Ainda extasiado após a primeira apresentação para o público carioca na volta do Mundo Mix, o paraense Lucas Estrela conversou com o HT e contou sobre o processo de escolha para o seu repertório guitarrado e tecnobrega. Segundo ele, o seu show é uma tradução das setlists que o guitarrista escuta fora dos palcos. “Eu gosto de ouvir muitos tipos de músicas. Não só as regionais do Pará, mas também as brasileiras de um modo geral. Eu acho que meu trabalho é um pouco resumido nisso, nessa busca por várias sonoridades diferentes na tentativa de juntar tudo isso na linguagem da guitarrada e do tecnobrega de Belém”, explicou.
E, apesar de esta ter sido a primeira apresentação de Lucas no Rio, ele nos contou que já havia subido nos palcos cariocas anteriormente. O HT esclarece: antes de se lançar em carreira solo, o paraense trabalhava como roadie da conterrânea Gaby Amarantos. “A gente sempre vinha para cá fazer shows, e o público daqui é sempre incrível e maravilhoso. Eu fiquei muito feliz em ver esse interesse pela música paranese aqui na cidade. O show foi incrível”, contou animado. Sobre a época em que trabalhou com Gaby, Lucas Estrela foi só elogios à amiga. “A gente viajou muito e fez diversos shows em diferentes lugares. Muitas características do trabalho dela foram grandes referências para o meu primeiro álbum”, completou.
Opa, então vamos ao disco do músico. Como nos contou, o primeiro trabalho de Lucas, “Sal ou Moscou”, foi feito em casa, de forma independente e com muita influência de Waldo Squash, que foi o produtor das bases do CD de Gaby Amarantos. “Peguei muita referência dele para fazer esse trabalho e joguei a melodia em cima das guitarras. Foi um processo bem experimental em casa, que fui vendo no que dava. Depois do material gravado, eu mixei e masterizei as faixas em Belém e lancei com o selo NaMusic”, explicou.
E ele não para por aí, não. Lucas Estrela disse que já está com projetos para um segundo álbum. Só que, para o próximo trabalho, o músico paraense quer inovar. Enquanto o seu primeiro disco foi lançado só na plataforma digital, o segundo terá, além da versão online, um caráter mais vintage. “Eu estou estudando a possibilidade e talvez lance em vinil também. Vi o trabalho do selo ‘Discos ao Leo’ e gostei muito. Ainda não decidi, mas estou analisando a hipótese”, adiantou.
Além da carreira como guitarrista, o paraense Lucas Estrela ainda divide o tempo para se dedicar às paisagens sonoras. Caso não esteja muito familiarizado com o termo, caro leitor, o próprio artista explica: “Paralelo a esse trabalho de guitarrada e tecnobrega, eu tenho um projeto de artes sonoras que são filmes e documentários em que eu toco a trilha ao vivo. Eu também tenho um interesse muito grande por vídeo e cinema”. Interessante, né?
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