Do craque nos campos para o vozeirão nos palcos. O legado do jogador Dejan Petković, mais conhecido como Petković, acabou sendo muito maior do que apenas o talento com a bola nos pés. Seguindo os passos do pai em busca do sucesso está Ana Petković. A cantora, que divide a sua vida entre o Brasil e a Sérvia, possui uma carreira musical exitosa em âmbito nacional e internacional. Com um CD lançado em solo nacional, ela acaba de divulgar os primeiros dois clipes da carreira, Na Fé e Nobody, onde aparece estonteante e mostra para o que veio. Tendo morado 15 anos no Brasil, a artista tem o objetivo de abraçar o mundo através da música, o que a leva a publicar canções em três línguas diferentes. Com um álbum a caminho e quatro músicas para serem lançadas, ela conta com uma agenda lotada de shows em 2019, sendo o primeiro no Blue Note. “Irei cantar melodias que casam bastante com o estilo do local com muito jazz e blues. Vou dividir o set list entre letras de minha autorias e outras de artistas famosos”, adiantou. A apresentação está marcada para o dia 5 de janeiro, no Blue Note, Rio de Janeiro.
https://www.youtube.com/watch?v=1UwYIup8H1A
É claro que em qualquer lugar que Ana Petković vá, o sobrenome acaba sendo uma forte referência e, consequentemente, uma expectativa a mais. “As pessoas realmente se perguntam se a filha do Petković sabe mesmo cantar e quando solto a voz ficam impressionadas. Não é porque o meu pai é famoso que consigo fazer aquilo que quero. Não é bem assim. Não teria seguido este caminho se realmente não gostasse. Este preconceito, de qualquer forma, rola até me conhecerem e ouvirem as minhas músicas. Entendo estas colocações, porque meu pai é um gringo que encantou o Brasil e é exatamente isto que também quero. Não pretendo ser conhecida pelo meu sobrenome, quero fazer a minha própria história”, garantiu.
Apesar de querer desvincular uma ideia da outra, a cantora garantiu que a figura paterna tem uma importância máxima na sua formação atual. Não só Petković como toda a família a incentivaram desde pequena a seguir o caminho da música, por ser algo que ela gostava muito. “Fiz aulas e aprendi vários instrumentos. Comecei a tocar guitarra e piano em casa, mas nunca achei que poderia fazer daquilo a minha profissão. Foi quando produzi os meus primeiros CDs que percebi que queria viver fazendo arte”, comentou. Mesmo tendo tudo para construir uma carreira exitosa pela frente, Ana garantiu que está criando um ‘plano B’ caso algo dê errado no meio desta trajetória. A artista está estudando Letras em uma faculdade na Sérvia.
Indo de lá para cá, Ana comentou que sempre viveu viajando para diversos países. Nascida em Madrid, a jovem foi criada em Salvador, no Rio de Janeiro e chegou a morar na China e na Arábia Saudita. Atualmente, mantém residência entre a Sérvia e o Brasil com o objetivo de viver da música trazendo um DNA que o mundo aprove. “O meu foco sempre foi, desde pequena, encantar todas as nacionalidades. O meu primeiro CD que lancei na Sérvia era feito em inglês exatamente porque queria lançar no exterior, na Inglaterra ou Estados Unidos. Gosto sempre de ter canções em espanhol, inglês e português com a meta de divulgar para o mundo. Quero abrir caminhos para uma carreira internacional por isso a quantidade de línguas que canto”, comentou.
A artista acaba de lançar os dois primeiros clipes da carreira: Nobody e Na Fé. “Atualmente, as pessoas costumam lançar vários singles com clipes. Sempre nadei contra esta maré e acabava fazendo álbuns inteiros. A minha proposta é, a partir de agora, divulgar algumas canções que também contenham vídeos. Não sei se estes trabalhos vão integrar o meu próximo CD, que já tem quatro músicas gravadas especialmente para ele”, lembrou. Para ela, esta nova etapa de sua carreira é muito bacana, porque as imagens ajudam a contextualizar o que foi escrito na canção. “Nobody, por exemplo, é o meu clipe preferido, porque escrevi a música com 14 anos e sempre quis vê-la ilustrada daquela forma”, contou. Este, em questão, trata ainda de uma transição do pop que ela costuma cantar para o lado mais eletrônico.
https://www.youtube.com/watch?v=HVAunKNQ8Ls
Apesar de ter entrado de cabeça nesta onda dos singles, a cantora garantiu que não vai viver apenas disso. Muitos CDs ainda virão pela frente e, para ela, isso é essencial na música brasileira no geral. “Acho que o Brasil precisa de mais pessoas que tenham um vozeirão como a Iza, por exemplo. Não estou falando que não existe. Conheço vários, principalmente, mais jovens. Além disso, é preciso ter mais canções que transmitam uma ideia potente”, opinou. “Enquanto as pessoas escrevem poucas letras, sou exatamente o contrário. Não sei se é porque sou de fora, mas o difícil, para mim, é cortar estrofes. Gosto de músicas com letras profundas e de contar uma história, desenvolver uma ideia”.
Com a cabeça borbulhando de inspirações, Ana Petković já tem próximos trabalhos a caminho.” Mais clipes, shows e canções estão vindo pela frente”. Já queremos!
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