Trinta anos de carreira não são trinta dias. E foi exatamente isso o que Bon Jovi, banda que tem como líder Jon Bon Jovi, provou no encerramento do Palco Mundo nessa sexta-feira. Com um show de quase duas horas de duração – um recorde dessa edição do Rock in Rio -, a banda, com nova formação – o guitarrista Phil X, o baixista Hugh McDonald e os integrantes originais Tico Torres (bateria), David Bryan (teclados) e Jon Bon Jovi – fez uma miscelânea de sucessos, pitadas de lado B e, sem medo de se jogar de cabeça, abriu o show com uma música nova: This House Is Not For Sale, do álbum mais recente do grupo.
Não satisfeitos, emendaram com a não tão conhecida Raise your hands, outra novidade, Knockout, e, enfim, uma que TODO MUNDO – sem força de expressão – cantou junto: You give love a bad name. Daí para frente foi só babado, confusão e gritaria – que até deixou o vocalista sem voz ao fim da apresentação. Born to Be My Baby, Bed Of Roses, It’s My Life, Bad Medicine, Livin on a Prayer, Keep The Faith, intercaladas com algumas menos conhecidas, que dispersavam o público, em uma lista de canções que passava das duas dezenas. Jon deu tudo de si, desceu para a plateia, pegou na mão dos fás e se divertiu como poucas vezes se viu.
Público, aliás, que lotou a Cidade do Rock e ficou até o final, mantendo a pressão até os últimos acordes, mesmo reclamando do som baixo que saía das caixas do Palco Mundo. Outro motivo de reclamação do público? Jon não cantou Always. Mas tudo bem quando se tem duas horas de show de uma banda que sabe como ninguém segurar uma audiência com consistências musical e setlist que passeia com louvor pelos 33 anos de serviços prestados ao rock mundial.
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