Rebecca faz desabafo e avalia a carreira: ‘Inspirar o empoderamento é gratificante, a sociedade oprime a mulher’


Em entrevista, a funkeira comenta sobre a versão remix de ‘Barbie’ em feat com Dulce Maria, a rapper colombiana Farina e MC Danny. Na produção, Rebecca exalta o poder e a liberdade femininas, temas que sempre cantou e defendeu em suas músicas: “É um objetivo que as mulheres se sentissem representadas. Fico muito feliz de cantar e inspirar meninas, mulheres a encontrarem suas potências. E só tenho 23 anos”

Rebecca faz desabafo e avalia a carreira: 'Inspirar o empoderamento é gratificante, a sociedade oprime a mulher'

“Era fã de Rebeldes (RBD), nunca imaginei que um dia poderia fazer uma música com a Dulce Maria! Fazer um feat com uma artista que me representa tanto, é incrível. A primeira música minha que a Dulce ouviu foi ‘Cai de boca no meu bucetão’, imagina. Quando ela passou a me seguir no Instagram, não acreditei, e agora estamos trabalhando juntas. Dulce ama o Brasil”, diz uma empolgada Rebecca (ex-Mc?), lançando a versão remix de ‘Barbie‘, ao lado de Dulce Maria, da rapper colombiana Farina e de Mc Danny, também representante do funk brasileiro.

Novo feat, agora internacional, de 'Barbie', com Rebecca, Dulce Maria, Farina e de Mc Danny (Divulgação)

Novo feat, agora internacional, de ‘Barbie’, com Rebecca, Dulce Maria, Farina e de Mc Danny (Divulgação)

“A conexão com a música para mim é tudo, porque além de trabalhar com o que gostamos, fazemos boas amizades. E ter hoje esse lugar de representação do empoderamento feminino é gratificante, ainda mais em uma sociedade que oprime a mulher. Sempre quis que as mulheres se sentissem representadas. Fico muito feliz de cantar e inspirar meninas, mulheres a encontrarem suas potências. E só tenho 23 anos”.

"Ter esse lugar de representação do empoderamento feminino é gratificante, ainda mais em uma sociedade que oprime a mulher. Sempre quis que as mulheres se sentissem representadas" (Divulgação)

“Ter esse lugar de representação do empoderamento feminino é gratificante, ainda mais em uma sociedade que oprime a mulher. Sempre quis que as mulheres se sentissem representadas” (Divulgação)

Rebecca conta que a ideia para versão internacional da música, que tem nos seus versos trechos como, “Ela não é mais princesa e tá cheia de opção / A Barbie tá diferente, ela só quer catucadão”, destacando a liberdade e potência feminina, para além das pressões sociais, veio à convite da plataforma de streaming Spotify. “Tinha acabado de lançar a versão original de ‘Barbie’ com a Pocah, Lexa e Danny Bond, e aí eles me convidaram para lançar uma versão exclusiva. Sempre quis muito fazer uma música com a Dulce e a Mc Danny, e elas toparam. A Dulce trouxe a Farina”, lembra. “Queria muito ter uma música em espanhol, atingir outro mercado. Todas as mulheres podem ser e fazer o que elas quiserem”, aponta a cantora que tem construído uma carreira meteórica em apenas quatro anos.

"Queria muito ter uma música em espanhol, atingir outro mercado. Todas as mulheres podem ser e fazer o que elas quiserem" (Divulgação)

“Queria muito ter uma música em espanhol, atingir outro mercado. Todas as mulheres podem ser e fazer o que elas quiserem” (Divulgação)

A funkeira nascida no Morro de São João, comunidade do Engenho Novo, bairro do Rio de Janeiro, destaca ainda, que quando a música diz que a ‘Barbie está diferente’, quer dizer, entre outras coisas, que a mulher é dona das suas escolhas e deve ser respeitada, coisa que Rebecca sempre defendeu no seu trabalho. “Isso em qualquer idade. Eu, por exemplo, brinquei de Barbie, a boneca, mas também brincava muito de carrinho, o que era tido como brincadeiras de menino. A mulher pode e deve fazer o que desejar”. A mensagem por trás da canção é muito importante para ela. Desde que foi criada, em 1959, a boneca Barbie representa um padrão de beleza, a pressão estética social, e Rebecca tinha como objetivo mostrar que “todo mundo pode ser uma Barbie”. Pode ser seu próprio padrão: “Isso envolve muitas questões. Quando eu era criança não tinham Barbies pretas, nem Barbies que me representassem e representasse hoje a minha filha. E também sobre a questão de colocar a mulher em uma caixa cheia de padrões, como o padrão de cabelo e corpos e eu queria que todo mundo se sentisse representado mesmo”.