Se o Aerosmith não mudar de ideia de novo, o arrasador show que eles apresentaram no Rock in Rio, encerrando a noite de quinta-feira no Palco Mundo, deve ser a última passagem da banda pela cidade. É que com quase cinco décadas dedicadas ao rock, os septuagenários estão querendo dar uma desacelarada da rotina de turnês mundo afora. Quando eles passaram por aqui em 2016, eles já diziam que seria a última, mas, pelo visto – e pelo sentido no palco nessa madrugada – eles ainda tem muita energia no tanque de reserva para encantar e comanda multidões mundo afora.
Com um set list calcado em antigos clássicos – a música mais nova que eles tocaram, I don’t wanna miss a thing, tem quase 20 anos de lançada -, alguns covers, como Come Together, dos Beatles, e muitos, muitos hits eles incendiaram o Rock in Rio. De Dream On, a Walk This Way, passando por Cryin – quando ele saca uma gaita – , Living on the Edge e Sweet Emotion, só para citar algumas, Steven entregou tudo o que o público queria. Com energia de iniciante e potência vocal como nos velhos tempos, ele arrasa com sua postura de legítimo rockstar, cabelos longos desgrenhados e as muitas fitas penduradas no pedestal do microfone que ele arrasta de um lado para o outro do palco como se fosse um acessório.
Com caras e bocas, ele sabe brilhar e sabe abrir brecha para deixar Joe Perry, guitarrista da banda, brilhar com seus riffs e carisma sem ter fim. Foi um show feito para fazer todo mundo cantar do inicio ao fim. E assim foi. Tomara que eles desistam da aposentadoria e voltem logo.
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