Representante do novo rock brasileiro no Palco Mundo, a Banda Scalene, que foi revelada ao país no programa SuperStar da TV Globo, fez uma apresentação correta, sem grandes pirotecnias ou manifestos políticos, ao contrário do que vem sido a tônica dos shows brasileiros deste Rock in Rio. Diretos ao ponto, sem perder tempo, eles fizeram um set list extenso – foram 15 canções dos seus três álbuns lançados -, sem muitas interrupções e com as guitarras mais nervosas do que de costume e o vocalista, Gustavo Bertoni ,usando e abusando dos gritos ao microfone. Os roqueiros de Brasília abriram a apresentação com Histeria, passando pelos hits Surreal e Amanheceu, até terminar com Legado.
“Em tempos nebulosos, a música e os festivais tomam outra proporção. Viemos tentar trazer um pouco de alegria e catarse. Entre nós tem que haver amor, empatia, união. É hora de ouvir mais e falar menos”, disse Tomás Bertoni, o guitarrista da banda e também irmão do vocalista. “Valorizem a música nacional, tem muita banda de rock indie por aí fazendo muita coisa foda, influenciando muita gente”, pediu Gustavo, antes dos acordes finais. Foi uma boa oportunidade de apresentar seu som a novos públicos, já que a média de idade desse quarto dia de Rock in Rio subiu consideravelmente em relação ao fim de semana passado, mais dedicado ao pop. Com Alice Cooper e Aerosmith como grandes nomes do dia, há de se entender a mudança de geração. Na medida do possível, funcionou.
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