Em entrevista ao programa Conversa com Bial, Pabllo Vittar desabafou sobre a vida afetiva na pandemia. “Pude conhecer outras pessoas e acabei de ter decepção amorosa. Pra minha vida não funciona. Queria ter força de vontade, mas realmente não funciona”, explicou. E acrescentou. “Meninos, amo beijar, sou carinhosa, podem chegar”, disparou.
E a cantora foi tomada pela emoção quando o assunto foi Marília Mendonça (1995-2021), morta no último dia cinco em um acidente aéreo. Nesse mesmo programa, em 2017, a artista havia contado que quando acordava deprê, para melhorar o astral, escutava músicas de artistas como Pabllo, que a conheceu naquele época, durante os Melhores do Ano do Domingão do Faustão, quando dividiu camarim com ela. “A notícia pegou todo mundo de surpresa. Eu estava em casa e realmente quis não acreditar, porque Marília sempre foi e vai ser um ícone para a música brasileira. Não é à toa que é a mulher mais ouvida no mundo (ela entrou para a história com a live mais assistida do YouTube, no planeta, em 2020). Fiquei pensando muito na mãe dela e nos familiares desejando, força porque sei que os fãs também sofrem, mas para a família uma perda como essa não tem como mensurar”, desabafou.
E prosseguiu relembrando a amiga: “Ela sempre foi alto astral, cantava minhas músicas nas lives, espero que esteja lá em cima nos olhando aqui embaixo. A ida inesperada da Marília mostrou pra gente que a nossa vida não é nada, um grão de areia, um sopro e que a gente tem que aproveitar e dar o nosso melhor sempre, mas não esqueça de viver a vida e ser feliz, falar para as pessoas que a gente ama, estar com nossa família, com nossos amigos. Faz um tempo já que tenho aproveitado mais minha vida, não me dedicado só a trabalho, porque se deixar a gente não para, então, cada vez mais vou aproveitar mais”, enfatizou.
Em termos profissionais, não é de hoje que a cantora Pabllo Vittar vem levando uma imagem positiva do nosso país para o mundo. O mais recente destaque aqui e no exterior é a parceria com Lady Gaga na música Fun Tonight. “Eu quis aproveitar essa oportunidade para mostrar o meu Brasil e acho que foi incrível”, frisou ela. O dueto lançado em setembro, é uma das faixas de Dawn of Chromatica, terceiro álbum de remixes da estrela americana.
Depois de mais de um ano e meio em que a classe artística foi obrigada a parar por conta da pandemia da covid-19, Pabllo, agora, além de estar envolvida com a realização de um especial celebrando a carreira, se prepara também para turnês internacionais pela América Latina e do Norte, em 2022, quando aqui no Brasil, vai ser uma das atrações do Lollapalooza, em março.
Para encarar a maratona de shows, vem se preparando e até tem postado vídeos fazendo musculação e alongamento. “Tenho que vir melhor do que antes da pandemia. Estou aperfeiçoando dança, voz, gestual e procurando melhorar como pessoa”, comentou ela, que ainda hoje, aos 28 anos, continua vivendo com a mãe, Verônica. “Quero morar com ela para sempre”, disse.
Aliás, nos últimos meses de julho e agosto, a artista se surpreendeu quando sua música Zap Zum, virou febre durante as Olimpíadas de Tóquio, no Japão, graças a admiração que Douglas Souza, jogador da seleção masculina de vôlei, tem por ela. Sempre que o atleta entrava na quadra, a música era tocada por um DJ. “Amei ver vídeos dele dançando e cantando. Fiquei feliz”, explicou a artista.
E a Pabllo não se absteve de comentar recente polêmica envolvendo Maurício, outro jogador da seleção de vôlei, que ao ver a notícia da história de que o filho do Super Homem era bissexual, extravasou em um post: “Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar.” Bial, então, indagou a Pabllo, onde Maurício teme que nós podemos parar. “Ele devia ter ficado calado. Minha mãe me ensinou que quando não temos algo a acrescentar a gente fica de boquinha calada. Acho que em 2021, a gente não tem tempo mais para essas falas. É muito errado pensar que isso é só um comentário, que isso é machismo, opinião, Não, opinião homofóbica é crime, então, existem consequências e que as outras pessoas que também compactuam com esse mesmo pensamento se liguem, fiquei atentas, mudem o seu jeito, porque isso é crime, é errado, homofobia não é legal e 2022 já batendo aí na porta”, pontuou.
E prosseguiu. “Não existe isso de exemplo que vai desvirtuar, ah, hoje, vou ser gay, amanhã vou ser hetero, ah, hoje não sou mais gay. A gente nasce assim. Coloquem nas cabeças de vocês e pais de LGBTs, apoiem seus filhos cada vez mais. Esse tipo de comentário mata.”, observou Pabllo, que estourou no final de 2015 com a canção Open Bar.
Mas somente em janeiro de 2017, lançou Vai Passar Mal, seu primeiro álbum, com hits como Indestrutível, Corpo Sensual e K.O. Naquele mesmo ano, subiu ao palco do Rock in Rio, à convite da norte-americana Fergie, com quem cantou Sua Cara e Glamurous. Em 2018, chegou aos streamings Não Para Não, seu segundo álbum de inéditas. Passeando por ritmos como tecnomelody, pop e arrocha, indo em uma crescente, lançou 111, seu terceiro trabalho um ano depois. E no mesmo mês de outubro, foi classificada como uma das líderes da próxima geração, pela revista americana Time. Seu mais recente álbum, Batidão Tropical, está disponível desde o último mês de junho. No Spotify, o trabalho se tornou a maior estreia de um álbum solo pop brasileiro, incluindo a canção Zap Zum.
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