Pearl Jam faz seu terceiro show no Rio de Janeiro e novamente leva público ao delírio com homenagem a Paris


Na turnê do álbum Lightning Bolt, lançado em 2013, grupo alterna hits novos com sucessos de ontem e sempre

*Por Julio Benck

Assim como em 2005 e 2011, o Pearl Jam, liderado pelo vocalista Eddie Vedder, emocionou e foi emocionado pelos cariocas. Depois de se apresentar em Porto Alegre, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, a passagem pelo Brasil, a exemplo das turnês anteriores, terminou com um show épico na Cidade Maravilhosa, na noite desse domingo, no templo sagrado do futebol, o Maracanã.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Nem o atraso de uma hora tirou o brilho da apresentação, que estava marcada para iniciar às 20 horas. Quando entrou no palco, Vedder, de bermuda e camisa xadrez, saudou o público cantando “Oceans”, hit do primeiro álbum da banda, “Ten”, de 1991. Na sequência, a galera cantou junto músicas como “Mind Your Manners” e “Sirens”, do último álbum, e delirou com as consagradíssimas “Given To Fly”, “Jeremy” e “Alive”.

Engajado na medida certa, Eddie, que já tinha feito uma contundente declaração – em português – no palco do show de Belo Horizonte e doado o cachê da apresentação para as vítimas da tragédia ambiental e social causada pelo rompimento da barragem de Samarco, às margens do Rio Doce, repetiu o engajamento no show do Rio, ficando responsável por um dos pontos altos da noite.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Por aqui, a homenagem foi outra. Eddie parou a apresentação para lembrar das vítimas dos atentados em Paris, que rolaram no último dia 13 e matou cerca de 13o pessoas. Sentado e tocando violão, fez todos acenderem as luzes dos celulares enquanto tocava “Imagine”, de John Lennon.

Outro momento marcante foi quando Eddie chamou um fã, que segurava um cartaz dizendo ser aniversariante do dia, para cantar no palco a música “Porch”. As performances do grupo como um todo estiveram sensacionais, principalmente a do guitarrista Mike McCready, que pareceu mais sintonizado com o público do que em apresentações anteriores. O baterista Matt Cameron comandou o instrumento, em um desempenho “nervoso” e com impressionante vitalidade.

Eddie Vedder, sempre simpático, pareceu mais descontraído e à vontade que o normal. Levou várias colas para o palco, e arriscou discursos em português, que, segundo ele mesmo, “ainda estava uma merda” . No final, abriu uma garrafa de cachaça no palco, e fez questão de oferecer um gole aos fãs.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Merece destaque também a produção de cinema do espetáculo. Com dois telões em cada ponta, os fãs puderam assistir a flashes do show e da multidão filmada pela equipe da turnê. O Pearl Jam muda, mas não perde a essência. Que venha o próximo show!