Por Pedro Willmersdorf
A intensidade do baile thrash metal montado pelos americanos do Slayer no Palco Mundo deste Rock in Rio contrastou com um detalhe que esteve presente durante todo o show: a delicada homenagem feita pelo guitarrista Gary Holt (Exodus) a Jeff Hanneman, ex-titular do posto morto por uma cirrose hepática em maio deste ano. Na blusa, no lugar do nome de um famosa cervejaria havia escrito o nome do falecido fundador da mais pesada das bandas que integra o quarteto principal do thrash metal (ao lado de Metallica, Anthrax e Megadeth). Antes da execução de ‘South of Heaven’, mais um tributo a Hanneman, desta vez no telão.
Um desfalque já existente na passagem mais recente da banda por aqui, em 2011, agora somado a mais uma (conturbada) saída do consagrado baterista Dave Lombardo, insatisfeito com algumas questões contratuais. Em seu luar, Paul Bostaph, que pareceu ter dado conta do recado de forma tranquilo, com os bumbos duplos e frenéticos que marcam o som do Slayer.
No repertório, músicas que remetem à poderosa década de 80 da banda, quando lançou pérolas do gênero como o disco de estreia ‘Show No Mercy’ (1980), ‘Reign in Blood’ (1986), ‘South of Heaven’ (1988) e ‘Seasons in the Abyss’ (1990). Mas também houve espaço para ‘World Painted Blood’, último trabalho do grupo, lançado em 2009. Em tempo: agora, em outubro, o Slayer entra em estúdio para gravar um novo projeto. Demonstração de fôlego já exibida tranquilamente hoje com mais um show explosivo (apesar dos desfalques inevitáveis), sob a liderança do carismático (e super ‘família’, para quem não sabe) vocalista chileno Tom Araya.
Fotos: Vinícius Pereira
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