Os cinco sentidos da cultura brasileira já têm o seu endereço na Sapucaí. No Folia Tropical, a riqueza do nosso país é celebrada em todos os cantos e de diversas formas. No tato e na visão, o projeto fica sob responsabilidade do arquiteto Rodrigo Dinelli que, este ano, foi à Zona Norte buscar inspiração para fazer a casa do samba da Sapucaí, como já contamos aqui. No olfato e no paladar, os sabores brasileiros ganham forma com as receitas do restaurante Laguiole, que trazem sofisticação e tradição ao menu do camarote. E, na audição, além da bateria enérgica que contagia todo o camarote quando passa, o Folia Tropical apresenta um line-up de tirar o fôlego. Este ano, o samba e a MPB dividem os holofotes nos quatro dias de festa e, como atrações, Alexandre Pires, Maria Rita, Alcione e Zeca Pagodinho foram os escalados.
Entre uma escola e outra, a proposta do Folia Tropical continua sendo valorizar a música que vem da avenida para o palco do camarote. Por isso, mais uma vez, o line-up é uma homenagem ao samba, principalmente no ano em que o Folia se veste de a casa do ritmo. “Todo ano nós queremos mostrar que somos o camarote que valoriza a música brasileira. Além disso, também queremos levar um pouco mais de cultura para as pessoas, mas sem abrir mão de muito conforto”, disse Guilherme Barros, responsável pelo marketing.
Sendo assim, o resultado deste conceito foi um line-up que, além de trazer o samba para dentro do camarote, ainda realizou sonhos nos bastidores do Folia Tropical. No domingo, primeiro dia do Grupo Especial, é a vez de Alexandre Pires subir no palco. “Está sendo a realização de dois sonhos. O Mickael é muito fã e ele é um cara que vem da minha cidade, Uberlândia. Então, ter o Alexandre Pires com a gente é muito incrível”, disse Guilherme. Na segunda-feira, Maria Rita volta ao Folia Tropical depois da boa experiência em 2017 e, no sábado das campeãs, a grande conquista. Dividindo o palco com Alcione, que também se apresentou no ano passado, Zeca Pagodinho encerra o Carnaval de 2018 do Folia Tropical. “Ele é o sonho de consumo da Agnes e do Newton (fundadores do camarote) e foi muito bacana quando contamos a ela que tínhamos fechado. O Zeca é a Ivete Sangalo do samba”, apontou Gui.
E a relação estreita do Folia com o samba em 2018 não para por aí. No primeiro dia de camarote, sábado, 10, a atração ainda não foi revelada. Mas, de acordo com Guilherme e Mickael Noah, parceiro nos negócios e marketing do camarote, podemos esperar um nome da nova geração. “O nosso conceito de ser a casa do samba e o nosso empenho para manter isso é porque estamos vendo o segmento musical que é a base do Carnaval se diluir”, explicou Mickael que, além de se dedicar ao samba, também destacou a riqueza de nossa MPB. “O Folia também é a Música Popular Brasileira. Esse ano nós assumimos essa pegada de samba de raiz, mas vemos com muito bons olhos outros grandes nomes da nossa cultura”, comentou.
Tudo isso faz com que, há seis anos, o Folia ganhe mais prestigio, tradição e reconhecimento na avenida. “A gente fabrica uma experiência diferente dos outros. Isso não quer dizer que somos os maiores, mas o que proporcionamos é especial”, disse Guilherme. Para o sucesso, Mickael Noah não escondeu os dias de desafios e tentativas antes – e às vezes durante – o Carnaval. “Todo ano que fazemos o Folia, no final, vemos um salto absurdo de melhora em alguns pontos. Isso que faz com que a gente vá melhorando”, analisou.
Se dentro do Grupo Pacífica, empresa de entretenimento promotora do Folia Tropical, os esforços são para sempre evoluir na Sapucaí, fora da avenida, os desafios trazem novas experiências a cada ano. A poucos dias do Carnaval e com as vendas quase esgotadas, Mickael Noah e Guilherme Barros lembraram dos obstáculos dos últimos meses. “O mercado estava todo apreensivo. Nós viemos de um ano complicado e com a violência assustando, mas agora, a poucos dias e com o ritmo super acelerado, a expectativa para o Carnaval é muito boa”, disse Mickael Noah. Queremos já!
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