Shows, chuva e atrasos: saiba tudo o que rolou na primeira edição do Villa Mix Festival, em parceria com a Maratona da Alegria, no Rio de Janeiro


Incomodada com o horário de seu show, Anitta contou que teve que mudar o repertório da apresentação. Sincera, a poderosa disse com exclusividade em seu camarim que iria cantar seus maiores hits. “Tendo em vista todo esse atraso, eu acabei escolhendo as músicas mais bombadas para poder animar a galera”

Chuva, música e animação. Essa foi a combinação da primeira edição do Villa Mix no Rio de Janeiro. O evento, que ocorreu nesse domingo no Parque Olímpico da Barra em parceria com a Maratona da Alegria, da rádio carioca FM O Dia, foi marcado pelas apresentações plurais de nove artistas. Em comum, todas elas tiveram a chuva constante. Apesar de São Pedro não ter dado trégua e dos atrasos que tardaram todos os shows do festival, o primeiro Villa Mix carioca foi um sucesso. No palco, clássicos do sertanejo, pagode, funk e até eletrônico animaram o público de cerca de 60 mil pessoas que curtiram o dia das 13h às 4 da madrugada. Haja disposição!

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A dupla Simone e Simaria foi a responsável por dar a largada na maratona de shows do último domingo. Com um atraso de quase duas horas, as sertanejas se desculparam com o público com um show super animado que contou com hits da carreira, músicas novas do DVD “Simone e Simaria Live!” e sucessos de outras artistas do gênero, como Marília Mendonça e Maiara e Maraísa. Em entrevista ao HT no backstage do Villa Mix, Simaria contou que o repertório é escolhido a partir da animação do público. “A gente gosta de ir sentindo as pessoas e, com isso, vamos cantando. Se a gente perceber que em um determinado momento alguma música não agradou, paramos na metade e pulamos para a próxima. Eu acho que isso é atitude de gente que pensa pra frente e quer proporcionar o melhor para o seu público”, analisou a cantora que foi só elogios ao público carioca que compareceu ao evento. “Foi uma experiência indescritível. Ver do palco a galera gritando o nosso nome, fazendo coração e cantando os nossos sucessos é uma realização profissional absurda. Eu tive uma semana muito difícil em que eu passei três dias cantando quase sem voz. E hoje, estar aqui com essa energia é revigorante. Eu estou saindo em êxtase”, comemorou.

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Seguindo o line-up, depois das representantes femininas no sertanejo, Matheus e Kauan reforçaram a identidade do Villa Mix. O festival, que era conhecido por suas atrações exclusivamente sertanejas, hoje apresenta artistas de diferentes gêneros. Mas, sem abrir mão do DNA, a dupla também agitou o Parque Olímpico da Barra. Matheus e Kauan, que gravaram o quarto DVD da carreira meses atrás e que deve ser lançado em janeiro do ano que vem, cantaram músicas inéditas do novo trabalho além dos hits como “Que Sorte a Nossa”, “O Nosso Santo Bateu” e “A Rosa e o Beija-Flor”. Fã da energia do público do Rio, Matheus contou que acredita que os cariocas já incorporaram o sertanejo em suas vidas. Prova disso, foi a escolha do lugar para a gravação do “Na Praia 4”, próximo DVD da dupla: São Conrado, bairro da Zona Sul carioca. “Cada dia que passa, o sertanejo está chegando com mais força por aqui. Eu acho que o público carioca é bem eclético e abraça as diferenças. E, em relação ao trabalho do Matheus e Kauan, eu acho que a cidade adotou de fato a causa”, avaliou.

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Cariocas e figurinha conhecida em edições passadas do Villa Mix e da Maratona da Alegria, o grupo Sorriso Maroto foi responsável por promover um resgate à memória musical de muitas pessoas. Além das canções do novo trabalho, o DVD “De Volta Para Amanhã”, os pagodeiros ainda cantaram sucessos do passado que marcam os 18 anos de história da banda. Com cerca de 60 mil pessoas como plateia, Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso Maroto, destacou a pluralidade do público presente. “O legal de um festival como esse é que, entre esses milhares de pessoas, têm gente mais jovem e outra galera mais antiga que, em algum momento, já cruzou com as nossas músicas”, analisou o músico. Questionado sobre a chuva que não deu trégua ontem no Rio de Janeiro, Bruno disse que o fator pode atrapalhar ou ajudar em uma apresentação. “É sempre uma incógnita. A chuva, em determinadas situações, acaba atrapalhando. Tanto o artista quanto o público fica um pouco mais intimidados com medo de escorregar e cair. Mas também tem situações inversas. Às vezes, a chuva permite que a pessoa extravase de uma forma muito mais livre. E isso é muito interessante porque acaba proporcionando uma energia diferente”, explicou.

