Morro da Urca, no Rio. Ele cantou “A cura”, como uma mensagem de esperança em tempos de Covid-19. Na sequência, Lexa subiu ao palco do hub central para agitar os fãs ao som de “Treme tudo”, “Sussu”, “Quebrar seu coração” e “Aquecimento da Lexa”.

Teresa Cristina se apresentou em um cenário montado na Lapa, no Rio (Foto: I Hate Flash)

Do Ibirapuera, em São Paulo, brilharam Luísa Sonza e Dilsinho, em momentos diferentes. Para os mineiros dos grupos Skank e Jota Quest, foi montada uma estrutura em Inhotim (MG). Do Nordeste, Ivete Sangalo cantou no Castelo Garcia D’Ávila, construção histórica na Praia do Forte, em Salvador, e Wesley Safadão fez a festa no Teatro José de Alencar, em Fortaleza. Safadão mostrou música nova, “Ele é ele, eu sou eu”, enquanto Ivete, escolhida a Cantora do Ano, convidou Majur para dividir o microfone em “Coisa linda”.

Em um cenário montado na Lapa, no Rio de Janeiro, a Rainha das Lives, Teresa Cristina, soltou a voz em clássicos como “O bêbado e a equilibrista” e “O sol nascerá”. Para encerrar a noite, Ludmilla trouxe “Verdinha”, escolhida a Música do Ano, e a inédita “Rainha de favela”. Em seguida, vieram Kevinho, com hits como “Avançada”, e Pedro Sampaio tocando “Sentadão”, vencedora na categoria Música Chiclete do Ano.

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Confira os vencedores de cada categoria:

Voto popular:

Cantor do ano – Gusttavo Lima;

Cantora do ano – Ivete Sangalo;

Música do ano – “Verdinha” (Ludmilla);

Experimente – Menos É Mais;

Live do ano – Marília Mendonça;

Grupo do ano – Lagum;

Música Chiclete do ano – “Sentadão” (Pedro Sampaio, Felipe Original, JS O Mão de Ouro);

Dupla do ano – Jorge & Mateus;

Clipe TVZ do ano – “Combatchy” (Anitta, LEXA, Luísa Sonza e MC Rebecca).

Superjúri:

Revelação do ano – Jup do Bairro;

Canção do ano – “Braille” (Rico Dalasam e Dinho);

Álbum do ano – “AmarElo” (Emicida);

Direção do ano – Céu, “Corpocontinente”;

Produtor do ano – Nave Beatz;

Capa do ano – “Rastilho”, Kiko Dinucci;

Gravação do ano – “Rastilho”, Kiko Dinucci.