Quase sem dormir desde quinta-feira, João Brasil comemora ser um dos hinos do Carnaval 2017 e dispara: “Acho que meu maior sucesso ainda está por vir”

“Sobrevivemos ao carnaval” foi com essa frase que João Brasil atendeu ao telefone nessa quinta-feira, 02 de Março de 2017. O sucesso do EP #NuncaMaisEuVouDormir levou o cantor a uma maratona de shows e apresentações durante todo o feriado. Para ser mais específico, a música “Michael Douglas” foi uma das mais cantadas e reproduzidas por todos os foliões nesse carnaval. Fosse nas festas, nos camarotes ou nas ruas do Brasil, se alguém entoasse “Nunca mais eu vou dormir” rapidamente vinha um coro animado para acompanhar que respondia: “Michael Douglas!!”

“Eu estou tocando desde a quinta-feira passada sem parar e só acabo domingo. Toquei em camarote no Rio, toquei no camarote em Salvador, voltei para o Rio e depois fui pra Belo Horizonte me apresentar com o Wesley Safadão em um bloco que eles fizeram lá. Quarta-feira de cinzas, voltei à Sapucaí, ontem toquei Hípica, hoje no Copacabana Palace. Sábado tem o desfile das campeãs no Rio e domingo São Paulo, no Villa Mix, e aí termina a minha agenda de carnaval. Acho que vou ficar uma semana descansando” contou João.

Capa do EP #NuncaMaisEuVouDormir Foto: Lucas Bori

Ele conta que no início da sua carreira cantava e depois aprendeu a produzir e virou DJ e por isso prefere não se definir nem como DJ e nem como MC: “As pessoas confundem e me perguntam ‘você é MC?’ ‘Você é DJ?’ e é um pouco de tudo. Por que que tem que ser uma coisa só?  O meu primeiro disco era cantando, mas virei DJ e fiquei muito tempo sem cantar. ‘Michael Douglas’ é a minha retomada ao canto. É a união entre as duas partes da minha carreira. Sou o Calvin Harris do funk”, brinca.

O EP #NuncaMaisEuVouDormir conta também com uma faixa chamada “Hey Pugliesi, Deixa Eu Comer Maionese”  e se em algum momento você achou que pudesse ser uma alfinetada, está enganado: “A Pugliesi fez um vídeo falando que adorou a música, super feliz e dizendo que eu posso comer maionese. É uma homenagem. Eu tava vendo o Instagram dela, vi aqueles exercícios o dia inteiro e eu só pensava ‘cara eu quero comer maionese’. Todo mundo que eu canto eu sou fã demais.” João Brasil é a definição de brincadeira, humor e música boa em um só hit. Ele acredita que esse é um dos motivos do sucesso no carnaval.

“Foi espalhando, né? Foi crescendo, crescendo e virou um hino. Acho que o movimento começou no Réveillon, mas no Carnaval foi bizarro. Eu fico muito feliz, porque como o meu som tem muita zoeira, muita brincadeira, tem tudo a ver com a folia. Então quando eu vejo ele espalhado e consagrado no próprio Carnaval parece que tudo o que eu fiz faz sentido. O meu som é isso:  é mistura, é alegria. Nada melhor do que a turma espalhar o Michael Douglas por todos os cantos” comentou Brasil orgulhoso do sucesso.

Foto: Lucas Bori

E nem só de Michael Douglas viveu João Brasil neste Carnaval. Na sexta-feira passada, ele lançou uma música chamada “Eu Vou Beijar Essa Flor” com a bateria da Beija-Flor de Nilópolis: “O Gabriel Davi da Beija-Flor entrou em contato comigo e disse que queria fazer uma música eletrônica com a bateria da Beija-Flor e que tivesse a marca da escola com uma pegada mais jovem. Eu me senti super honrado. Fui ao barracão e é aquela energia contagiante. Toquei lá e quando a gente, que é aqui do Rio, do samba, entra em um lugar desses e é super bem recebido a gente fica muito honrado. Foi incrível. Eu que não tinha uma escola muito definida, agora virei Beija-Flor de coração. Nunca torci tanto por uma escola de samba na minha vida”, entrega.

O tempo como DJ fez com que ele aprendesse a ler as pessoas já que a dinâmica em festas e eventos possibilita ir testando e acompanhando as reações. Talvez seja por isso que João Brasil esteja certo de que vai ter um grande acerto em 2017: “Eu vou lançar uma música que não posso falar o tema porque se eu falar vão roubar, ele é muito roubável. Vai ser uma surpresa. Mas podem ficar na espera, porque eu acho que o meu maior sucesso vem em março. Aguardem”, concluiu João Brasil para a infelicidade dos curiosos.

Foto: Lucas Bori