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Depois de duas atrações de sertanejo e uma de pagode, foi a vez do forró tomar conta da edição do Villa Mix. Mais que isso: além do ritmo do nordeste brasileiro, o axé e o samba também tiveram espaço no show de Wesley Safadão. Em sua apresentação no festival, o cearense convidou Ivete Sangalo e a bateria da Grande Rio para uma participação mais do que especial. Caso não tenha entendido a combinação plural de gêneros musicais, o HT explica: Ivete Sangalo é tema da escola de samba de Duque de Caxias, no Rio.

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No palco, Wesley Safadão começou sua passagem pelo Villa Mix carioca com os sucessos que embalaram o coro no Parque Olímpico. Depois, a musa baiana iniciou sua participação em um dueto com o cantor. Juntos, Ivete e Wesley cantaram “De Zero a Dez”, música que a cantora já havia gravado com Luan Santana e Marília Mendonça. Por fim, a bateria invocada da Grande Rio apresentou o samba enredo em homenagem à baiana que, inclusive, foi cantado por Ivete do começo ao fim. Ou seja, de fato, uma festa com a cara do Brasil.

Wesley Safadão na primeira edição carioca do Villa Mix Festival (Foto: AgNews)

Wesley Safadão na primeira edição carioca do Villa Mix Festival (Foto: AgNews)

A quinta atração a subir no palco foi Villa Mix foi o cantor que está “vivendo um grande momento”. Com clássicos da carreira desde a época do Exaltasamba até as músicas do último trabalho, o DVD “Tardezinha” que foi lançado esse ano, Thiaguinho agitou o público que permanecia animado apesar da chuva. Em uma apresentação que misturou euforia com reflexão, o artista colocou os cariocas para pensar sobre o atual panorama de crises no país. Antes de entoar o coro “hoje eu só quero que o dia termine bem”, refrão do clássico “Simples Desejo”, Thiaguinho ressaltou a importância da gentileza e generosidade nos dias atuais. “Só está acontecendo situação estranha porque todos agem dessa maneira. Eu acho que ninguém é melhor do que o outro. Depois, todos nós iremos para o mesmo lugar. Então, vamos deixar esse vício de celular de lado e aproveitar o bom da vida de verdade”, disse.

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De volta ao sertanejo, a dupla Jorge e Mateus foi responsável por muitas lágrimas na plateia do Villa Mix. Carismático e atencioso, Jorge recebeu e dançou com fãs no palco, distribuiu toalhas bordadas da dupla para o público e ainda conversou – e brigou – com as pessoas que insistiam em chorar de emoção ao acompanhar o show. No repertório, Jorge e Matheus apresentaram sucesso atrás de sucesso. Com hits que estão na boca das pessoas, a apresentação teve coro do começo ao fim.

Com a intenção de trazer o clima de festa para o Villa Mix, Alok e sua música eletrônica deram prosseguimento ao festival. Para a edição carioca, o DJ trouxe dois companheiros de som: os cantores Zeeba e Iro. Buscando investir na carreira internacional, que por sinal será o principal objetivo de Alok em 2017, o DJ apresentou os artistas estrangeiros com visando proporcionar uma sensação diferente ao público. “Eu estou tentado trazer um pouco mais desse aspecto de show para a cena eletrônica. A meu ver, esse tipo de apresentação combina muito com um evento como o Villa Mix”, contou. Outra forma de potencializar o sucesso de sua apresentação no festival foi na questão repertório. Em entrevista, o DJ contou que priorizou uma setlist dinâmica e com várias músicas em um pequeno intervalo de tempo. “Eu saio da minha zona de conforto em um festival como esse. Então, para manter a animação da galera, eu tenho que trazer musicas mais acessíveis, mas sem perder minha identidade musical. É sempre muito mais desafiador tocar em um evento assim”, completou.

Madrugada adentro, foi a vez de O Rappa assumir os microfones do Villa Mix. Apesar de o ritmo do grupo ser o mais destoante do resto das atrações, os clássicos da banda conseguiram animar a galera que permanecia firme e forte por lá. Entre “Anjos”, “My Brother” e muitas outras músicas que são super conhecidas, Falcão e seus companheiros esquentaram o palco para a entrada da próxima atração: Anitta.

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A poderosa foi a responsável por fechar com chave de ouro a primeira edição do Villa Mix em solo carioca. Em entrevista exclusiva ao HT no camarim do festival, Anitta demonstrou desconforto com o atraso de seu show. Programado para começar por volta de uma da madrugada, a cantora só pôde entrar no palco mais de duas horas depois. O atraso na programação interferiu no repertório de sua apresentação, como nos contou momentos antes de assumir o microfone. “Eu vou fazer o que deu tempo, né? Tendo em vista todo esse atraso, eu acabei escolhendo as músicas mais bombadas para poder animar a galera”, disse a carioca que reconheceu a responsabilidade de finalizar a edição do Villa Mix que recebeu cerca de 60 mil pessoas neste domingo. “Tem uma galera que ficou de meio-dia até três da manhã para poder me ver. Então, para esse público guerreiro, eu vou fazer o meu show da melhor maneira possível, respeitando todos os atrasos, a chuva e imprevistos, para tentar ressuscitar a energia das pessoas”, afirmou.

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