Uma festa entre amigos com as suas músicas preferidas como trilha sonora. Esse é o novo projeto de Rodrigo Peirão: a festa Balako. Em parceria com o músico Diogo Strausz, o evento foi criado para, futuramente, ocorrer semanalmente no Buraco da Lacraia. “A primeira edição vai ser essa semana e nós estamos super animados para começarmos o projeto. A gente quer que a festa seja um ponto de encontro para que as pessoas se falem através da música. Vai ter uma mistura de hits novos e sucessos antigos. A única regra, é que a música seja boa. Nós queremos fazer uma festa como se fosse só para amigos, indo na contramão de divulgação em rede social, por exemplo. Então, eu estou enviando os convites ou falando pessoalmente com os meus convidados, e não só fazendo um evento no Facebook. Até porque, com esse contato, dá para por mais energia. Para ser algo bem mais pessoal, eu acho que precisa de um corpo a corpo com as pessoas que você quer que estejam lá. E eu acho que, pelo Facebook, você acaba se perdendo um pouco nesse sentido”, explicou.
E, com um evento tão intimista, a escolha do local também seguiu a mesma proposta. Rodrigo nos contou que o Buraco da Lacraia, no Centro do Rio, com capacidade para até 150 pessoas foi eleito a melhor opção para a Balako. “Nós adoramos o espaço. Lá, tem uma área externa ótima e tem uma pretensão de ser uma coisa do jeito que imaginávamos, com o tamanho ideal, que é algo mais difícil de encontrar”, acrescentou.
Rodrigo Peirão, que além de DJ também é produtor, comunicador e músico, contou ao HT que não gosta de rotular suas atividades. “Eu acho que a partir do momento em que damos certos passos, mostramos o que sabemos fazer. Não precisa ser isso ou aquilo. No momento, eu estou trabalhando com música e eu gosto muito disso. Isso está muito presente em mim, estou fazendo milhões de planos e deixando as coisas acontecerem naturalmente. Tem sido melhor dessa maneira”, declarou Rodrigo que, recentemente, também assinou a direção criativa de uma campanha da Nike.
Bom, se a vibe dele é música e festas – e não é de hoje –, fomos atrás de entender, com quem conhece o assunto, as mudanças pelas quais as festas do Rio passaram nos últimos tempos. Como o produtor explicou, tudo são fases, sejam boas ou ruins. “Eu acho que estamos passando por um momento muito bom de festas no Rio, tem muita coisa acontecendo. A noite vem se profissionalizando de uma certa maneira. E, aqui no Rio, tem eventos para todos os tipos de público. Mas, eu vejo que as festas, nesse nicho da música eletrônica e disco music, sempre tiveram uma identificação e marcaram muito as pessoas”, disse.
E tem mais projetos musicais na vida de Rodrigo. Dessa vez, nosso faz-tudo favorito é responsável pela parte de comunicação e marketing do disco Aymoréco, de Chay Suede, com produção de Diogo Strausz – o mesmo da festa Balako. “Eu acho que esse processo foi, como um todo, bem legal. Nós todos trabalhando juntos foi bem interessante, porque tivemos bastante liberdade criativa para a gente fazer o que pensa. E esse foi, sem dúvidas, um ponto muito motivante para o projeto como um todo. A gente já terminou a masteirização das faixas na semana passada e vamos lançar no começo do segundo semestre. E, mais para o final de julho, vamos começar a fazer shows”, adiantou.
Por traz do CD que foi gravado em Los Angeles, em janeiro desse ano e que vai ter 10 faixas inéditas, Rodrigo nos contou que tem muita liberdade e verdade. “O conceito por traz da nossa música é algo que não se leve muito a sério e que é muito bom para gente. A partir do momento que nos agrada, conseguimos passar para as outras pessoas esse sentimento. Mas, além disso, tem a nossa vontade de fazer músicas que a gente respeite e que sejam feitas para durar. Nesse projeto, estamos tendo a oportunidade de trabalhar com vários músicos legais, como Otto, Donatinho, filho do João Donato, e Zeca Veloso, filho do Caetano. Foram muito produtivos esses meses no estúdio e conseguimos trabalhar bastante em várias ideias que tivemos. Agora, estamos construindo um acervo para os nossos projetos futuros”, concluiu Rodrigo Peirão. Ansiedade pura!
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