Miley Cyrus está definitivamente seguindo os passos de Madonna e não é apenas nas polêmicas e performances irreverentes: a cantora tem investido pesado em seu lado humanitário, desde que levou um jovem sem-teto, Jesse Helt, para receber seu prêmio no palco do último VMA. A ex-Hannah Montana, que criticou abertamente o governador do estado de Indiana por sua recente lei de “liberdade religiosa” – a qual garante permissão às pessoas que não querem prestar serviços a clientes que contrariem sua fé, como gays, por exemplo -, agora lança a Happy Hippie Foundation, que já tem parceria com o Facebook.
Calma, HT explica: a organização pretende “lutar contra as injustiças encaradas pela juventude sem-teto, a juventude LGBT e outras minorias”. Para conseguir arrecadar fundos, Miley relançou as “Backyard Sessions”, apresentações feitas em seu próprio quintal – quase um pagode, gente – em que ela se juntará a outros artistas como Joan Jett, Melanie Sefka, Laura Jane Grace (da banda Against Me) e Ariana Grande. Os vídeos são publicados exclusivamente via Facebook, que já quebra um galho e insere um link para a pessoa doar dinheiro diretamente.
Happy Hippie Foundtaion apresenta: Miley Cyrus e Joan Jett cantando “Different”
Em um comunicado oficial, a cantora disse: “Julgamentos sem propósitos e os seus efeitos, infelizmente, são coisas bem comuns. Todos os seres humanos têm direitos e sentimentos válidos! Eu quero usar a minha voz como um megafone para as pessoas jovem em todos os lugares e encorajar a evolução humana. Ninguém deve esconder quem realmente é, não importa qual seu nome, gênero ou status. É por isso que Happy Hippie está aqui: para dizer que toda vida tem valor!”.
Miley, em entrevista exclusiva à revista OUT, ainda falou sobre a sua relação com a comunidade LGBT. “Eu estou lutando por quem eu nem conheço, mas também é uma luta por amigos, gente próxima de mim e que eu amo”, diz a cantora. “À medida que você vai envelhecendo, você começa a reparar no que acontece ao seu redor. Você percebe que esse não é tipo de mundo no qual você quer viver”. O foco na juventude sem-teto, de acordo com a própria, “porque é algo que nós vemos todos os dias. É como os pássaros cantando – nós ignoramos porque estamos muito acostumados a fazer isso. Você está olhando para o seu celular, mas você nunca olha para alguém que está sentado ali, precisando de ajuda”. Ela ainda completa sobre a sua luta por adequação de gênero: “Eu não queria ser um garoto. Eu queria ser nada. Eu não me identifico com o que as pessoas dizem que é de um menino ou uma menina, e acho que foi isso que eu precisei entender: eu não odeio ser uma garota, e sim a ‘caixa’ na qual eles querem me colocar”.
A menina cresceu, né? É bom ver artistas tão jovens que, apesar de saberem criar uma polêmica quando querem, conseguem usar o poder da mídia para algo além da auto-promoção óbvia e ainda tentar ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor. Palmas para Miley Cyrus.
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