Top brasileira Vivi Orth investe em carreira como DJ e, com menos de um ano na estrada, assina contrato com a Sony Music


Vivi Orth foi impulsionada pela amiga e produtora musical Pietra Bertolazzi a investir na carreira pela música eletrônica. Desde o início do ano, as duas tocam em várias festas pelo Brasil provando que mulheres também podem se destacar nesta profissão

“A moda e a música sempre andaram juntas, porque a trilha sonora fala muito sobre o desfile e a mulher que o estilista quer que a modelo encarne. Fora isso, eletrônica sempre foi a minha paixão. Gosto de conhecer os melhores DJs, nas minhas viagens pelo mundo, e sair para dançar escutando canções de qualidade”, afirmou a modelo Vivi Orth. Em 2017, a top apostou em um trabalho completamente diferente de tudo que já havia feito. Depois de três anos de amizade com a produtora musical Piertra Bertolazzi, Vivi acabou atendendo aos pedidos da amiga e juntas se lançaram na carreira de DJ. Com menos de um ano da dupla Ella Beats, as duas já assinaram um contrato com a Sony Music e ganharam o selo de DJ Sound. Com poucos meses de estrada, elas fazem sucesso pelas principais festas do Brasil ao som da música eletrônica.

Vivi Orth ao lado da dupla Pietra Bertolazzi (Foto: Danilo Borges)

Site Heloita Tolipan: Ao longo dos três anos de amizade, você nunca teve tempo de parar tudo para apostar na carreira de DJ. Isto fez com que precisasse conciliar as duas profissões. No entanto, o que levou a começar a dupla Ella Beats agora?

Vivi Orth: No início do ano, a Pietra me colocou contra a parede e acabamos começando. O fato de estar morando em São Paulo tornou a parceria mais viável, então tenho tempo, já que fotografo de dia e faço as festa à noite. O meu tempo para descansar é durante a semana, quando posso me dedicar a outros projetos.

HT: Uma carreira de modelo inclui muitas participações em grandes eventos e festas, foi a partir daí que você decidiu que gostaria ser DJ também?

VO: Na verdade, a vontade de ser DJ surgiu a partir da Pietra que me incentivou a ver esta outra possibilidade. Ela achava que a dupla daria certo devido a minha paixão pela música eletrônica, já que é difícil encontrar uma mulher que goste. Quando me mostrou isto, fiquei me perguntando como não tinha percebido antes, porque gosto de escutar música boa e é lógico levar isto para as pessoas.

HT:Mesmo com pouco tempo de estrada, você já conseguiram fazer uma parceria com a Sony. Como aconteceu isto?

VO:A Sony selecionou alguns DJs para começar uma parceria e nós fomos umas das escolhidas. Temos que lançar quatro músicas com eles no ano que vem, sendo que uma delas será divulgada em janeiro.

HT:Apesar de ter apostado no universo da música, nem pensa em parar de modelar. Dessa forma, qual característica você acredita levou do mundo da moda para a carreira de DJ que te ajudou a se firmar na nova profissão?

VO:As pessoas que me conhecem sabem o quão profissional sou em meus trabalhos como modelo. Acho que isto acabou se expandindo. A galera vai me ver porque sabe que encontrará algo sério. Espero que isto se reflita na música. Sou conhecida por ter um olhar forte e quero que isto fique na minha carreira de DJ. Mostro para as pessoas o que penso.

HT:A cena da música eletrônica vem crescendo muito. Temos vários DJs famosos que são referência no exterior como o Alok. Desta forma, como você definiria o seu estilo dentro do ritmo.

VO:É um pouco diferente do Alok, não acho que seja tão comercial. A nossa música é um pouco mais forte. Trazendo isto para o mundo da moda seria um pretinho que nunca vai ser básico. Queremos mostrar como as mulheres podem ser fortes a partir do ritmo da nossa batida.

