O Site HT esteve no set de filmagens do curta “No boteco” e conversou com exclusividade com o elenco, que inclui Thiago Martins, Douglas Silva, Cintia Rosa e Rafael Portugal


No curta-metragem, que exalta o boteco como ponto de encontro de amigos, local tradicional de celebrar momentos marcantes e cheio de boas histórias – e ótimos quitutes – Marcelão perde o emprego, é despejado e vai morar e trabalhar no Bar da Dulce. Quando parece que sua rotina foi retomada, ele resolve fazer uma coisa boa para um amigo e compra seus peixes com o dinheiro do bar. A partir daí a história se desenvolve. Ele assume o desafio e cria o “bolinho Coisa Boa”

Que a internet é o filão mais acessível da esfera global, não temos dúvida. Mas saber aproveitar as ótimas oportunidades que esse meio oferece é o grande desafio de marcas, empresas e pessoas. Quem está surfando na dobradinha dramaturgia + grande visibilidade do mundo web é a Antarctica. A cerveja lança nesta quinta-feira, 27, seu novo material audiovisual, o curta-metragem “No Boteco”. Com direção de Quico Meirelles, da O2 Filmes, o primeiro filme da marca é uma criação da AlmapBBDO e tem linearidade com os outros dois trabalhos da feitos nesta área, as web séries “No Gogó” e “Na Lata”.

No elenco, Thiago Martins, Douglas Silva, Cinthia Rosa e Rafael Portugal, os três últimos presentes desde “Na Lata”. Já Thiago participa das três obras. Juntos, os dois trabalhos já alcançaram mais de 22 milhões de visualizações apenas no YouTube. Para se ter uma ideia que o formato caiu no gosto do público é o fato do trailer já ter batido mais de 420 mil visualizações em apenas seis dias.

Uma característica interessante nesta produção é o rodízio dos atores como protagonistas das histórias: se em “No Gogó”, a história de Guto (Thiago Martins), o vendedor de cerveja e sambista cheio de lábia, foi apresentada; em “Na Lata”, foi a vez de mostrar o dilema vivido por Vavá (Douglas Silva), um catador de latas amigo de Guto que, em pleno carnaval, encontra uma sacola com enorme quantia de dinheiro no meio de um bloco. Procurar o dono ou não? Em “No Boteco”, a história traz para o centro das atenções as personagens de Dulce (Cinthia Rosa) e Marcelão (Rafael Portugal).

A diretora da marca, Bruna Buas, acredita fazer a diferença ao propagar o lema da campanha atual: “Coisa boa gera coisa boa”. “Antarctica é reconhecida por sua autenticidade e legitimidade e, esse ano, queremos despertar uma vontade real nas pessoas de terem boas atitudes. Para isso, desenvolvemos uma trama em torno de situações cômicas que surgem quando o protagonista resolve fazer uma coisa boa para um amigo”, explica.

Thiago Martins, Rafael Portugal e Douglas Silva – o trio estará em No Boteco (Fotos: Alex Woloch)

No curta-metragem, que exalta o boteco como ponto de encontro de amigos, local tradicional de celebrar momentos marcantes e cheio de boas histórias – e ótimos quitutes – Marcelão perde o emprego, é despejado e vai morar e trabalhar no Bar da Dulce. Quando parece que sua rotina foi retomada, ele resolve fazer uma coisa boa para um amigo e compra seus peixes com o dinheiro do bar. A partir daí a história se desenvolve. Ele assume o desafio e cria o “bolinho Coisa Boa”.

Para fortalecer o conceito do filme e engajar o público de modo consistente, Antarctica traz para a tela personagens reais, como a Tia Léa, famosa pelas feijoadas que serve em sua laje no Morro do Vidigal. É ela quem assina o bolinho “Coisa Boa”, que muda a vida de Marcelão no filme.

