Serjão Loroza traz sua nova banda, Loroza Brass Band, aos palcos cariocas com o single ‘Saideira’


Em novo projeto, Serjão Loroza e sua nova banda, a Brass Band, procuram dar um sotaque carioca ao jazz. O novo single, ‘Saideira’, sai nessa sexta-feira

Serjão Loroza é uma figura já conhecida pela sua multiplicidade. Seja como cantor, ator, instrumentista ou escritor, faz questão de deixar sua marca em tudo o que faz – e não poderia deixar de ser diferente em seu novo projeto, Loroza Brass Band, que busca unir os sons das Brass Bands, bandas de instrumentos de sopro e percussão que surgiram em Nova Orleans no final do século XIX, aos ritmos brasileiros. A ideia surgiu quando passava por uma turnê na Europa, onde se apresentou no Rock in Rio Lisboa. “Eu faço música brasileira. Quero que seja original, mas quero também que tenha a nossa cara, o nosso sotaque carioca”.

Em Loroza Brass Band, onde os instrumentos protagonistas são os metais, Serjão volta às origens do começo de sua carreira, recuperando o primeiro apetrecho que tocou: o baixo. E já adianta que o som da Brass Band não tem muito a ver com seu último álbum, ‘Carpe Diem’: “Nós estamos com uma formação nova, a harmonia mudou, trazemos novos instrumentos… E agora eu faço várias outras coisas novas. É interessante resgatar o sentimento de mostrar coisas novas, e a pureza de trabalhar com o que gostamos”.

Serjão Loroza traz sua nova banda, Loroza Brass Band, aos palcos cariocas com o single 'Saideira'

Foto: Daniela Dacorso

‘Saideira’, o primeiro trabalho de Loroza Brass Band, exalta a experiência de reunir os amigos em uma mesa de bar e tem tudo a ver com o carnaval. “No repertório tem um mashup de uma música do Skank com marchinhas, são músicas temáticas. É uma zona que dá certo!”, afirma o cantor. E a empolgação para os dias de momo não para por aí. Serjão é um grande fã da folia e gosta de celebrar. “De uma certa maneira, possuo uma ligação forte com o carnaval. Divertir-se é necessário. É como diz a letra: a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. Eu não sou celebridade, sou celebrador, então pra mim essa época de festas serve tanto pra extravasar como também para absorver novas influências”, contou.

Apesar das adversidades enfrentadas por ser artista no Brasil, Loroza vê a importância de celebrar as pequenas vitórias e a dar atenção às vozes e às lutas das minorias. “Eu costumo dizer que ser negro no Brasil é difícil, ser artista também. Ser artista negro é mais ainda, mas eu tive uma oportunidade que ninguém que eu conheço teve. Estamos passando por um momento em que todas as lutas estão se encontrando. Não podemos pensar no nosso próprio umbigo. É hora de conquistar as pessoas, e a internet possibilitou várias maneiras de todas as vozes serem ouvidas. Existem pessoas que odeiam a gente simplesmente pela cor da nossa pele. Nosso caminho tem que ser ‘eu sou o que sou, porque juntos nós somos’, e saber que no topo da pirâmide social não estamos sendo representados. Eu estou sempre tentando me modificar”, finalizou.

Foto: Daniela Dacorso

E pelo visto, Loroza Brass Band não é a unica novidade vindo por aí. O carioca revelou que está escrevendo uma peça de teatro, ‘Caô’. O projeto, escrito por Serjão, é uma mistura de stand up, show e teatro, e estreia ainda esse semestre. Serjão Loroza está com tudo em 2017!

Loroza Brass Band

16 de fevereiro, 20h

Teatro Rival Petrobrás – Cinelândia, Rio de Janeiro

Preços: R$60 (mesas), R$40 (lounge)

Censura: 18 anos