Marcus Menna ainda se recupera das sequelas de meses em coma, mas retoma carreira e grava com Paula Fernandes


Nestes anos desde o coma pós uma lipoaspiração, o cantor passou por sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. “Não existe nada que me impeça de viver a vida e agradeço a Deus todos os dias por estar vivo e principalmente, fazendo música”, afirma ele, que se aventura no sertanejo, mas sem deixar o rock de tanto tempo. Na entrevista ele fala do amor à música, de superação e fé, e das consequências de um procedimento estético que até hoje precisa lidar: “Não sinto culpa e não sei se faria diferente. Ninguém pode prever os acontecimentos. Cada um passa pelo que tem que passar. Estou vivo e isso basta”

*Por Brunna Condini

A música sempre guiou a trajetória de Marcus Menna. Mesmo depois de passar um período se recuperando após complicações causadas por realizar uma lipoaspiração no abdômen, em 2004, o cantor e ex-vocalista da banda LS Jack celebra o momento lançando sexta-feira (dia 28) em parceria inédita com Paula Fernandes, o single ‘Amor em Excesso’. “Fazer este projeto com a Paula têm sido uma experiência incrível. Eu a acho uma artista completa. É uma belíssima voz e de um profissionalismo irretocável, sem falar na energia maravilhosa que emana e coloca em tudo que faz. Paula é maravilhosa!”, declara o cantor, que vem explorando um gênero diferente do rock, sua praia há mais de 20 anos. Antes da parceria com a cantora, Menna lançou também ‘Quem você é’ com Marcus e Belluti, e diz que que está produzindo dois feats inéditos para este ano ainda.

“Fazer este projeto com a Paula têm sido uma experiência incrível. Eu a acho uma artista completa. É uma belíssima voz e de um profissionalismo irretocável, sem falar na energia maravilhosa" (Foto: Vinícius Giffoni)

“Fazer este projeto com a Paula têm sido uma experiência incrível. Eu a acho uma artista completa. É uma belíssima voz e de um profissionalismo irretocável, sem falar na energia maravilhosa” (Foto: Vinícius Giffoni)

Nos últimos anos, Menna passou por sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, sentindo-se apto a voltar aos shows. Antes da pandemia, ele fez apresentações pelo Brasil. A LS Jack surgiu em 1997 no Rio de Janeiro e um de seus maiores sucessos é a música ‘Carla’ (2002). A banda havia parado suas apresentações em 2005, por conta do tratamento dele. Nestes 16 anos desde o coma, que tempo exatamente ficou sem fazer música? “Mesmo nos momentos mais difíceis a música sempre esteve comigo, especialmente porque ela sempre foi minha maior motivação para passar pelos processos de recuperação. Porém, posso dizer que a partir de 2018 tudo evoluiu melhor”.

“Mesmo nos momentos mais difíceis a música sempre esteve comigo, especialmente porque ela sempre foi minha maior motivação para passar pelos processos de recuperação" (Vinícius Giffoni)

“Mesmo nos momentos mais difíceis a música sempre esteve comigo, especialmente porque ela sempre foi minha maior motivação para passar pelos processos de recuperação” (Vinícius Giffoni)

Em papo exclusivo ao site, ele relata que vem se cuidando muito desde então para se recuperar das sequelas – na época da lipoaspiração o cantor teve uma parada cardiorrespiratória e passou vinte minutos com pouca oxigenação no cérebro, com isso, foram dois meses em coma. “Não existe nada que me impeça de viver a vida e agradeço a Deus todos os dias por estar vivo e principalmente, fazendo música. Faço treinos físicos, aulas de canto e sessões de fonoaudiologia”, conta o cantor, que revela ainda que a determinação tem sido seu alicerce: “Só com muita fé para superar todas as dificuldades que enfrentei. Fé é positividade. É o caminho pra todas as vitórias!”.

“Não existe nada que me impeça de viver a vida e agradeço à Deus todos os dias por estar vivo e principalmente, fazendo música" (Foto: Vinícius Giffoni)

“Não existe nada que me impeça de viver a vida e agradeço a Deus todos os dias por estar vivo e principalmente, fazendo música” (Foto: Vinícius Giffoni)

Fé no amor e na vida

Marcus diz não ter lembranças claras do período pós coma. Do episódio, não ficam arrependimentos, só a experiência, uma fatalidade. “Não sinto culpa e não sei se faria diferente. Ninguém pode prever os acontecimentos. Cada um passa pelo que tem que passar. Estou vivo e isso basta”. Sua visão sobre vaidade também amadureceu: “Ela pode ser boa se usada como fio condutor da autoestima”.

“Não sinto culpa e não sei se faria diferente. Ninguém pode prever os acontecimentos. Cada um passa pelo que tem que passar. Estou vivo e isso basta” (Foto: Vinícius Giffoni)

“Não sinto culpa e não sei se faria diferente. Ninguém pode prever os acontecimentos. Cada um passa pelo que tem que passar. Estou vivo e isso basta” (Foto: Vinícius Giffoni)

Ele também conta que teve todo apoio da sua família e fala sobre o casamento com Renata Menna, há quatro anos. “Nos conhecemos no Instagram. Conversamos por seis meses todos os dias e fomos nos conhecendo. Quando enfim nos encontramos, já existia o amor que nos uniu e que nos fez escolher um ao outro”, recorda. “Sou romântico. Os brutos também amam (risos). Sempre falei de amor nas minhas canções. Ainda vou fazer uma música para Renata e vai ser a mais linda que já fiz”, promete.

“Nos conhecemos no Instagram. Conversamos por 6 meses todos os dias e fomos nos conhecendo. Quando enfim nos encontramos, já existia o amor que nos uniu e que nos fez escolher um ao outro” (Reprodução)

“Nos conhecemos no Instagram. Conversamos por 6 meses todos os dias e fomos nos conhecendo. Quando enfim nos encontramos, já existia o amor que nos uniu e que nos fez escolher um ao outro” (Reprodução)

Aos 44 anos, Menna revela que seus sonhos hoje na música são os mesmos e que sente falta dos palcos. “Essa pandemia deu uma desacelerada em tudo. Mas pretendo cantar, escrever canções, subir nos melhores palcos e principalmente, sentir sempre o calor e o carinho dos fãs. Quero chegar sempre o mais longe que puder”.