Giulia Be: “Quero fazer jus ao título de menina solta, conseguir me desprender das inseguranças”


A cantora festeja a boa fase na carreira – EP feminino solo de maior sucesso no Spotify Brasil, que recebeu disco de platina, e ganhou diamante duplo para “Menina solta”, platina duplo para “Se essa vida fosse um filme” e “(Não) era amor”, além de disco de ouro para “Recaída” – e a relação de proximidade com os fãs. “Os beers me apoiam demais”, diz, acrescentando que a cultura do cancelamento, tão em voga atualmente, não tem vez com ela. “Sempre lutei por um ambiente saudável nas redes sociais, com responsabilidade, e vou continuar fazendo isso. Todo ensinamento vem da conversa, então acho que precisamos incentivar mais diálogos, sempre, e menos cancelamentos”, assegura

Giulia Be: "Quero fazer jus ao título de menina solta, conseguir me desprender das inseguranças"

*Por Simone Gondim

Aos 21 anos, a carioca Giulia Be, dona do hit “Menina solta”, vive uma excelente fase profissional. Colhendo os louros do álbum “solta (deluxe)”, lançado em dezembro de 2020, ela ainda detém o EP feminino solo de maior sucesso no Spotify Brasil, que recebeu disco de platina, e ganhou diamante duplo para “Menina solta”, platina duplo para “Se essa vida fosse um filme” e “(Não) era amor”, além de disco de ouro para “Recaída”. “Não imaginava que tudo isso fosse acontecer em tão pouco tempo, mas sou muito grata e espero devolver em dobro o amor que estou recebendo”, diz a artista.

No embalo da energia da juventude, Giulia tem a cabeça fervilhando de projetos. “Quero fazer jus ao título de menina solta, conseguir me desprender das inseguranças e mergulhar fundo em liberdades criativas e muito trabalho. Estou muito focada em fazer tudo acontecer”, garante. “Espero que a próxima fase seja cheia de evolução, intensidade, muitas surpresas e emoção também, senão fica sem graça. A nova Giulia Be é ainda mais segura e liberta”, acrescenta.

(Foto: Reprodução Instagram)

A liberdade e o amor próprio dão o tom de muitas composições de Giulia. “Gosto de colocar esses temas em minhas músicas e inspirar outras mulheres a se sentirem cada vez mais empoderadas. Isso é um processo diário, principalmente por vivermos em uma sociedade patriarcal em que temos discursos machistas estruturais”, observa. “Procuro reforçar, todos os dias, o quanto devemos nos ajudar, incentivar outras mulheres, sermos livres e sempre lembrar de não abaixar a cabeça para ninguém”, completa.

Para o álbum “solta (deluxe)”, foram acrescentadas sete faixas ao EP original – “Plan B”, “Amor de verão”, “Outros”, “Interlude solta”, “Chega (versão acústica)”, “Deixe-me ir” e “Amuleto”. Segundo Giulia, os fãs tiveram papel determinante na hora de decidir quais músicas entrariam no disco. “Fui escolhendo as músicas que achei que faziam mais sentido dar para o mundo. Eu já tinha algumas prontas e meus fãs já tinham me escutado cantá-las, então levei muito em consideração o que eles sentiram, também. Cada faixa tem algo importante que pode tocar o coração de alguém”, afirma a artista.

(Foto: Reprodução Instagram)

A relação de Giulia com os fãs, chamados carinhosamente de beers, é a melhor possível. “Os beers me apoiam demais e estão sempre se comunicando comigo através das redes. Acho muito importante ter esse relacionamento de amizade, até porque eles sempre me mandam muita energia positiva”, conta ela. “Busco passar verdade nas minhas letras e acho lindo ver que as pessoas se identificam e querem mais. Tenho um grupo no WhatsApp com os fãs e é muito gostoso ver a reação deles aos projetos que preparo com tanto carinho. Receber uma mensagem dizendo que minha composição ajudou alguém, fez com que a pessoa ficasse inspirada, não tem preço”, derrete-se.

Bastante ativa nas redes sociais, Giulia procura evitar os haters. “Tento priorizar energias e coisas positivas, sejam comentários ou críticas construtivas. Nós sabemos que a internet, durante anos, foi considerada terra de ninguém, mas isso vem mudando, o que já é um avanço. Prefiro dar atenção para alguém que realmente quer meu bem, valoriza minhas músicas e está ali para agregar”, explica.

(Foto: Reprodução Instagram)

A cultura do cancelamento, tão em voga atualmente, não tem vez com a carioca. “Sempre lutei por um ambiente saudável nas redes sociais, com responsabilidade, e vou continuar fazendo isso. Todo ensinamento vem da conversa, então acho que precisamos incentivar mais diálogos, sempre, e menos cancelamentos”, assegura.

Em relação à pandemia, Giulia assume que ver muitos de seus planos cancelados ou adiados exigiu um trabalho de adaptação. “Aproveitei as chances para me redescobrir e fazer acontecer. Não tinha como fazer clipe? Fiz em casa, de jeito intimista, e amei o resultado”, revela. “Tive o apoio da minha família, muita conversa, me dediquei a fazer o que amo, a música, e mantive a saúde em dia. Mas é sempre bom lembrar que, se nada estiver ajudando, é importante buscar ajuda profissional”, pondera.

(Foto: Reprodução Instagram)