Rock in Rio: como um atirador de elite do pop, Skank dispara seus hits em show implacável


Sem concessões, Samuel Rosa recebeu no palco Emicida e Nando Reis em participações especiais enxutas, seguindo a linha ‘grosseira’ da performance dos mineiros no Palco Mundo

Por Pedro Willmersdorf

São 21 anos de carreira e nove álbuns de estúdio lançado. História suficiente para sustentar um show de abertura no Palco Mundo deste Rock in Rio. E assim, com tranquilidade e segurança de quem sabe os passos que trilha, seja em direção ao rock, ao pop ou ao ska, os mineiros do Skank entregaram ao público deste sexto dia de festival um show completamente implacável, com uma sucessão de hits sem concessões para firulas.

Até mesmo as participações especiais (de Emicida em ‘Presença’ e Nando Reis em ‘Resposta’) foram enxutas, sem abrir espaço para maiores elucubrações. Samuel Rosa e sua trupe estavam prontos para massacrar a plateia com seus hits: ‘É uma partida de futebol’, ‘É proibido fumar’, ‘Garota Nacional’, ‘Te Ver’, ‘Vou deixar’, ‘Três lados’, ‘Tão Seu’. Apenas alguns dos sucessos exibidos em uma performance direta e ‘grosseira’, no sentido objetivo da palavra.

E a cada canção executada pela banda, era visível cada verso sendo cantado por cada pessoa no Parque dos Atletas. Uma espécie de ‘missa do pop nacional’, em que cada fiel tem total consciência da relevância que a figura cultuada ali no palco tem nas costas. Como um atirador de elite, o Skank acertou em cheio, como era de se esperar.

Fotos: Vinícius Pereira