Quando, em 1985, Roberto Medina abriu pela primeira vez os portões da então Cidade do Rock, no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, estava entrando para a história: o Rock in Rio, que está comemorando 30 anos agora em 2015, entrou para a seara de grandes festivais – sendo o maior da América Latina e o segundo maior do planeta. Desde então, vivenciar o Rock in Rio virou obrigação para os amantes da música. Com tamanho prestígio, ocupar algum dos quatro palcos – Mundo, Sunset, Tenda Eletrônica e Rock Street – também virou sinal de ascensão musical. E quem, exatamente nessa edição de ode à própria história do festival, vai debutar no evento é Joyce Cândido, paulista conhecida como o grande nome do samba atual. HT, que acompanha o Rock in Rio desde que o Queen deu as caras por lá há três décadas, não perdeu a chance de conversar com Joyce para saber um pouco do que ela prepara pós-lançamento de EP e às vias de escrever mais um capítulo de sua história musical.
Para começo de conversa, a estreia de Joyce na Cidade do Rock é dupla: como atração do line up do festival e como frequentadora. “Sempre achei que por ser um mega evento, fosse melhor eu assistir de casa. Tenho uma certa preguiça de lugares mega lotados, confesso. Uma vez , no último Rock in Rio, eu disse: ‘Tenho vontade de ir, mas só vou quando eu for cantar!’, lembra. E, como diriam os mais antigos: cuidado com o que deseja. Joyce foi convidada para cantar na Rock Street no primeiro dia de festival, nesta sexta-feira, 18 de setembro. “Pensei que esse dia demoraria muito pra chegar, mas meu desejo se realizou mais rápido do que pensei. Estou indo pela primeira vez no Rock in Rio como uma das atrações. Coisa boa”, já agradece feliz da vida.
A estreia no RIR, bom dizer, vem perfazendo um onda muito boa na carreira de Joyce. Não faz nem um mês que HT acompanhou in loco no Aqua Bossa Lounge, em Ipanema, o lançamento do novo EP, abastecido de quatro canções com o selo da Warner Music Brasil. Uma delas – aliás, nossa preferida! -, “O que sinto”, da sambista com Roberto Pontes, já foi inserida no setlist do show, que contará com 15 canções ao todo. “Do meu DVD está inclusa ‘Pôr do sol’ de minha autoria, abrindo o show. Também tem ‘Cê pó Pará’ de Alceu Maia, Fred Camacho e Ana Costa; a música ‘Aos 27’ de Edu Krieger, que também faz parte da banda. Essa música, aliás, fala de grandes artistas do rock que morreram aos 27 anos como Amy Winehouse, Jimmy Hendrix, Brian Jones, Janis Joplin e Noel Rosa“. Noel? Oi? Não entendeu? Explica, com a letra, Joyce. “Rock and Roll pra valer foi Noel Rosa que partiu sem chegar aos 27…”, cantarola. Ah, sim. Apoiadíssima!
E acha que é só? Tem também “Geni e o Zepelim” de Chico Buarque, tem Luiz Gonzaga, Edu Lobo, o “Vatapá” de Dorival Caymmi e uma cereja do bolo. “Tem até participação de Carlinhos de Jesus [dançarino, sambista e coreógrafo]! O show está lindo. Misturamos samba, baião, jazz, rock and roll! As músicas são brasileiras e os arranjos, universais”, adianta ela, que cantará ao lado de Mauricio Piassarollo (piano), Edu Krieger (baixo), Fabiano Krieger (guitarra) e Carlos César (bateria). Depois de tanta cantoria, vai sobrar fôlego para curtir o festival? “Quero ver Elton John, que eu adoro! No dia em que canto, vou ver Lenine e o tributo à Cássia Eller, no Sunset, e é claro que vou ver o Queen! Também quero ver o show Brasil 450, dia 27. Vai ter Maria Rita, Roberta Sá, Alcione, Fernanda Porto, enfim, imperdível!”, já planeja, é claro, com uma razão na mente: “Nunca mais fico de fora desse evento incrível”. Faz bem…
Serviço
Show de Joyce Cândido
Onde: no palco Rock Street, no Rock in Rio (Cidade do Rock – Avenida Salvador Allende, s/n° (em frente ao Riocentro) – Barra da Tijuca)
Quando: dia 18 de setembro
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