Romero Ferro e Duda Beat lançam ‘Corpo em Brasa’, um brega pop com perfume latino tropical


A faixa composta pela dupla e pelo recifense Barro é o terceiro single do álbum ‘Ferro’, que estará disponível em todas as plataformas digitais em agosto

Romero e Duda Beat no clipe ‘Corpo em Brasa’ um feat com um ‘quê’ latino (Fotos: Vinicius Ramos)

*Por Rafael Moura

“Essa música foi pegando fogo e nos consumiu”, conta o pernambucano Romero Ferro logo no início do papo com o site HT. A faixa ‘Corpo em Brasa’ acaba de ser lançada, hoje (dia 19), em parceria com sua conterrânea Duda Beat, um pop brega com um ‘quê’ de latino tropical, bem dançante. A música, que é uma composição do recifense Barro, faz parte do segundo álbum do cantor, intitulado ‘Ferro’ (selo Altafonte, com produção musical de Leo D. e artística de Patrick Torquato). “O primeiro disco foi batizado ‘Arsênico’ e esse ganhou o nome ‘Ferro’, ambos elementos da tabela periódica. Possuem força, dualidade e resumem meus sentimentos”, ressalta. O disco já teve dois singles lançados: ‘Pra te conquistar’ e ‘Acabar a brincadeira’ e chega completo nas plataformas digitais, em agosto.

A letra propõe um convite para amar livremente. “Corpo em brasa é representativa. Fala de liberdade, de se permitir, de ser. Tem muito a energia da noite de Pernambuco e da união de nós três não podia sair algo diferente”, explica Romero. A cantora ressalta que “cantar a música da minha terra, ao lado desse amigo que é um representante tão importante da nossa cena, e que foi feita por outro conterrâneo tão talentoso me enche de alegria”.

O ‘namoro’ dos conterrâneos Duda Beat e Romero Ferro foi tão intenso que rendeu um feat (foto: reprodução Instagram)

A dupla, Ferro e Eduarda (nome de batismo da cantora), se conheceu pessoalmente no show da Noite Faro, no Rio de Janeiro. “Eu sou muito fã da Duda”, disse. Com o tempo, esse amor pela música e pela terrinha rendeu um ‘namoro’ que se transformou nesse feat. “A ideia foi amadurecendo, mas a canção não estava chegando. Foi quando encontrei Barro, e ele me mostrou essa música, que originalmente se chamava ‘Amar sem Pudor’. De primeira, o refrão me pegou. Fiz alguns pequenos acréscimos na letra, mandei para Duda, ela também escreveu uma parte especial e ficou linda”, pontua Romero. O hit traz uma inspiração latina, reggaeton e tropical wave, uma música que promete invadir as pistas de dança.

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O cantor, que tem o romantismo, a política, o new wave e o brega como influências, foi convidado para participar da Parada LGBTQI+ de São Paulo (dia 23 de junho), além de festivais, como Bananada (Goiânia), Coquetel Molotov e Rec Beat (ambos no Recife). Também foi escolhido para o projeto Impulso UBC, de curadoria da União Brasileira de Compositores, no Rio de Janeiro. Romero foi indicado ainda ao Prêmio da Música Brasileira como melhor cantor na categoria Canção Popular por seu disco, ‘Arsênico’ (2016), produzido por Diogo Strauz.

Até o fim de 2019, uma marca deve ser atingida para o deleite da história da música. Neste ano, segundo os termômetros do mercado, a prática do streaming se tornará a mais usada no mundo para quem quiser ouvir música. A tecnologia que se tornou mais popular entre os amantes da música e não mais download em iPod (a peça que mais rápido passou do status de euforia digital ao saudosismo vintage), CDs, vinis, fitas cassete, discos 78 rotações ou qualquer outra modalidade eletroacústica que ative dispositivos afetivos. O mundo nunca ouviu tanta música – gostem ou não dos fones entalados no sistema auditivo – graças aos Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music, Tidal e todos os portais que nos mergulham no mar de quase tudo o que a humanidade produziu musicalmente nos últimos 60 anos.

“Eu sou muito fã do streaming. É um grande horizonte, até porque não sabemos nem 50% das possibilidades dessas plataformas. Essas novas formas de venda de música acabam com o monopólio das gravadoras, o que ajuda a revelar grandes talentos”, comenta. E completa “O CD e o vinil precisam existir, até porque eles sempre terão lugar cativo. O futuro está aí. O segredo é entender como somar essas possibilidades”.

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Vale lembrar o visual marcante de Romero. Ele arrasa nos figurinos. “A minha imagem varia muito, e está sempre linkada com o meu trabalho. É um processo de imersão total. Eu mergulho muito no new wave, kitsch, anos 80, brechós… Os figurinos e a imagem têm muito do meu sentimento. É um processo que me toma por inteiro. Estou cada vez mais querendo entender essas transformações e a construção do olhar estético”.