*Com Junior de Paula
Se hoje é difícil pensar em música italiana sem pensar nos versos de “La Solitudine”, de Laura Pausini, saiba, caro leitor, que a cantora de maior vendagem, número de certificações e prêmios recebidos da Itália nunca sonhou em ser famosa. Quem garante é a própria: “Eu só sonhava em ser uma cantora e pianista de bar, então eu definitivamente sinto que eu já fiz tudo e muito mais. Mas eu não sou o tipo de pessoa que senta e descansa, eu gosto de trabalhar duro e fazer por merecer o que a vida tem me dado”, garante ela. E qual o segredo, Laura, para tanto sucesso? “Não tenho ideia e olha que eu me pergunto isso há 23 anos. Eu sou uma pessoa muito sortuda”, diz, modesta.
Após mais de duas décadas na estrada, Laura revela que a motivação para levantar da cama todos os dias e fazer o que precisa é a filha. “Eu mal posso esperar para acordar e ver Paola de novo”, confessa ela, que, desde que se tornou mãe, tudo mudou – pessoal e artisticamente. “Eu sou muito mais feliz. E eu sou também mais altruísta, artisticamente falando. Eu amo cantar as histórias das pessoas que escrevem para mim”, conta.
É com essa alma aberta que Laura vai passar pelo Brasil, em setembro, para três shows da turnê mundial “Simili us and Latam”. Serão duas apresentações em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, no Metropolitan. “Eu adoro os brasileiros, sua maneira de ser, de falar. Eu não gosto que ainda haja tanta gente pobre sofrendo no país, mas infelizmente a gente não fala só do Brasil. Atualmente, a pobreza está em todos os continentes do mundo”, analisa ela, que vai além: “Eu me preocupo com todos os cidadãos do mundo. Infelizmente os problemas políticos não são só italianos ou brasileiros, mas mundiais”.
Mas falando no lado bom, a arte, os brasileiros podem esperar muito do show de Laura por aqui. “O show que eu fiz na Itália foi nos estádios com uma estrutura gigante: 50 artistas no palco comigo, entre belas dançarinas e músicos. A tour que eu apresento nas arenas, como o que vocês verão no Brasil, é diferente, mas eu acho muito bonito. Espero que vocês também gostem”, torce ela, que garante ter aprendido muito com os artistas brasileiros. “Eu adoraria ser brasileira. A sua voz e o ritmo do seu corpo é realmente único no mundo”, elogia. A boa impressão é tanta que Laura não esquece sua primeira vez por aqui. “É impossível para mim esquecer esse dia, porque eu nunca estudei português, mas eu entendia tudo o que me falavam e quando cheguei a Ipanema eu senti como se já tivesse estado ali. Foi mágico”, revela. Precisa falar mais?
Serviço:
São Paulo – Citibank Hall
11 e 12/09/2016
Rio de Janeiro -Metropolitan
14/09/2016
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