Vivi Orth não pensa em deixar a moda de lado, mas assume que vai focar na nova carreira em 2018 (Foto:Danilo Borges)

HT:A maioria dos DJs que vemos nas festas brasileiras são do sexo masculino. O que acha que a Ella Beats está provando ao fazer tanto sucesso no cenário da música?

VO:Acho que o mais importante da nossa dupla é o fato de serem duas mulheres tocando. Estamos mostrando que DJ não é só homem e nós também podemos fazer tão bem quanto eles. Vejo como as pessoas ficam felizes em ver o gênero feminino tocando.

HT:A primeira música que vocês irão lançar, no início do ano que vem, será em parceria com a cantora inglesa Lexie. Como você definiria este single?

VO:Tem a leveza feminina, mas com aspectos de poder. A Lexi casou perfeitamente com o que nós esperávamos, porque queremos mostra um pouco da nossa identidade e o que queremos transmitir para as pessoas.

HT:Além desta música, outras três novas canções serão lançadas em 2018. Podemos esperar mais parcerias estrangeiras?

VO:Queremos continuar com a parceria com outros cantores, até porque nem eu nem a Pietra cantamos. A certeza que temos é de seguir nesta linha feminina leve e forte. Não temos em mente quais serão os próximos artistas que iremos trabalhar, mas podem ser músicas em inglês ou português. Quero tocar com a brasileira Iza, que é um sucesso.

HT:Esta vontade se mostrar o poderio feminino é muito importante para afirmação da mulher na sociedade. Você segue esta linha na sua carreira como modelo? Como lida com as exigências do seu corpo?

VO:Não me considero uma pessoa viciada em dieta, até porque como muito. Acho importante não ficar paranóica com a balança. Ao meu ver, o corpo é bonito quando é natural, delicado e feminino. Óbvio que tenho cuidados com a pele, mas preciso me sentir bonita e acho que isto vale para todas as mulheres. Isto faz parte dos cuidados da nossa saúde.

HT:Atualmente, estamos vendo vários movimentos feministas que defendem a afirmação do corpo feminino. Temos muitas modelos plus size fazendo sucesso, por exemplo. Mas você conseguiu sentir a diferença no mercado?

VO:Muito. Acho que o mercado está passando por uma série de atualizações as pessoas estão, cada vez mais, aceitando os seus corpos. Acho que este movimento foi intensificado pelas redes sociais, porque possibilitou a exibição de perfis que saiam do padrão o que fez com que o público batesse o pé e quisesse ver estes outros tipos de corpos nas propagandas. Por isso o mercado precisou abrir o leque de opções e mostrar pessoas de verdade, porque as modelos das campanhas não existem praticamente. Muitas modelos de 16 anos faziam propagandas para mulheres de 30, o que é algo irreal.

HT:Como você resumiria o ano de 2017 para o mundo da moda? Qual seria a retrospectiva deste período?

VO:O Brasil está passando por uma época complicada e isto acaba se refletindo na moda. Acho que a economia afetou a gente de uma forma muito drástica. As pessoas, atualmente, não investem mais em grandes campanhas e grandes modelos, tudo deu uma diminuída e nós tivemos que nos adaptar a isto. Tudo o que está acontecendo é em uma escala menor. Temos mais Instagram do que anúncio, estamos passando por uma fase de adaptação. Mas nós somos brasileiros e não desistimos nunca, por isso espero de 2018 um ano renovador.

HT:Acredita que nós temos ferramentas suficientes para nos recuperar, no ano que vem?

VO:Acho que sim, não podemos deixar a peteca cair. Temos que olhar para o lado bom das coisas. Se teve uma baixa este ano, é porque em 2018 teremos resultados melhores.

HT:O que você espera de 2018?

VO:Será um ano de muito trabalho que espero me firmar no mundo da música, esta será minha prioridade.  A moda continuará comigo, mas a melodia está chegando com tudo na minha vida e quero apostar nesta carreira.