* Por Junior de Paula, direto de São Francisco
Depois de um hiato de seis anos, os já quase veteranos norte-americanos do The Faint lançaram um álbum novo, batizado “Doom Abuse”, e voltaram para a estrada levando seu rock de pegada psicodélica-new-wave para as massas. Desde o surgimento, em 1995, eles não pararam de produzir, é verdade, e foram responsáveis pela consolidação de um estilo que mistura rock ao eletrônico, levando o gênero para as pistas de dança mundo afora.
Tudo isso para contar que nessa segunda-feira (2/6), a gente teve a honra de assistir ao show dos caras em um dos palcos mais emblemáticos de São Francisco, o The Independent. Com três noites de lotação esgotada (domingo, segunda e terça-feira), eles provaram, pelo menos aqui na Califórnia, que voltaram com força total para ocupar o lugar que sempre foi deles.
Com direito a dois shows de abertura: o do péssimo Darren Keen que, com um teclado e um sintetizador, tentava fazer um número, digamos, contemporâneo de música eletrônica – sem sucesso! –, e o dos ótimos garotos do Reptar, de Georgia, que fizeram um som nem tão maluco-beleza quanto Darren e nem tão sofisticado quanto o The Faint. Pop-rock-folk na medida certa.
Mas vamos ao que interessa. O que o The Faint tocou? Tudo, já que foram mais de duas horas de show e 22 canções de todos os álbuns. Claro que com a plateia pulando, dançando e se comportando como se estivesse atrás de um trio elétrico de outras sonoridades. Tudo começou com “Animal Needs”, passando pelas melancólicas – uma especialidade dessa turma – “Desperaty Guys”, “Mental Radio” e “Posed to Death”. No bis, “Lesson from the Darkness”, “Paranoiattack” e “Glass Danse”. Uma noite fria do lado de fora, com direito a fog e tudo, mas quentíssima nos domínios do The Indepedent sobre a regência do The Faint.
Confira as fotos (Divulgação)
* Junior de Paula é jornalista, trabalhou com alguns dos maiores nomes do jornalismo de moda e cultura do Brasil, como Joyce Pascowitch e Erika Palomino, e foi editor da coluna de Heloisa Tolipan, no Jornal do Brasil. Apaixonado por viagens, é dono do site Viajante Aleatório, e, mais recentemente, vem se dedicando à dramaturgia teatral e à literatura
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