*Por Simone Gondim
Quem disse que talento musical não passa de geração para geração? E não é só nas famílias Gil e Veloso: Joyce Moreno, Jane Duboc, Tom Jobim, Baby do Brasil e Pepeu Gomes estão entre os artistas que viram os filhos seguirem seus passos. No caso de Baby e Pepeu, até a primeira neta abraçou a carreira da mãe, das tias, dos tios e dos avós. Com estilos que variam da dobradinha samba e MPB à música eletrônica, Ana Martins, Clara Moreno, Jay Vaquer, Rannah Sheeva, Maria Luiza Jobim e Krishna Baby buscam seus próprios caminhos, sem ficar à sombra da família famosa. Aumenta o som e vem conferir o trabalho destes artistas!
Ana Martins – A cantora e compositora é filha de Joyce Moreno e Nelson Angelo. Começou na música ainda criança, aos 4 anos, como integrante de coros infantis e fazendo participações em gravações de artistas como Milton Nascimento, Alcione, Gonzaguinha e Roberto Carlos, entre outros. Desde 1998 está em carreira solo, com discos lançados no Japão e no Brasil. Seu estilo mistura samba, MPB e Bossa Nova. Ela também faz parte do coletivo Minas Sonoras, junto com Laura Finocchiaro e Patrícia Mellodi.
Jay Vaquer – Filho de Jane Duboc com o guitarrista Jay Anthony Vaquer, cunhado e ex-parceiro de Raul Seixas, o carioca cresceu em estúdios de gravação, acompanhando a mãe. Em 2000, estreou nos palcos como protagonista do musical “Cazas de Cazuza”, sucesso de crítica e público. Desde então, já foram dez álbuns lançados, um CD/DVD gravado ao vivo e duas indicações ao Grammy Latino: nas categorias Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, com o disco “Ecos do acaso e casos de caos”, e Álbum Mais Bem Produzido do Ano, por “Umbigobunker!?”.
Clara Moreno – Irmã de Ana Martins, também é fruto do casamento de Joyce e Nelson. Participou de coros infantis para artistas como Xuxa, Egberto Gismonti, Dona Ivone Lara e Cazuza, entre outros, e atuou em espetáculos teatrais. Depois de adulta, dedicou-se à MPB, com passagens por grupos de rock e pop rock, além de flertes com a música eletrônica. Seu primeiro disco solo, “Clara Moreno”, é de 1996. Ela também tem álbuns lançados na Europa e no Japão.
Maria Luiza Jobim – A filha caçula de Tom Jobim, cantada em “Samba de Maria Luiza”, trocou a arquitetura pela música. Quase uma década depois de estrear nos palcos soltando a voz e tocando ukelele na banda de covers de jazz Baleia, ela lança seu primeiro disco solo, “Casa branca”. No álbum de estreia, a artista segue uma trilha própria, com pegada eletrônica e letras que mesclam nostalgia e amor.
Krishna Baby – Conhecido como KBG, o quinto filho de Baby do Brasil e Pepeu Gomes é DJ e produtor musical. Diferentemente dos pais, que passeiam entre o pop, o rock e a MPB, ele se destaca na música eletrônica. Tendo como referências o House e o Minimal Techno, o artista transita por Soul, Breakbeat, Miami Bass, Progressive House e Tech-House.
Rannah Sheeva – A primeira neta de Baby do Brasil e Pepeu Gomes não nega o DNA dos avós e da mãe, Sarah Sheeva, mas segue caminho próprio dentro do universo indie/alternativo. Além de ter uma bela voz, ela toca violão, compõe e produz as próprias músicas, que estão disponíveis em seu canal no YouTube.
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