Por Pedro Willmersdorf
No cair da tarde, o Palco Sunset foi coerentemente agraciado com um pôr-do-sol maravilhoso, moldura perfeita para a mistura deliciosa da belga Selah Sue, que, aos 24 anos, conseguiu conquistar o público ainda tímido com sua mistura de reggae, ska, jazz e pop. Fora a beleza típica de uma europeia entregue ao bronzeado da Cidade Maravilhosa.
Com seu timbre rasgado e um sorriso sincero, Selah teve como ponto alto de sua performance o número de ‘Raggamuffin’, uma das faixas carro-chefe de seu primeiro (e até agora único) álbum, lançado em 2011. Ao violão, Selah preparou bem o terreno para a convidada especial que estava prestes a receber.
Ao som de ‘Fade Away’, a mocinha dividiu os vocais com Maria Rita, aclamada pela plateia, a esta altura, mais numerosa. Um início promissor, que, infelizmente, não teve um desfecho tão generoso como a intérprete brasileira merecia.
Repleto de problemas técnicos, o show de Maria Rita cantando os hinos de Gonzaguinha foi calcado muito mais no carisma da cantora e na empatia com a ‘rapaziada’ do que qualquer aspecto artístico. Ao fim, com seu sucesso ‘Cara Valente’ cantado a cappella, a musa da MPB conseguiu escapar das falhas. Uma pena.
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