O périplo de Caetano Veloso pela Europa e encontro com Monica Bellucci, o galerista Jay Jopling e o Duran Duran, Simon Le Bon

Por Junior de Paula, direto de Los Angeles

Se você tem 20 anos e está reclamando de que tem muita coisa para fazer, muito trabalho para terminar e que anda muito cansado, é bom se mirar no exemplo de Caetano Veloso. O Doce Bárbaro que acabou de completar 70 anos está com a corda toda e não dá nem sinal de cansaço ou de que pretende desacelerar depois de renovar seu público com o lançamento da trilogia roqueira que começou com Cê, seguiu com Zii e Ziie e terminou – será? – com Abraçaço, na qual teve o auxílio luxuoso da banda formada por Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado.

Pois bem: depois de passar dois meses na estrada pela Europa em turnê – do dia 28 de abril, quando deu o pontapé inicial em Lisboa até o dia 5 de junho, quando finalizou com um show apoteótico em Porto, também em Portuga -l, Caetano quer mais. É preciso dizer, claro, que, no meio desses quase dois meses, ele viajou milhares e milhares de quilômetros, passando pela Itália, França, Suíça, Suécia, Inglaterra e Espanha, sem perder o fôlego e sem deixar de esgotar os ingressos por onde se apresentou.

De volta ao Brasil, ele emenda em uma temporada no Sul do país, em julho, em seguida sobre para Cuiabá, Salvador, Recife e Vitória, em agosto, e faz as malas de novo para ganhar outra parte do mundo: as Américas. A turnê norte-americana começa dia 13 de setembro em Miami, passa por Seattle, Davis, Oakland, Los Angeles e Nova York. Cansados só de imaginar? Pois Caê não. Ele segue dia 31 de outubro para uma temporada de cinco shows entre Argentina e Chile. Ufa. Não basta ter talento, é preciso suar a camisa e ir até onde o povo está.

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