Por Pedro Willmersdorf
“Vamos fazer disso aqui a maior boate do mundo”, decretou o francês David Guetta pouco antes de iniciar sua maratona de eletro-farofa no Palco Mundo, sendo o primeiro DJ a se apresentar no espaço principal do Rock in Rio. Aliás, pioneirismo é com Guetta mesmo: afinal de contas, a despeito de qualquer julgamento sobre suas produções, é inegável seu papel na missão de popularização do eletrônico nas pistas ao redor do mundo.
Mas, despertando certa surpresa, o DJ decidiu apostar em uma variedade de faixas de terceiros que acabaram por ocultar sucessos com sua assinatura, como ‘Titanium’, ‘Play Hard’ e ‘Without You’, que, apesar de executadas, dividiram atenção com hits como ‘I Love It’, das suecas do Icona Pop, ‘I need Your Love’, de Ellie Goulding, ‘Locked Out Heaven’, de Bruno Mars e ‘Holy Grail’, de Jay-Z + Justin Timberlake. Uma gama diversa de arrasa-quarteirões que só reforçou a ideia de transformação do festival em uma verdadeira pista de dança tomada pelas batidas farofeiras e aceleradas de Guetta.
E por falar em farofa, não faltaram, claro, certos cacos constrangedores, como a mania de diminuir o som das músicas para ouvir a ‘voz da massa’ ou interromper sua performance para soltar alguma palavra de ordem. O óbvio que, pelo menos a muitos, agrada bastante.
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