Rafael Portugal e o peixe, que vira sucesso no Bar da Dulce em forma de bolinho

O Site Heloisa Tolipan esteve no set de filmagens no início de abril, na Pedra do Sal, berço boêmio carioca na região da Gamboa e conversou com exclusividade com parte do elenco de “No boteco”. No papo, descobriu que tanto Portugal quanto Cinthia e Douglas têm um boteco (e petiscos) para chamarem de seu. “Esse lugar remete à minha infância. Perdi meu pai muito cedo e os pais dos meus amigos eram amigos dele. Fui adotado pelo clima, acolhido. Cada um ali foi meu pai de alguma maneira. E eles se encontravam sempre nesse bar em Realengo, onde eu nasci e fui criado. Tenho lembranças muito legais, porque ali víamos a descontração e a amizade deles”, destaca Rafael Portugal. Já Cinthia Rosa, tem seu ponto de encontro no Vidigal, lugar onde nasceu e mora até hoje. “É o `Barraco`. Ele trilhou a minha vida inteira! Começou com os meus pais frequentando. Quando cresci, esse bar até mudou de lugar, mas continuou com o mesmo nome. Com a chegada do teatro na minha vida, virou um local certo, afinal, era perto do casarão onde ensaiávamos”, conta.

Marcelão (Rafael Portugal) é demitido e despejado. Na cena, Dulce (Cinthia Rosa) acolhe o amigo

“E no boteco é aquela coisa, né? Você sabe quem terminou com quem, quem ficou com quem, tem discussão de amigos, tem mesa redonda, tem DR de casal. Um lugar que fortalece as amizades”. Para Douglas Silva, o boteco tem ar de romance. “Sou fiel à apenas um boteco: o Tramelinha, em Piedade. É o primeiro bar que levei minha esposa. Conheci ela e fomos para lá. Perto da casa dela na época, na Abolição. Não tinha como dar errado! Virou um lugar que frequento, encontro amigos! Saímos do futebol, paramos por lá e bebemos, conversamos”.

Na onda do petisco criado pelo curta-metragem, o trio também elegeu seu tira-gosto preferido nos balcões dos botecos. “Tem um bolinho de aipim, em Padre Miguel, que posso afirmar: foi o melhor que comi na vida. Foi na adolescência e acredita? Nunca mais voltei! Nem sei se a senhorinha que faz esse bolinho está viva ainda. Mas foi o melhor”, relembra Portugal. Já Douglas faz todas as suas apostas no provolone à milanesa do… Tramelinha, claro. “Nossa senhora! Você come e não consegue parar! Quando vê, já foi tudo!”, diz, pensando na delícia em cubinhos que é sucesso em Piedade. Cinthia Rosa é especialista em pastel de camarão: “Faço questão de experimentar nos mais variados bares que eu vá. Já testei diversos pasteis”, conta. Mas fora da iguaria com o crustáceo, outro petisco bem conhecido arrebatou a atriz. “O Bolinho de Feijoada do Aconchego Carioca, na Praça da Bandeira. Que coisa maravilhosa”, derrete-se, com água na boca.

Rafael Portugal e Douglas Silva em momento descontraído da filmagem, na Pedra do Sal.

Outro assunto que fez parte da conversa foi a repercussão da web série “Na Lata”, veiculada na última temporada carnavalesca com grande sucesso na web. “Tô bastante feliz com a Dulce e todo o carinho nas ruas. Fui parada pelas pessoas que queriam saber o que o Vavá fez com o dinheiro. O público realmente está na internet e isso é maravilhoso, pois tem várias possibilidades de assistir à história, diferente da televisão. E ainda teve o live no carnaval, completa novidade para mim. Fazer ao vivo foi delicioso”, conta Cinthia.

Para Douglas, a experiência foi muito bacana. “Todo mundo assistiu e comentou. A divulgação até dentro dos cinemas deixou o nosso trabalho com uma visibilidade bem legal. O mais engraçado foi dia desses num restaurante. A galera da cozinha pediu para tirar foto. Não fui chamado nem de Dadinho (personagem lendário de “Cidade de Deus”), nem de Acerola (de “Cidade dos Homens”). Já chegaram mandando o papo: ‘Fala aí, ‘Vavá da Boa’!”, diverte-se.  “Quando perguntam o que fiz com o dinheiro, sempre digo que foi uma festa na casa do Rafael Portugal!”, brinca. Aliás, o ator comediante complementa o sucesso do trabalho com uma história engraçada vivida por ele. “Faço parte do elenco do ‘Porta dos Fundos’, também estou num programa chamado ‘A culpa é do Cabral’, no Comedy Central. Daí, peguei um Uber há uns dias e o motorista disse: ‘Não acredito! Marcelão no meu carro!’ Cumprimentei e ele completou: ‘Tu faz mais algum trabalho para eu te assistir?’ Respondi que era do ‘Porta’ e ele: ‘Tu tá lá? Nunca te vi lá não’’, ri Portugal.