HT, durante 2015, baixou em São Paulo para mais uma edição do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, circulou pelos melhores camarotes e resenhou sobre os mais incríveis shows do Rock in Rio, comemorando 30 anos no Parque dos Atletas, na Zona Oeste carioca; e entrevistou os mais diversos nomes da música brasileira: Alice Caymmi, Fafá de Belém, Gal Costa, Claudia Leitte, Ivete Sangalo e por aí vai. E não só: conferimos, de convidado VIP, a apresentação exclusiva de Demi Lovato no JK Iguatemi, em São Paulo, e, mais recentemente, entregamos os tititis que envolveram as vidas de Chico Buarque, Roberto Carlos e afins. Agora, abaixo, nossa seleção do que marcou nossa editoria de “Música & Badalo” durante o ano que está findando.
A turnê internacional e nacional “Dois amigos, um século de música”, de Gilberto Gil e Caetano Veloso: HT seguiu todos os passos da dupla durante o périplo, que foi da Inglaterra a Bélgica. Além de ser marcado pelo encontro dos gigantes da nossa Tropicália com um repertório abarrotado de hits, o projeto rendeu gratos acontecimentos. Noticiamos aqui, por exemplo, o encontro com Shimon Peres, ex-presidente de Israel, o jantar com George Benson, guitarrista americano de Smooth Jazz; o bate-papo com Pedro Almodóvar, cineasta espanhol; e claro, em solo carioca, o transe que Gil e Caetano deixaram no Metropolitan.
A volta de Adele: Adele provou que não importa quanto tempo fique afastada, uma rainha não perde a majestade. Seu novo clipe, “Hello”, em 24 horas de lançamento, alcançou a marca de 23,2 milhões de visualizações, o que deu a ela o título de vídeo mais assistido em um dia da história. E não foi só isso: Com “25”, a britânica tirou de Britney Spears o recorde de Álbum Feminino Mais Vendido na Semana de Lançamento. Enquanto Britney vendeu 1,319 milhão de cópias do hit absoluto “Oops… I Did it Again”, nos Estados Unidos, na primeira semana, em 2000, Adele vendeu 1,9 milhão de cópias no país em apenas dois dias.
O álbum “A Mulher do Fim do Mundo”, Elza Soares: Este foi um ano com vários retornos e comemorações icônicas da música nacional, com momentos importantes nas carreiras de Caetano Veloso e Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Fafá de Belém e Roberto Carlos. Mas Elza Soares teve o grito mais feroz de todos. Em 2014, ela já havia dado indícios de que ainda mantinha o talento e a audácia com o documentário “My name is Now”. E agora, através de seu novo disco, ela dá uma deliciosa prova sonora de que não tem medo ou vergonha de seu jeito irreverente, algo tão admirável nos dias de politicamente correto vazio e impessoal.
Madonna entregando boas canções para a indústria fonográfica: Desde “Ghosttown”, passando por um clipe estrelado de divas do pop e cercado de expectativas, ao disco Rebel Heart e sua turnê de mesmo nome, Madonna voltou a mostrar a que veio – não que estivesse em hiato de comprovação de qualidade – mas, voltou a, digamos, se superar. E HT esteve lá (inclusive na plateia dela na Alemanha), te informando de tudo: da prévia da nova turnê, passando pelas polêmicas religiosas envolvendo as dançarinos vestidas de hábito (Madonna reproduz a Última Ceia em seu show e o banquete é…ela), até problemas com atrasos e falta de luz. Nada que tirasse o brilho do espetáculo – somada à manifestação de compaixão que Madonna teve, recentemente, ao cantar no meio da Praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas de um recente atentado terrorista.
O clipe “Bang”, de Anitta: com repetições-chiclete, melodia perfeita para as baladinhas, uma coreografia daquelas e a direção criativa assinada por ninguém menos que Giovanni Bianco – o mesmo que faz os discos de Madonna -, “Bang” bateu inúmeros recordes (do próprio Youtube e da carreira de Anitta) e passou de 60 milhões de visualizações na web. Em entrevista ao HT, a funkeira disse que o objetivo do clipe era de dar “um tiro certeiro”, ligeralmente: “Falei para o Giovanni que queria algo revolucionário, que todas as idades curtissem, que fosse universal”.
O renascimento de Justin Bieber como hitmaker pra adultos: HT já havia cantado a pedra em sua sessão “Lançamentos musicais da semana”: “A nova fase de Bieber deve vir com tudo, mostrando que o astro está disposto a deixar os escândalos para traz e focar na sua carreira profissional – bem a tempo de acompanhar seus contemporâneos, que têm mostrado sons mais evoluídos em seus recentes trabalhos“. Dito e feito. A prova dos nove – que começou com uma parceria com Jack ü – veio com “Purpose”, seu mais recente álbum, carregado de hits. O trabalho chegou com o pé na porta e quebrou o recente recorde de disco mais ouvido em sua primeira semana no Spotify. Foram 205 milhões de audições mundialmente, 77 milhões apenas nos Estados Unidos. O recorde anterior era de “Beauty Behind The Madness”, do The Weeknd, com 90 milhões mundiais.
O estouro da carreira de Wesley Safadão: é difícil você encontrar, hoje, em todo o Brasil, alguém que não saiba quem é Wesley Safadão, ou tenha ouvido suas canções (como “Camarote” e “Aquele 1%”), ou até tenha adotado seu visual de trança samurai. A verdade é que Safadão virou pop, deixou de ser um nome apenas no Nordeste e hoje é o dono do segundo maior cachê do Brasil, passando Ivete Sangalo e Luan Santando, ficando só atrás do rei Roberto Carlos. Sua simpatia junto à massa é tão grande que até a Rede Globo tratou de cair com um veto de Safadão em seus problemas, após ele não comparecer a gravação de um especial. Ao site, ele disse que “não existe cachê caro, existe o artista que se paga”.
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