O samba foi o grande homenageado em mais um dia de Arena Banco Original. Na última edição do evento Pôr do Samba no festival promovido pelo banco Original, Jorge Aragão foi a atração principal da noite. Comemorando seus 40 anos de carreira, o sambista levou seus grandes clássicos do gênero para animar o público do Armazém 3. Seguindo a noite multicultural, Thiago Martins mais uma vez agitou a galera com o Balanço do TG que recebeu convidados especiais ontem à noite. Além de Rodrigo Lampreia, Rogério Flausino foi a surpresa de domingo com uma participação super especial. O cantor, que sobe ao palco da Arena Banco Original nesta quarta-feira, 1, para um show em tributo a Cazuza, surpreendeu a plateia ao dividir os microfones com Thiago e entoar os hits do Jota Quest no Armazém 3. Na plateia, Karol Conka e Falcão, vocalista do Rappa, foram as presenças VIPs da noite.
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Responsável por iniciar a noite na Arena Banco Original e por promover uma viagem no tempo aos clássicos do samba assinados por ele, Jorge Aragão destacou a importância de um evento como o festival para o calendário cultural carioca. No camarim, o sambista contou que sua missão no Armazém 3 foi encantar o público. “É muito lindo ter um evento como esse, com essa pluralidade cultural, em um espaço tão lindo no Rio de Janeiro. Então, o que eu faço é o que as pessoas esperam de mim: sambas clássicos para as pessoas se emocionarem, relembrarem e brincarem. Essa é minha função”, disse o cantor que ainda não tinha ido à nova Zona Portuária da cidade depois da revitalização para as Olimpíadas, no ano passado. “Quando você chega a um espaço como esse, já tem uma ambiência de que valeu a pena ter esperado e passado por tudo o que nós cariocas passamos nos últimos tempos. Nós, que já temos tantas belezas naturais, apenas maquiamos uma região para torná-la ainda mais bonita. Confesso que estou encantado”, afirmou.
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No palco da Arena, Jorge Aragão entoou clássicos de suas quatro décadas de carreira pelos cantos do Armazém 3. Em sua trajetória, o sambista foi responsável por assinar sucessos como “Coisa de Pele”, “Você Abusou” e “Malandro”, que se fazem presente na história do gênero centenário até hoje. Sobre a comemoração desses 40 anos de carreira de sucesso, Jorge Aragão confessou que nem se deu conta da efeméride. Segundo ele, o tempo passou e ele nem percebeu. “Isso é um titulo que as pessoas pesquisaram e descobriram, porque, eu mesmo, nem vi esse tempo todo passar. Eu não estava contando os dias e nem os anos. Fora que também nem imaginava e tinha percebido que minhas músicas já fazem parte da cultura nacional por tantos anos. Eu confesso que não sabia que teria tanta empatia com o público. Então, para mim, esses 40 anos representam uma celebração das pessoas terem acolhidos e ainda lembrarem por tanto tempo do meu repertório”, disse.
Com uma carreira gloriosa, Jorge Aragão é mais um responsável da música brasileira por nunca deixar o samba morrer e nem acabar. Em relação a essa missão que atravessa gerações e deve permanecer assim por mais longos anos, o cantor acredita na força dos novos sambistas. “Eu vejo de uma maneira que eu já teria que estar aposentado, né? Mas o pessoal não está deixando. Então, eu vou fazendo a minha parte até onde der e vou curtindo a minha carreira”, brincou Jorge que tem consciência da importância de seu trabalho para a música e a cultura nacional. “Nós artistas já sabemos de antemão que somos um país e um estado sem memória. Ainda mais com o advento da internet, que agilizou muito mais isso, fica diferente para a gente trabalhar. Então, a minha missão é continuar mostrando para o povo, porque tudo mudou e a gente precisa se adequar”, analisou.
Para o ano que acabou de começar, a agenda de Jorge Aragão parece já estar quase completa. Embalado pela data comemorativa a sua carreira, o sambista contou que em 2017 tem “todos os projetos possíveis”. Com planos para a gravação de um novo CD, DVD e de clipes, Jorge Aragão revelou o segredo para dar conta de tudo. “Vai ser um dia de cada vez. Eu vou continuar com a minha vida porque eu não tenho pressa de chegar a lugar nenhum. Embora eu esteja com 67 anos, parece que eu posso conviver muito bem com tudo isso. Só preciso posicionar minhas peças de xadrez e caminhando devagar, mas firme e ciente do meu espaço. Eu sei que mereço o que a vida me proporciona por causa da lembrança e do carinho do povo e porque eu aprendi a lidar com certas situações”, contou Jorge Aragão que acrescentou que este também é o segredo para sua vida pessoal. “É a forma que eu encontrei para não morrer cedo também”, completou.
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