Martinho da Vila: “Precisamos ser mais positivos, porque tirando o Carnaval, está um baixo astral total!”


O bamba, que hoje retorna ao Folia Tropical para mais um show durante os intervalos das escolas de samba, vê o copo sempre mais cheio quando o assunto é o mercado fonográfico

Martinho da Vila animou os convidados do camarote Folia Tropical ontem, no primeiro dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, em meio a uma Marquês de Sapucaí questionadora: a Grande Rio propôs uma discussão sobre educação, convivência e “jeitinho” brasileiro; enquanto a Imperatriz Leopoldinense falou sobre o dinheiro com uma crítica bem-humorada sobre ambição e política; e a Unidos da Tijuca espalhou uma mensagem de esperança em dias melhores por meio da história e simbologia do pão.

“O Carnaval pode manter uma linha de enredos históricos, como é de praxe da Vila Isabel, por exemplo, mas é de fato mais interessante que se desenvolva desfiles críticos e satíricos, sobretudo nesses tempos bicudos. Dia desses, falei que estava cansado de cantar que a vida vai melhorar. Mas de fato: a vida precisa melhorar! Já era para ter melhorado! Precisamos ser mais positivos, porque tirando o Carnaval, está um baixo astral total! Temos que ter esperança na luz do fim do túnel e nada como o Carnaval para trazer esse fôlego falando que deve ser dito em forma de samba e de folia”, disse no camarim do Folia.

Martinho, que hoje retorna ao Folia Tropical para mais um show durante os intervalos das escolas de samba, vê o copo sempre mais cheio quando o assunto é o mercado fonográfico, por exemplo. Com último disco lançado em 2016, o “De Bem com a Vida“, pelo selo da Sony Music, o sambista acredita que vamos passar novamente por uma curva vertiginosa na venda de discos físicos. “Como se sabe, o mundo dos discos teve um momento de boom enorme, depois houve uma queda, e agora está voltando novamente, eu tenho uma esperança de que está subindo, sim, e voltaremos ao mercado”.