*Por Bell Magalhães
O cantor João Zoli está se preparando para mais um lançamento. O single ‘Capitã Marvel’ tem a data de estreia prevista para dia 1º de julho. A música é o oitavo trabalho desde o início de sua carreira solo após dissolver dupla com o irmão, Pedro Zoli, na banda DoisZ. A ideia para a música, segundo o artista, vem da afinidade pelo universo geek e a cultura pop. Segundo ele, focar na carreira musical veio após a sua participação no reality ‘A Fazenda’, em 2018, onde teve a oportunidade de rever algumas de suas prioridades: “Quando saí do programa, refleti muito sobre o que estava fazendo da minha vida. Desde então, estou focado no meu trabalho e produzindo. Sinto que precisava dar esse start”. João ainda fala que trabalhar com atuação não é algo que foi descartado, mas o foco atual é na música: “Acho, sim, que dá para fazer várias coisas, mas temos que focar em algo específico e fazer da melhor forma possível, fora que a música é algo que depende somente de mim. Surgiu a oportunidade e resolvi entrar de cabeça”, conta.
Antes de assinar com a gravadora U.M. Music, dos empresários Umberto Tavares e Jefferson Junior, no início do ano, o compositor chegou a se formar no Centro de Artes das Laranjeiras, tradicional escola de teatro do Rio de Janeiro, e seguiu a profissão por um tempo antes de se dedicar integralmente à música. Filho do músico Claudio Zoli, João diz que a inspiração para o seu trabalho vai desde artistas internacionais até os próprios amigos: “Cresci com uma afinidade musical muito grande por causa dos meus pais, mas escuto desde Amy Winehouse, Snoop Dogg, Prince, até artistas nacionais, como Tim Maia, Cassiano e O Rappa, porque acredito que temos que beber um pouco de tudo. Meus amigos músicos também são grandes influências para mim e no Brasil temos uma riqueza cultural muito grande”.
Depois de um tempo, começou a se arriscar mais na música e, durante o processo, se deparou com outras amizades que o incentivaram a continuar. “Quando comecei a investir, várias pessoas incríveis passaram na minha vida, como o Jall e o Stefan, e o L7nnon, que virou muito meu amigo. Ele entrou em uma música minha e nem acreditei. Penso como é irônico comparar com o que estou vivendo agora, onde fiz uma música com um artista super reconhecido, tanto pelo talento e influência, que poderia fazer uma parceria com vários outros e acabou fazendo comigo porque confiou no meu trabalho e acreditou em mim”, analisa, no que acrescenta: “São pequenos gestos que essas pessoas nem sabem, mas que fizeram toda a diferença na minha vida. Isso só me deu mais gás para trabalhar e continuar produzindo”.
A insegurança não foi o único impedimento para florescer a verve musical do artista. Mesmo com o pai músico, a insegurança era algo que o perseguia na juventude e o sentimento era reforçado por comentários pessoas. “Sempre gostei da ideia de trabalhar com música, mas eu era muito desacreditado pelas pessoas que estavam ao meu redor, e vindo de quem considerava meus melhores amigos. Às vezes, as opiniões não eram ofensivas e eu percebia que existia uma certa preocupação da parte delas por ser uma carreira muito incerta. De todo modo, eram falas que me desestimularam, e eu acabava escrevendo as minhas músicas e não mostrava para ninguém”.
Apesar das críticas terem um papel importante e doloroso para o músico, ele conta que não guarda mágoa e que costuma perdoar com facilidade: “Não acho que foi com má intenção. Éramos muito novos e geralmente não temos muito tato para falar sobre preocupações e assuntos mais delicados, por isso acredito que muitos deles não fazem ideia de que me machucaram. Sou muito tranquilo e costumo sempre perdoar as pessoas. Parto do princípio que não devemos alimentar situações que começaram erradas, então procuro entender o lado da pessoa, mas se for algo que eu não posso ajudar ou que se eu intervir não vai mudar nada, prefiro deixar para lá”, conta.
Ignorar também é uma tática que usa contra os haters que o atacam nas redes sociais, apesar de algumas táticas de bullying passarem dos limites. João conta que foi alvo de intimidações coletivas de um grupo de pessoas que perseguia e assediava virtualmente ele, seus amigos, conhecidos e até funcionários. Ele diz que já está acostumado com esse tipo de ataque, mas reconhece que é algo perturbador: “Por exemplo, se posto um stories com alguém aleatório, momentos depois essa pessoa é adicionada em um grupo no Instagram para poder saber informações sobre mim e o que aconteceu naquele dia. Quem convive com esse tipo de coisa está acostumado, mas quando acontece com uma pessoa sem vida pública, ela fica horrorizada e com razão. Isso acontece há mais de um ano, mas esse grupo insiste nisso. Como hoje é possível bloquear várias contas de um mesmo usuário no Instagram, não vejo mais esse tipo de coisa, mas continuo sabendo por outros. É uma invasão de privacidade”, pontua.
Apesar dos momentos de tensão, após o acidente de moto que sofreu no início deste ano, no qual fraturou quatro ossos do pé, o cantor avisa que isso não o fez atrasar os planos de carreira e afirma que está em seu melhor momento. “Tive uma virada completa na minha vida que proporcionou uma felicidade plena. Estou conseguindo me manter saudável, fazer meus exercícios, vou ao estúdio toda a semana e me mantenho focado para plantar agora e colher o melhor lá na frente. Esse momento tem me mostrado quem são as pessoas de verdade e os que não são. Tem ‘Capitã Marvel’ chegando por aí, parcerias com artistas muito talentosos como a Marcelly Garcia, filha do MC Marcinho, o L7nnon, então estou focado em fazer música boa, que é o que me traz alegria”.
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