Ela tem uma voz doce, suave e canta músicas sobre o sentimento mais puro: o amor. Ela invade a sua televisão todas as sua noites na abertura de Sol Nascente, novela das 18h da Globo. Ela é Roberta Campos que, seja na voz no jeito ou na aparência, tem a delicadeza como melhor definição. Aos 39 anos e quatro álbuns na carreira, a cantora estourou no mercado fonográfico nacional após gravar “De Janeiro a Janeiro” com Nando Reis em 2013. Foi, inclusive, com o gênio da música brasileira com quem Roberta dividiu os microfones da Arena Banco Original. No primeiro dia do festival promovido pelo banco Original, a cantora participou do show de Nando e encantou milhares de pessoas que lotaram o Armazém 3 do Boulevard Olímpico. Em seu camarim, Roberta conversou com o HT e contou sobre sonhos, carreira e o mercado de música atual.
Apesar do empurrãozinho de Nando Reis ter sido essencial para a carreira de Roberta Campos, o sucesso e a fama se potencializaram depois de ela gravar o tema da abertura da novela da Globo. No entanto, engana-se quem pensa que “Minha Felicidade”, em Sol Nascente, tenha sido a primeira experiência de Roberta na teledramaturgia. Depois de outras três canções como trilha sonora, em Malhação, Rebeldes e Sangue Bom, a cantora finalmente conquistou o melhor espaço: a música tema. “Esse era um sonho que eu tinha porque eu sempre fui muito noveleira. Por mais que hoje eu não tenha mais tempo e não consiga acompanhar nenhuma, essa foi uma vontade antiga que permaneceu comigo”, disse Roberta que não escondeu a visibilidade conquistada depois da estreia da novela. “Como o meu objetivo é levar a minha música para as pessoas e, cada vez mais, para uma quantidade maior, esse foi um importante passo”, contou.
Passo dado, Roberta nos explicou o que mudou em sua vida na prática. Segundo ela, estar como música de destaque na novela é um reconhecimento tão importante da carreira que, por consequência, acaba abrindo outras inúmeras portas. “As pessoas passaram a se interessar mais por saber de quem era a voz da novela e quem era a cantora de “De Janeiro a Janeiro”. Então, isso me ajudou muito na divulgação na imprensa, porque mais pessoas passaram a fazer entrevistas e matérias comigo, e também nos shows. Hoje, minha agenda está sempre cheia e eu tenho vários trabalhos pela frente”, comemorou.
Como fórmula para o sucesso, Roberta Campos acredita que sua arte venha em contramão ao atual cenário musical. Enquanto hoje em dia grandes produções de banda, baterias e clipes super elaborados conquistam mais espaço e fãs no mercado, a cantora aposta na simplicidade de sua voz. Acompanhada somente de seu violão, Roberta resgata a essência da música em sua forma de cantar: emocionar quem está ouvindo. “Eu faço uma música do coração. Então, o que eu canto é só uma expressão do que eu estou sentido. Por isso que eu costumo dizer que o violão é o meu maior parceiro. Inclusive, eu tenho feito os shows do meu último disco só com voz e violão para conseguir mostrar mais a minha essência”, analisou Roberta que pretende transformar esta turnê de voz e violão em seu próximo DVD.
Além do projeto audiovisual para este ano, a cantora adiantou que também já está montando repertório para um novo álbum. Este ano, Roberta Campos deseja alavancar seu ritmo de trabalho. No entanto, a vontade da artista se choca com o panorama de crise cultural e financeira pelo qual estamos passando. Sobre o quadro de transformações vivenciado pelos brasileiros no último ano, Roberta não escondeu que a cultura sofreu com os reflexos. “Eu acho que tudo isso dificulta bastante o nosso trabalho. Mas eu também acredito que nós artistas não podemos esperar muito dos outros. Nós temos que nos entregar no que a gente faz, procurar estar sempre junto do nosso público e criar as nossas próprias oportunidades”, destacou Roberta Campos.
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